O que fazer na Ilha de Paquetá RJ, como chegar, onde comer, onde ficar

Um bairro do centro do Rio de Janeiro que é, na verdade, uma ilha. Onde não circulam carros e parece que o tempo, de certa forma, parou. Nesse post, vamos te mostrar o que fazer na Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro.

Reunimos tudo que você precisa saber para planejar sua visita à Ilha de Paquetá: como chegar, o que fazer em Paquetá, dicas de onde comer em Paquetá e onde se hospedar. Ou seja: um post super completo!

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Ilha de Paquetá: entenda o destino

Visitar a Ilha de Paquetá é como fazer uma viagem no tempo. Nem parece que a gente ainda está na cidade do Rio de Janeiro.

Por seu cenário bucólico, a ilha ase tornou cenário de lendas e histórias, virou cenário de livro e até de novela de TV.

O romance A Moreninha, publicado em 1844 por Joaquim Manuel de Macedo, abriu o movimento do romantismo no Brasil e – ao que tudo indica – teve a Ilha de Paquetá como cenário.

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Esse é um lugar para onde eu adoro voltar, quando quero relaxar ou curtir um dia com a natureza sem precisar ir muito longe do centro do Rio de Janeiro.

A Ilha de Paquetá é um tesouro que precisa ser mais conhecido pelos cariocas e pelos turistas.

Ilha de Paquetá no Youtube

Aproveita e já começa assistindo o vídeo que gravamos e publicamos em nosso canal do Youtube, explorando a Ilha de Paquetá em 1 dia.

E não esquece de deixar seu like e assinar o canal do Fui Ser Viajante!

Como chegar na Ilha de Paquetá?

Para chegar na ilha de Paquetá saindo do Rio de Janeiro, você deve usar o serviço de barcas. O ponto de embarque é na tradicional Praça XV, no centro do Rio de Janeiro.

A travessia dura cerca de 1hora, e pode ser o passeio perfeito para um final de semana no Rio de Janeiro.

Se você comprar sua passagem na bilheteria, vai pagar R$ 7,70 no bilhete unitário.

Quem paga a passagem usando o cartão de transporte do Rio (RioCard, Bilhete Único, etc), vai levar a passagem de barca com desconto, pagando R$ 5,15.

Mas no caso da passagem com Bilhete Único, você só pode comprar 2 passagens por dia (ou seja, ida e a volta).

Fique ligado: Chegue com antecedência na estação das barcas da Praça XV, porque as barcas são bem pontuais. Se perder, você vai precisar esperar 1 ou 2 horas pela chegada da próxima barca.

Também fique atento aos horários e a frequência das barcas, que mudam dependendo se é dia de semana, final de semana ou feriado.

Veja aqui os horários atualizados para saída das barcas sentido Praça XV – Paquetá.

A viagem dura cerca de 50 minutos, quando a viagem é feita com os catamarãs, ou 70 minutos quando a travessia é feita com as barcas tradicionais.

Em geral, a travessia é tranquila, e as barcas balançam muito poubo enquanto navegam nas águas calmas da baía de Guanabara.

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro. Vista da Baia de Guanabara e Ponte Rio Niterói

No caminho, a gente admira a cidade se afastando e a Ponte Rio-Niterói, por um um ângulo bem fora do convencional.

Leia também: Ilha Fiscal, visite o castelinho do Rio de Janeiro

O que fazer em Paquetá: principais atrações para visitar em 1 dia na ilha

A Ilha de Paquetá não é muito grande. Você pode fazer tudo andando e dá seguir esse roteiro com o que fazer em Paquetá em 1 dia, visitando os principais atrativos da ilha.

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro.

Para quem não quer andar, dá pra alugar a ‘charrete elétrica’, as bicicletas tamanho-família ou mesmo as bicicletas comuns, que são os principais meios de deslocamento por lá.

O bom da charrete elétrica é que o motorista também é seu guia durante o passeio.

Agora confira no mapa quais são os principais pontos turísticos de Paquetá, que você pode conhecer em 1 dia:

Vamos falar de cada um desses atrativos de Paquetá a partir de agora, contando detalhes e curiosidades sobre cada um. Confira:

Praça Pintor Pedro Bruno e Rua Furquim Werneck

A barca que sai da Praça XV e navega pela Baía de Guanabara atraca no pequeno ancoradouro da Ilha de Paquetá, onde também funciona a venda de bilhetes para a volta.

Saindo da estação das barcas, a gente já está na praça principal da ilha, a Praça Pintor Pedro Bruno.

Pedro Bruno nasceu na Ilha de Paquetá, e foi o pintor que executou o famoso quadro ‘A Pátria’ (1918), uma pintura cheia de mistérios retratando a bandeira do Brasil, que hoje está sob a guarda do Museu da República.

Seguindo em frente pela rua Furquim Werneck (a única rua que vai em frente, saindo do ancoradouro), você vai encontrar o pequeno centro comercial de Paquetá.

Tem uma padaria simples (que também é mini-mercado, sorveteria e açougue) logo no começo da rua, do lado direito, que pode ser uma base para um café da manhã. O nome é, no mínimo, inusitado: Carecas e Frescos.

Nosso passeio vai continuar em frente, ainda pela rua Furquim Werneck.

Você vai passar por alguns bares e restaurantes, uma agência do Banco Itaú, e um pequeno hotel em Paquetá. Também tem algumas para lojas de aluguel de bicicleta nessa rua.

Dá pra ver a fachada da casa do pintor Pedro Bruno (o imóvel não é aberto para visitação).

Praia José Bonifácio

No final da rua Furquim Werneck, encontramos o mar da Baía de Guanabara. Seguindo para a esquerda, fica a praia José Bonifácio, batizada em homenagem a esse herói da independência.

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro.

A casa que serviu de prisão domiciliar para José Bonifácio na Ilha de Paquetá fica nessa praia, mas é propriedade privada e também não pode ser visitada internamente.

O clima na Praia de José Bonifácio em Paquetá é de pura nostalgia. Pequenos barzinhos com cadeiras na calçada, e diversos pedalinhos que divertem as crianças nas águas da baía.

Por ali sempre passam muitas famílias passeando de bicicleta. A vista do mar é muito bonita, e algumas pessoas até arriscam o banho.

Mas fique atento: as praias da Ilha de Paquetá são banhadas pelas águas da Baía de Guanabara, que nem sempre estão próprias para banho.

Mas a vista e um bom copo de cerveja já deixam a gente mais que satisfeito de estar ali, curtindo a brisa.

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro.

Bem em frente à praia, a gente avista uma outra ilha. É a ilha de Brocoió, utilizada como residência de verão do governador do Rio de Janeiro.

Não é permitido se aproximar da ilha, então de cá a gente só espia e imagina o que tem por lá.

Parque Natural Municipal Darke de Mattos e seu mirante

Seguimos caminhando por toda a orla da praia José Bonifácio, até encontrarmos a entrada do Parque Darke de Mattos.

Ao lado da entrada do parque, tem um pequeno parquinho que pode divertir quem vai com crianças para Paquetá.

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro.

Para mim, o parque Darke de Mattos é um dos lugares mais agradáveis de Paquetá.

Uma bonita área verde a beira-mar, que oferece uma vista estonteante do Rio de Janeiro. Dá pra ver o conjunto completo: Niterói, Pão de Açúcar, o Maciço da Tijuca…

Bem no centro, eu vejo o Corcovado, o Redentor, que lindo! Quero a vida sempre assim… 🎶 (hahaha, tá, parei 😅).

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro.

Aqui o segredo é andar, se perder e encontrar paisagens lindas. O Parque Darke de Mattos em Paquetá não é muito grande, então aproveite para explorar ele todo!

Não esqueça de ir no mirante do parque, que fica na parte mais alta – e claro que tem a vista mais linda!

Ponte da Saudade

Fizemos o caminho de volta pela praia José Bonifácio e seguimos agora para explorar o lado direito da praia.

Bem ali perto, em frente ao número 31 da praia José Bonifácio, encontramos um pequeno píer, chamado curiosamente de Ponte da Saudade. 

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro.

Conta a lenda que o nome veio de um homem africano que foi escravizado, chamado de João Saudade, que sentava ali todos os dias para chorar pela sua família perdida.

Praia da Moreninha e Pedra da Moreninha

No fim da praia José Bonifácio, seguimos caminhando pela beira mar até chegar na orla da praia da Moreninha em Paquetá.

Por aqui, encontramos bem menos gente que em José Bonifácio, visto que essa praia oferece uma menor concentração de serviços.

Mas a beleza da praia da Moreninha não fica devendo em nada a sua vizinha. Caminhar por ali também é uma delícia.

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro.

No final da orla, está a lendária Pedra da Moreninha, a mesma do livro e do filme.

Segundo a tradição conta, a jovem Carolina, protagonista do livro, ficava sentada em cima dessa pedra, esperando seu amado Augusto, que chegava remando um barco pela baía.

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro.

Se a história realmente aconteceu na Ilha de Paquetá, a gente nunca vai saber. Mas que sentar na pedra e ficar olhando o mar que se estende até o Rio de Janeiro é um programa lindo para uma tarde, ah isso é!

Leia também: Bairro de Santa Teresa, RJ: roteiro de 1 dia

Casa de Artes de Paquetá

Saímos um pouco da beira mar, e fazemos um pequeno trajeto pelas ruas de Paquetá, para chegar na Casa de Artes de Paquetá.

Ali funciona uma biblioteca e centro cultural, onde frequentemente acontecem eventos, como recitais de chorinho, musicais e teatro.

Não deixe de explorar os jardins, suba as escadas e encontre lindos cenários para fotos no segundo piso, que é cheio de mosaicos! Um lugar especial na Ilha de Paquetá!

A casa só abre a visitação em dias de evento. Você pode ver a programação no Instagram da Casa de Artes de Paquetá.

Praça de São Roque, Praia e Capela de São Roque

Bem pertinho da Casa de Artes de Paquetá, você pode conhecer a Praça de São Roque, em frente à praia de São Roque e onde está a capela dedicada ao mesmo santo, que é o padroeiro da Ilha de Paquetá.

Eu acho essa praça um charme. Além da capelinha, há também o Coreto Renato Nunes, que é um símbolo arquitetônico da ilha. De tão charmoso, rende fotos lindas. E vez ou outra acontece ali uma apresentação cultural.

Outra coisa sobre essa praça é que ali também existe um poço, o poço de São Roque, que também está envolvido com uma das lendas de Paquetá.

Conta-se que a água do poço era milagrosa, ao ponto de curar uma úlcera que se desenvolveu na perna do Imperador Dom João VI.

Praias de Paquetá menos conhecidas: Praia Pintor Castagneto, Praia dos Coqueiros e Praia do Catimbau

Se seguirmos caminhando pela beira mar, vamos passando por outras praias menos conhecidas de Paquetá. Como ficam mais longe, acabam sendo menos visitadas.

A primeira praia que chegamos é a Praia Pintor Castagneto. Essa praia não tem areia, é um calcadão onde podemos caminhar, e a vista do mar.

Eu achei o mar aqui bem bonito, porque há muitas pedras, que compõe um visual incrível no geral.

A pena é realmente não ter areia, e como a água é bem calma e há diversas pedras, acabei sentindo como se essa praia juntasse mais lixo na água.

Caminhando mais um pouco, chegamos na Praia dos Coqueiros, que é mais ou menos parecida, só que com menos pedras no mar.

Fazendo um pequeno desvio por umas ruas da Ilha, chegamos na Praia do Catimbau, no norte da ilha de Paquetá. Também não há faixa de areia, só a calçada e algumas rochas compondo o cenário do mar.

Uma pena que sejam lugares tão bonitos, mas não tão bem cuidados. Só recomendo a visita se estiver disposto a caminhar / por curiosidade.

Praia dos Tamoios

Começamos nosso caminho de volta, e seguimos pelas ruas atravessando para conhecer as atrações do outro lado da Ilha.

Chegamos na orla da Praia dos Tamois, que nos leva de volta para a praça das barcas.

No caminho, podemos ver diversos barcos no mar. Em alguns pontos da praia há um parque / área verde a beira mar, e também o Canhão da Saudação a D. João VI, usado para saudar o monarca quando este visitou a ilha.

Já bem perto da estação das barcas, vemos um charmoso carramanchão, que rende lindas fotos.

E também dois barcos Jumbo Cat atracados na Praia dos Tamoios. Há anos, esses barcos trabalharam cruzando a baía, levando e trazendo passageiros.

Hoje as embarcações estão abandonadas e contribuem para o cenário histórico da Ilha de Paquetá.

Baobá Maria Gorda

Em determinado ponto da caminhada, um pouco antes de chegarmos no canhão, encontramos o lendário Baobá Maria Gorda.

Eu sempre fui louca para encontrar um baobá, desde que li o Pequeno Príncipe, já fazem tantos anos! E o primeiro da minha vida foi justamente o baobá da Ilha dePaquetá.

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro.

Fazem mais de cento e tantos anos que Maria Gorda cresce forte em Paquetá, ali bem em frente ao mar. E como quase tudo na Ilha de Paquetá, há uma lenda pra explicar como a árvore africana veio parar na ilha.

Conta a história que Maria Gorda era uma mucama de um comerciante português que morava na ilha, dono de muitos homens escravizados.

Maria Gorda nunca se conformou com a escravidão. Pediu aos orixás para que ela e suas raízes negras nunca fossem esquecidas na Ilha de Paquetá.

Contam que, no mesmo dia que Maria Gorda morreu, apareceu em frente à casa um arbusto que ninguém nunca tinha visto na ilha de Paquetá. As raízes africanas do baobá se fincaram para sempre na ilha.

Há uma pequena placa no Baobá da Ilha de paquetá, que indica boa sorte para quem tratar bem a árvore:

‘Sorte por longo prazo
a quem me beija e respeita
mas sete anos de azar
a cada maldade, a mim feita.”

Igreja do Senhor Bom Jesus do Monte

Ainda caminhando pela Praia dos Tamoios, chegamos na charmosa igreja de Paquetá.

É a igreja do Senhor Bom Jesus do Monte, construída em frente ao mar em 1763. A igrejinha tem um estilo simples, que combina em tudo com Paquetá e seu bucolismo.

Visita a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro

Praia Grossa e Casa da Moreninha

Ainda com disposição? Vamos caminhar agora para o lado direito da estação das barcas, rumo à Praia Grossa, e o nome faz todo sentido quando vemos a areia dessa praia, tão grossa que chega a lembrar areia de construção.

A praia é simples, com uma pequena faixa de areia e uma mureta que vai ladeando a rua a beira mar.

Você vai ver, também de frente para o mar, um chalé de cor rosa, que foi a “Casa da Moreninha” usada nas gravações da novela para a TV. Não é possível entrar para visitar, mas vale a curiosidade.

Baobá João Gordo, Praia da Ribeira e Farol da Mesbla

Seguimos pela Rua das Gaivotas, passamos pelo Paquetá Iate Clube, que aparentemente funciona hoje apenas como restaurante.

Também vemos o Baobá João Gordo, um outro Baobá plantado em Paquetá, sendo que essa árvore que é bem jovem, ainda pequena.

Andando mais um bom pedaço, a gente chega no Farol da Mesbla, instalado na ilha de Paquetá desde 1963, ali na praia da Ribeira.

Foi nessa época que as barcas mais velozes começaram a fazer as rotas para a ilha de Paquetá. A área ao redor do farol é bem bonita, rende lindas fotos.

Ficamos por ali até ver a barca se aproximando da ilha. Era hora de voltar para o Rio de Janeiro.

Visita a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro

Cemitério dos Pássaros

Se você for realmente um explorador curioso, tem mais um lugar para te indicar em Paquetá, que não fica muito longe do Farol da Mesbla.

Pois eu achei pra lá de curioso quando, na minha primeira vez em Paquetá, descobri que existe um cemitério de Pássaros na Ilha.

É um cemitério na verdade para pequenos animais de estimação, e é aberto para entrada. Há muitas histórias de amor pelos animais nas lápides, e é um lugar interessante e diferente que você pode visitar em Paquetá.

Onde comer em Paquetá: bares e restaurantes na Ilha

Na primeira vez que fui a Paquetá, praticamente só existiam um ou dois restaurantes mais conhecidos. Mas hoje em dia, a Ilha de Paquetá vem recebendo cada vez mais empreendedores da gastronomia!

Há alguns restaurantes e bares na Ilha, que você pode conhecer durante a sua visita. Confira:

  • Pastelaria do Lido – funciona no prédio do antigo Hotel Lido em Paquetá. Conta com mesas internas e na beira da praia. Serve pastéis, petiscos e outras comidas. Funciona de quinta a domingo.
  • Zeca’s Paquetá – o restaurante mais tradicional da ilha, comandado pelo vovô Zeca, morador da ilha há 40 anos. Funciona de quarta a domingo e serve petiscos, almoço e janta (muitas vezes com música ao vivo à noite).
  • Ilha do Sol Paquetá – fica na Praia de José Bonifácio, com mesas bem em frente ao mar. Ótimo para ver o por do sol. Funciona de quarta a segunda, fecha somente às terças-feiras.
  • Casinha Amarela Paquetá – fica perto da Praça São Roque, e é um ambiente bem acolhedor. Funciona somente sábados e domingos.

Onde se hospedar em Paquetá: pousadas

Há poucas opções de hospedagem e pousadas em Paquetá. Por isso, minha recomendação é reservar com antecedência, para garantir lugar nas melhores opções da ilha.

Aqui tem algumas sugestões das melhores pousadas de Paquetá:

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História da Ilha de Paquetá

A Ilha de Paquetá, na verdade, é um bairro da cidade do Rio de Janeiro, bem ali no meio da Baía de Guanabara.

Provavelmente, estamos falando do mais bucólico de todos os bairros cariocas.

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro. Vista da Baia de Guanabara

Por lá, não são permitidos carros e até bem pouco tempo existiam charretes que faziam o transporte das pessoas.

A conscientização sobre os bons tratos com animais rompeu essa tradição e trouxe os carrinhos, ou ‘charretes elétricas’, para a paisagem. Mas essa foi, provavelmente, a maior mudança que a ilha viveu em anos.

As ruas de pedra, os casarios históricos e o clima de cidade do interior são os mesmos, desde muitos anos.

Visitar a Ilha de Paquetá é como pegar a barca de volta para o Rio de Janeiro dos tempos do Império. Por lá, Dom Pedro ia descansar quando precisava de uma folga dos problemas da corte.

Lá também foi o cenário da prisão domiciliar de José Bonifácio, o patriarca da independência do Brasil, depois de causar muitos problemas para a coroa.

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro. Vista da Baia de Guanabara

A Ilha de Paquetá é um cantinho cheio de história e lindas paisagens no Rio de Janeiro.

Visitar o bairro é um programa no melhor estilo ‘slow travel‘, para quem quer fugir da loucura da capital, relaxar e curtir boas paisagens no charme da Ilha de Paquetá.

Paquetá e o romance A Moreninha

A Moreninha foi o livro de estréia do Romantismo na Literatura Brasileira e a história do livro se confunde um pouco com a história da ilha de Paquetá.

No entanto, é importante dizer que não há nenhuma menção à Ilha de Paquetá no enredo.

Ao longo do tempo, começaram a surgir teorias de que a história de amor de Carolina e Augusto poderia ser mais que uma criação da mente do escritor Joaquim Manuel de Macedo.

Tem gente que afirma que Augusto, na verdade, é um alter-ego do próprio Joaquim. Mais que isso: que a história de amor do livro é real e teve como cenário as ruas e casarios da Ilha de Paquetá.

Visita a Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro. Vista da Baia de Guanabara

Muita gente acredita que o livro A Moreninha foi escrito durante uma temporada que o autor passou na ilha, numa pensão que fica ali perto da Pedra do Itanhangá, hoje rebatizada como Pedra da Moreninha.

Existem muitas semelhanças entre os cenários da ilha e do livro.

Talvez o nome da Ilha de Paquetá nunca tenha sido citado na obra para evitar que a sociedade da época associasse Carolina com alguma moça da ilha (seria esse um amor proibido?).

Com o tempo, vieram filmes e novelas sobre essa história de amor, usando a Ilha de Paquetá como cenário.

A lenda estava já no imaginário de todos. Embora seja impossível saber se a história de Carolina e Augusto um dia realmente aconteceu, sempre teremos Paquetá como cenário desse romance.

Vale a pena visitar a Ilha de Paquetá?

Reservar 1 dia na Ilha de Paquetá pode se revelar um programa despretensioso e muito agradável. Em um dia dá pra conhecer toda a ilha de Paquetá a pé.

Voltei para o Rio cheia de nostalgia. Difícil é ir embora deixando pra trás esse encantamento por um Rio que não volta mais.

Além de conhecer Paquetá num passeio a pé, a galera mais atleta pode fazer um running tour para conhecer a ilha correndo em Paquetá.

A ideia desse passeio é da Carol do blog Viajar Correndo, que é guia de turismo e corredora.

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Lila Cassemiro
Klécia Cassemiro (Lila, para os amigos) é fotógrafa, videomaker e editora de conteúdo no blog Fui Ser Viajante. Também é sommelier de cervejas, formada pelo Instituto Science of Beer. Viajante geminiana e curiosa, é especialista em desenhar roteiros fora do óbvio e descobrir os segredos mais bem escondidos de cada destino.
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Comentários:
Eliana Bittencourt disse:

Estou me programando para levar minha mãe à Paquetá no dia das mães e suas informações foram excelentes e muito valiosas.
Obrigada pelas dicas.

Cristina disse:

O restaurante informado só pratos feitas e petiscos. Self-service servece só até a pandemia segundo o responsável.

Lila Cassemiro disse:

Já ajustamos a informação, Cristina! Obrigada!

Stella Sá oliveira disse:

Amo Paquetá

Nelson Mello disse:

Passei a juventude em Paquetá, sempre que posso volto pra matar saudade, que bom q pouco mudou nesse paraíso tão perto do Rio. Nelson Mello

Jéssica disse:

Oi Lila! Vou pro Rio dentro de duas semanas, e amei muito esse post! Já estive no Rio uma vez e já tinha ouvido falar da ilha, mas nunca tinha pesquisado ou visto muito sobre ela. Obrigada pelas dicas!

Rafael Cassemiro disse:

Oi Jéssica, que sua estadia no RJ seja incrível. Nós adoramos Paquetá e realmente é bem pouco divulgado como ponto turístico!
Grande abraço e boa viagem!

Fátima Barroso disse:

Sempre vou e existe várias pousadas com ótimos preços e café da manhã incluído caso queria pernoitar na ilha. Amo a Ilha dos amores.

Jocelaine disse:

Olá, Fátima

Poderia me indicar alguma pousada em Paquetá??

Jaqueline Martins disse:

Meu cantinho

Lila Cassemiro disse:

Também amamos Paquetá!

Rosaria souza disse:

Excelente narrativa.

Jaqueline Pereira Miranda disse:

Lindo lugar vou tbm conhecer minha avó me contou várias histórias de lá me deu saudade dela

Denise murta disse:

Boa noite Eu tenho interesse em conhecer Paquetá .porém não estou conseguindo reserva pro final do mês de Agosto. Seria o meu presente de aniversário. Conhece este lugar maravilhoso!! Vou aguardar .Desde de já agradeço muito obrigada

Leila Pinagé disse:

Ótima narrativa!

Djanir Brito disse:

Adorei ler todo esse documentário,vou a Paquetá uma vez por mês e sempre tem uma novidade.

Rafael Cassemiro disse:

Oi Djanir, nós adoramos visitar Paquetá, mesmo sem nada programado, sempre tem algo a se surpreender!
Grande Abraço

Rita de cassia disse:

Queria uma informação eu chegando lá encontro pousadas pra 2 dias eu sou do RJ

Rafael Cassemiro disse:

Oi Rita, a ilha tem pousadas sim, e o ideal é reservar antes para poder escolher com calma e chegar lá com tudo acertado!
Grande Abraço e curta Paquetá

Vlad disse:

A própria viagem na barca já é um bom início. Passear de bicicleta pelas ruas bucólicas, um bom início. Ficar atento aos horários da barca. Que inveja de uma amiga da UERJ que tinha que sair mais cedo da aula pois precisava pegar a última barca. Com sofro com insônia imagino que lá dormiria profundamente ao som das pequenas ondas. Estive lá final dos anos 60, um privilégio. Vou voltar para um finde. Parabéns pelo comentário, um bom roteiro Lila. Vou voltar.

Nestor C Campos disse:

Lila,muitas vezes as palavras não encontram uma trilha por onde possam passar, mas você foi além, deixou que as tuas emoçoes fossem uma companheira brilhante das tuas palavras durante toda a tua narrativa… Parabens! Você é uma pessoa *suficientemente boa … (Winnicott)

Gilvan Barbosa Gama disse:

Fui guia de turismo no Rio de Janeiro, tendo sido guia no barco ‘Rio Sena” que levava turista à Paquetá
duas vezes por semamna. O tour Comrçava na enseada se Botafogo pela manhã. Atravessávamos a Baia de Guanabara costeando as prais de Niteroi, e de lá rumávamos para Paquetá onde almoçavamos e passeavamos pela ilha retornado noi fim da tarde para a enseada de Botafogo. Guardo imensas recordações daqueles tempos.Foram os anos de 1965.

Adamar Célia Brennand disse:

Amo Paquetá desde 2015 quando conheci esse paraíso, amei esse blog super completo.

Joselma Soares da Silva Melo disse:

Amei o vídeo de vocês sobre Paquetá. Parabéns!

Klécia disse:

Obrigada lindona! <3

Ana disse:

Um dos lugares mais encandores q já conheci… não me canso de ir a Paquetá…o lugar é simplesmente lindo e os moradores são um caso a parte, sempre muito gentis…

Klécia disse:

Exatamente isso, Ana! Também não canso de Paquetá <3

Ari Quadros disse:

Caríssima Klécia: numa tarde chuvosa em Santa Maria, RS, deliciei-me lendo seu precioso depoimento sobre a histórica Ilha de Paquetá, em meio às águas (lamentavelmente) poluídas da Baia da Guanabara, que, um dia, certamente, serão despoluídas. Permiti-me, pois, prazerosamente, pegar uma carona no belo passeio que realizaram pela cidadezinha insular e seus pontos turísticos. Fiquei curioso em saber qual o numero de habitantes. Parabenizo-a pelo belo comentário e porque não agradecido pelas informações prestadas, cumprimentando-a cordialmente.

Klécia disse:

Oi Ari! Que comentário maravilhoso de receber! É exatamente a ideia do blog, viajar junto! Quanto a sua curiosidade, a charmosa Paquetá tem cerca de 4500 habitantes, segundo o último censo. Espero que você a conheça pessoalmente, qualquer dia! Vale a visita!

Jaqueline disse:

Estou apaixonada por esse blog! ♥

Rafael Cassemiro disse:

Oi Jaqueline, ficamos muito felizes com seu comentário ♥.
Obrigado e volte sempre !! 🙂

Obrigado pelas dicas de passeios na ilha de Paquetá. Eu sou de São Bernardo do Campo(SP) e já estive no Rio por várias vezes mas nunca a visitei, vai ser a primeira vez neste próximo final de semana. Pode ter certeza que o seu relato bucólico sobre os encantos da ilha contribuíram ainda mais para o meu desejo de conhecê-la.

Rafael Cassemiro disse:

Olá Sidnei,
A visita a Paquetá é realmente encantadora, espero que você encontre um belo dia de sol na sua visita. E volte para nos contar o que achou.
Abraços e boa viagem

Zuildsom Ferreira Alves disse:

Não há nenhuma menção ao poeta Hermes fontes e ao compositor freire Júnior: luar de Paquetá ,belíssima música, interpretada pelos mais famosos cantores da época.Século xx.

Klécia disse:

Olá Zuildson,
Eu realmente não conhecia a música – estou ouvindo aqui e é mesmo uma bela obra e homenagem a Paquetá!
Muito obrigada pelo comentário e sugestão!

Rogério Ferreira Freitas disse:

Conversei com uma amiga do RJ sobre algum lugar estilo inteiror pra visitar e ela falou q a gente poderia ir em Paquetá…agora com esse post fiquei ansioso pra q chegue minhas férias logo q é só em Junho…Vou me programar e espero tirar muitas fotos nesse lugar …Valeu e tudo d bom Klécia onde estiver com sua mochila por aí…Continue sempre inspirando as pessoas assim!!!

Klécia disse:

Oi Rogério! Paquetá é um dos meus lugares mais queridos na cidade! Super fotogênica e poética! Nem parece que estamos num bairro do Rio de Janeiro. Espero que suas férias cheguem logo e você aproveite bastante. Se precisar de dicas, estamos por aqui 🙂

Agora eu entendi pq falou com tanto carinho de Paquetá, que cidade/ilha/bairro charmoso e encantador! Bem do jeitinho que eu gosto, sem massificação turística e cheia de charme e poesia, cheia de história e repleta de belos cenários. O que é aquele pedalinho? Concordo 100% que não importa não poder entrar na água, a cervejinha na mão e a paisagem bastam! =D

Klécia preciso dizer que todas as fotos desse post estão incríveis, se o post está uma delícia de ler as imagens nos levam em uma verdadeira viagem para Paquetá!

Klécia disse:

Mayte, era um lugar que eu queria conhecer faz tempo, porque eu sabia que seria encantador. E a atmosfera de sonho acho que tomou conta das fotos. Paquetá é poesia pura! Espero te levar lá um dia também! 🙂