Lugares para conhecer na Irlanda (além de Dublin): 3 passeios incríveis
Dublin na Irlanda é uma cidade excepcional e já é considerada um dos principais destinos da Europa, atraindo milhares de turistas todos os anos. Mas não queremos ficar só na capital: a ideia é dar um giro pelo país e visitar os melhores lugares para conhecer na Irlanda!
A Roberta Araújo, do blog Mapa de Sonhos, compartilha com a gente nesse post sua lista de principais pontos turísticos da Irlanda. São vários passeios a partir de Dublin, confere só:
3 lugares para conhecer na Irlanda saindo de Dublin
Meu marido e eu passamos 6 dias em Dublin, e e além de conhecer a capital da Irlanda, super jovem e movimentada, aproveitamos também para fazer alguns passeios nos arredores de Dublin.
Nesse post, vou relatar 3 lugares para conhecer na Irlanda além de Dublin, e que valem totalmente a viagem.
Como nenhum de nós dirige, demos preferência a tours fechados com empresas – tanto pela praticidade quanto pelo custo-benefício, afinal são passeios que duram o dia todo, incluem um guia local e te levam à vários locais bacanas.
Mas se você dirige, pode alugar um carro na Irlanda e contar com as facilidades de fazer tudo com seu próprio carro.
O que eu sempre faço para alugar carro nas viagens é usar o site da RentCars para fazer uma comparação dos preços das locadoras locais.
O que o site faz é uma cotação gratuita, deixando mais fácil descobrir qual a opção de aluguel de carro com melhor custo-benefício.
A partir daí, é possível fazer a reserva do carro antecipada e sem taxas extras.
Mas não importa se você vai com carro próprio ou de excursão, esses 3 lugares para conhecer na Irlanda são realmente incríveis e vale muito a pena tirar um tempinho do seu cronograma para visitar.
Confira os 3 passeios que fizemos por lá e amamos!
Passeios a partir de Dublin: Cliffs of Moher
Esse passeio foi o primeiro dos 3 passeios imperdíveis que fizemos a partir de Dublin.
E nossa primeira experiência não poderia ter sido melhor!
Encontramos o ônibus da Paddywagon Tours na O’Connell Street, uma das principais ruas de Dublin e a empresa foi super pontual – 8h estávamos partindo.
O passeio teve duração de quase 12 horas, com as seguintes paradas principais:
– Kinvara Fishing Harbour e Dunguaire Castle
– Mini Cliffs, no Condado Claire
– Parada para o almoço no Fitz’s Cross, em Doolin
– Cliffs of Moher – o mais esperado!
– Bunratty Castle
Kinvara Fishing Harbour
O caminho todo do passeio é permeado com vistas lindas, inclusive a costa atlântica da Irlanda, então mesmo nas horas dentro do ônibus, conseguimos aproveitar o passeio!
A primeira parada, no Porto de Kinvara foi de 20 minutos, para algumas fotos do Dunguaire Castle.
As casinhas coloridas e o porto pareciam coisa de filme, com aquele ar de cidade pacata, pescadores passeando lentamente.
Chegando perto do Castelo, tivemos uma surpresa: um arco-íris lindo se formou bem perto de nós, então imagina a quantidades de cliques por segundo nas câmeras fotográficas da galera!
Mini Cliffs
O segundo local visitado foi Mini Cliffs, onde você já consegue ter um gostinho do que está por vir mais tarde – a paisagem e a geografia da região realmente lembram muito a atração principal do passeio e rende ótimas fotos!
Doolin
Após essa visita, seguimos em frente e chegamos à em Fitz’s Cross, Doolin – um pequeno vilarejo que reúne algumas lojinhas e restaurantes.
A fome já estava batendo e escolhemos um restaurante simples e familiar, porém gostoso – e que tinha menos fila que os pubs mais ‘descolados’.
Enfim, Cliffs of Moher
A próxima parada foi a mais esperada do dia: Cliffs of Moher. Confesso que só de escrever me dá um arrepio e uma felicidade inexplicável – esse lugar, essa paisagem fazia parte dos meus sonhos desde mil novecentos e bolinha e eu estava ali! Era real!
A primeira etapa foi uma breve explicação sobre o lugar, o que não fazer para evitar acidentes e então combinamos o horário de volta – teríamos 1h30 para explorar a região.
Fique sempre atento às trilhas demarcadas e não saia delas – existem alguns avisos de como é perigoso sair delas e até uma homenagem às fatalidades já aconteceram na região.
Fominhas e desesperados que somos, fomos direto aos penhascos, levados pela emoção e o entusiasmo!
A vista realmente impressiona – pela beleza natural do lugar, pela magnitude dos penhascos, pela natureza implacável que vem aos poucos construindo e “desconstruindo” o local, não tem como não se surpreender estando lá, ao vivo.
Lembro até de gravar um vídeo e nele consigo me ouvir dizendo que a câmera nunca consegue captar 100% o que vemos.
Meu marido, Leandro, é geógrafo, então pra ele um local como Cliffs é um prato cheio.
Observe como a ação do tempo e do mar influencia diretamente na natureza – consegue imaginar como deveria ser esse “pedacinho” de rocha alguns mil anos atrás?
Voltamos um pouco e paramos na Torre O’Brien para algumas fotos e seguimos para a Atlantic Edge Exhibition, no centro de visitantes.
Bunratty Castle
No caminho de volta, fizemos ainda uma parada no Bunratty Castle, famoso por seus banquetes no século XV.
Ali, ainda tínhamos a opção de tomar um pint no tradicional pub Durty Nelly’s, que existe desde 1620, ou então fazer comprinhas – e é claro que optamos pela Guiness!
O passeio valeu muito a pena, principalmente pelo guia – que agora me foge o nome – que no caminho ia contando um pouco da história da Irlanda, cultura gaélica, tudo isso com um sotaque carregado e muita simpatia!
Dicas úteis: Como fazer o passeio Cliffs of Moher a partir de Dublin?
Com quem fazer: este passeio fizemos com a Paddywagon Tours, com seu famoso ônibus verde com Leprechaun estampado.
Quanto custa: pagamos €40 e incluía o transporte, guia e entrada no parque de Cliffs, no centro de visitantes. Duração:de 7h30 às 20h.
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Giant’s Causeway
Giant’s Causeway fica na verdade na Irlanda do Norte, e até poucos meses atrás era motivo de mistério para o mundo da geologia – como foram formadas as 40.000 colunas hexagonais quase perfeitas.
Segundo a lenda, o Giant’s Causeway foi construído pelo gigante irlandês, Finn MacCool, como um caminho para enfrentar seu rival escocês. Essa foi nossa segunda excursão de 3 passeios imperdíveis a partir de Dublin.
Recentemente cientistas islandeses chegaram à conclusão de que o basalto fundido entrou em erupção através de camadas de giz e formou um lago de lava.
À medida que o material esfriava e contraia, as rachaduras se propagavam através do planalto para formar os famosos degraus hexagonais.
Mesmo sabendo a origem científica, o passeio ainda é um dos mais impressionantes que fizemos durante nossa estadia na Irlanda.
Saíamos às 7h20, novamente do ponto de encontro da Paddywagon na O’Connell Street e partimos para o passeio do dia.
A visita incluia os seguintes pontos:
– Carrick-a-Rede e a famosa Rope Bridge
– Giant’s Causeway
– Dark Hedges
– Parada em Ballintoy para almoço
– Dunluce Castle
– Belfast
Carrick-a-Rede e Rope Bridge
Nossa primeira parada foi em Carrick-a-Rede, onde foi construída a Rope Bridge. Os pescadores fizeram a ponte de cordas em um abismo de 30 metros de profundidade e 20 metros de largura, para colher salmão com suas redes.
Dali, você consegue avistar Mull of Kintyre na Escócia e Rathlin Island.
Infelizmente no dia do nosso passeio o vento estava surrealmente forte e antes mesmo de chegarmos em Carrick-a-Rede nosso guia e motorista nos avisou que a ponte estava fechada por motivos de segurança.
Então paramos lá para apreciar a vista, tirar algumas fotos de longe e seguimos viagem à próxima parada.
Giant’s Causeway
Continuamos ao longo da costa com vistas fantásticas de Whitepark Bay e Portbradden até chegarmos à Giant’s Causeway. O lugar é enorme e a altura e extensão dos mais de 40.000 blocos hexagonais consegue maravilhar qualquer um.
A descida à partir do centro de visitantes até a “calçada” pode ser feita em um mini ônibus ou a pé – e nós, muquiranas que só, ainda mais gastando em euros, resolvemos ir à pé mesmo.
E nisso aconteceu uma das experiências mais doidas da viagem – o vento naquele dia era tanto (lembra que não conseguimos subir na Rope Bridge?) que Leandro, meu marido, que pesa em torno de 120kg simplesmente foi “sustentado” pela força do ar e conseguiu ficar parado em um ângulo surpreendente!
Chegando lá embaixo, tome cuidado com as pedras, que são bastante escorregadias e irregulares, mais ainda se estiver perto do mar – as ondas batem forte e bem perto de onde as pessoas se aventuram para tirar fotos.
Além da calçada em si, podemos ver também paredões de pedras que se formaram ao longo dos anos, um deles por exemplo com mais de 7 metros de altura.
Subindo de volta ao centro de visitantes, você aprende um pouco mais sobre a formação geológica do lugar e aproveita para fazer algumas comprinhas, como lembrancinhas de lá.
Dark Hedges
A próxima parada é um dos fenômenos naturais mais conhecidos da Irlanda do Norte, o Dark Hedges, que também foi usado como cenário de Game of Thrones – foi a famosa Kingsroad na 2ª Temporada.
As sebes foram plantadas pela família Stuart no século XVIII para impressionar os visitantes quando eles se aproximavam da entrada de sua casa, Gracehill House.
Mais de dois séculos depois, as árvores permanecem maravilhosas e ficaram conhecidas como as Dark Hedges – ou sebes escuras.
Ballintoy
A pequena e pitoresca vila de Ballintoy abriga alguns cantinhos muito fofos e foi lá que paramos para almoçar nesse passeio. Comemos em um pub muito charmoso todo decorado com a temática de Game of Thrones – tinha até uma réplica do Iron Throne lá.
Leia também: Game of Thrones para visitar
No pub também pudemos ver uma das 10 portas entalhadas de Westeros.
Explico melhor: em janeiro de 2016 as Dark Hedges foram atingidas pela tempestade Gertrude e as madeiras de duas árvores derrubadas foram utilizadas para entalhar detalhadamente 10 portas de bar com um design maravilhoso, cada uma contando a história de um episódio na temporada 6 da série.
Dunluce Castle
Já no caminho de volta à Dublin, passamos pelo Castelo Dunluce, que abriga o clã McDonnell por muitos anos e é considerado o castelo mais romântico da Irlanda.
Belfast
A última parada foi de 1 horinha apenas em Belfast – então demos uma volta rápida pela prefeitura, caminhamos por uma rua movimentada cheia de lojinhas e visitamos o The Titanic Memorial Garden – que homenageia as vítimas do famoso acidente do navio Titanic.
Dicas úteis: Como fazer o passeio Giant’s Causeway a partir de Dublin?
Com quem fazer: este passeio também fizemos com a Paddywagon Tours. Quanto custa: pagamos €60 e incluía o transporte, guia e entrada em Carrick-a-Rede e no centro de visitantes de Giant’s Causeway. Duração:de 7h30 às 20h.
Tour Game of Thrones
À essa altura do post você já deve ter percebido que somos fãs confessos da série, né?
Então nada mais justo que dedicar um dia à visita de mais locações e cantinhos da Irlanda do Norte que foram usados na série – esse foi nosso terceiro tour de passeios imperdíveis a partir de Dublin.
As paradas do dia foram:
– Tollymore Forest
– Porto de Strangford
– Castle Ward Estate
– Inch Abbey
Tollymore Forest
Com uma área de 630 hectares, essa floresta é o cenário de muitas cenas importantes, como o fosso onde Wills encontra os corpos desmembrados na neve logo no primeiro episódio, a fogueira de Tyrion e Jon em sua jornada ao Norte até a Muralha e a ponte onde os Starks descobrem um lobo gigante morto e seus filhotes.
Percorremos uma pequena trilha de uns 3 quilômetros, mas como vamos caminhando lentamente em grupo e com o guia contando histórias e curiosidades, o tempo passa super rápido e não é nada cansativo.
Porto de Strangford
A próxima parada já é para o almoço, em um pub lindinho chamado Lobster Pot, em Strangford.
O pub, é claro, também é todo temático, possui réplicas de elmos e até da coroa do Joffrey. A comida tinha um preço bom e era deliciosa – pedimos hambúrguer e tomamos uma pint de cerveja em uma caneca “medieval”.
Após o almoço tivemos uma surpresa: conhecemos dois dos cachorros que são usados na série para representar os direwolves (lobos gigantes) dos Starks. Lá pudemos conhecer Odin e Thor, os cachorros da raça Northern Inuit, que “interpretam” Grey Wind e Summer (respectivamente, os lobos de Robb e Brandon).
Castle Ward Estate
Seguindo viagem, chegamos à propriedade de Castle Ward, que abriga nove locações de filmagens da série.
Um deles é a Casa da Torre do século XV que serviu como um das torres gêmeas de Walder Frey e como a localização do Acampamento de Robb nas Terras Fluviais.
Podemos ver também o local onde Brienne of Tarth despachou três bandeirantes do clã Stark e o Campo de Batalha de Baelor.
Inch Abbey
A última parada é em um dos locais mais amados pelos fãs dos Stark: as ruínas da abadia cisterciense do século XII, onde Catelyn e Robb descobrem que Ned morreu executado em Porto Real, e os “bannermen” de Robb prometem fidelidade a ele como o “Rei do Norte”.
Vai, é muito foto jacu mas não deu pra resistir e brincar um pouco com as roupas e acessórios fornecidos pelo guia!
Passamos ainda por uma área onde foram filmadas algumas cenas de Winterfell, logo no começo da série, quando Robert, Cersei e os filhos chegam para visitar Ned e sua família.
Aproveitamos demais esse passeio, realmente vale cada centavo pra quem é fã da série!
Dicas úteis: Como fazer o Tour Game of Thrones a partir de Dublin?
Com quem fazer: esse tour nós fizemos com a Game of Thrones Tours, com o guia Eric. Quanto custa: pagamos €65 e incluía o transporte, guia e props, como capas, espadas e machados para fotos. Duração:de 8h às 19h30.
Dica Bônus na Irlanda: um dia em Belfast
Uma das coisas que aprendemos nessa viagem à Irlanda é que 6 dias em Dublin não são suficientes!
Pra quem gosta do Reino Unido como um todo vale muito a pena esticar a viagem em mais um ou dois dias e aproveitar um bate-e-volta (ou quem sabe pernoitar?) em Belfast.
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Caso você tenha apenas um dia disponível no seu roteiro, recomendo fazer o tour da Paddywagan à cidade, que inclui a visita ao The Titanic Experience.
E se você gosta de cidades medievais, uma outra opção é conhecer a pequena Kilkenny, no Sudeste da Irlanda (dica do blog Lugares de Memória).
E para você está planejando conhecer a Irlanda, recomendo ler esse post: 5 coisas que você deve evitar ao visitar a Irlanda pela primeira vez (dica do blog Fora da Zona de Conforto).
Nossa estadia na Irlanda não poderia ter sido mais divertida e proveitosa!
Muito obrigada Klécia pela oportunidade de contar por aqui um pouco mais sobre esse país incrível! =)