Principais pontos turísticos de Coimbra, Portugal

O que fazer em Coimbra, Portugal | Localizada no centro de Portugal, Coimbra já foi capital do país e tem grande importância histórica.

Ela entrou no nosso roteiro da viagem de carro por Portugal como uma cidade-base, onde passamos uma tarde explorando os pontos turísticos de Coimbra e pernoitamos uma noite.

E de imediato, desde que chegamos na cidade, já deu pra sentir: Estar em Coimbra é como fazer uma viagem no tempo.

O que fazer em Coimbra, Portugal
Foto: Fui Ser Viajante

O ponto turístico mais conhecido de Coimbra (e ponto de parada obrigatório para quase todos os turistas que passam pela cidade) é a universidade.

A Universidade de Coimbra é uma das mais antigas do mundo (fundada no século XIII), e sua maravilhosa biblioteca, construída a pedido do rei D. João V, nos transporta para os cenários mágicos dos filmes de Harry Potter.

Leia também: O que fazer em Lisboa: principais atrações

Como teríamos pouco tempo, fomos com o foco na visita à Universidade de Coimbra, mas era verão e os dias estavam bem longos, por isso ainda tivemos tempo para explorar outros pontos turísticos de Coimbra.

E pode ter certeza: há muito mais coisas que podem entrar na lista de o que fazer em Coimbra, além da famosa universidade.

Porque visitar Coimbra?

Cercada por morros e ladeiras, Coimbra tem uma beleza que combina o charme de uma cidade antiga com um cenário natural privilegiado.

O rio Mondego, que cruza a parte baixa da cidade, é a artéria pulsante da cidade.

Subindo as ruas apertadas do centro histórico, as ruas de Coimbra abrigam tradições antigas, com um aspecto medieval preservado.

Uma cidade de contrastes: ao mesmo tempo que me apaixonei pelo casario antigo, por vezes achei o visual meio abandonado, com muros pichados que atrapalhavam a minha viagem no tempo.

Mas deixei isso de lado para aproveitar as principais atrações da cidade – e posso dizer que voltei satisfeita. Não fiquei perdida de amores por Coimbra, mas achei a cidade interessante e cheia de histórias para contar.

As construções históricas, como igrejas, museus e mosteiros, são alguns dos principais pontos turísticos de Coimbra.

Uma dica que considero importante destacar: evite usar carro na Alta da Cidade, a parte mais histórica e antiga de Coimbra.

As ruas da cidade antiga são apertadas, sinuosas, cheias de pedestres. Dirigir ali é um desafio DE VERDADE. Além disso, há poucas vagas de estacionamento.

Deixe o carro na baixa, perto do rio, e suba para fazer o roteiro pelo centro histórico a pé. Vai valer a pena.

Pronto para conhecer nosso roteiro express em Coimbra? Além disso, no final do post dou dicas de mais pontos turísticos em Coimbra para quem tem mais tempo na cidade!

Então, vamos às dicas!

O que fazer em Coimbra: principais pontos turísticos para 1 dia

A parte histórica de Coimbra está localizada em uma colina, às margens do rio Mondego, que corta a cidade. Por isso, toda essa região da Coimbra antiga é conhecida como Alta da Cidade.

Essa região de Coimbra está repleta de pontos turísticos, e como a gente tinha pouco tempo na cidade, focamos nessa região para começar o passeio.

E como não poderia deixar de ser, nosso roteiro começou pelo ponto turístico mais famoso e visitado de Coimbra: a Universidade de Coimbra.

Universidade de Coimbra

Funcionamento: de março a outubro de 8h45 às 19h, de novembro a fevereiro de 8h45 às 16h45. Valor: 12,50€

É a mais antiga de Portugal e uma das mais antigas da Europa e do mundo, e desde 2013 é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Fundada no ano de 1290 em Lisboa e transferida para Coimbra em 1537, foi construída no local onde era um antigo palácio, no alto de uma colina, com acesso pelas estreitas ruas da parte antiga da cidade.

Universidade de Coimbra, Portugal
Foto: Fui Ser Viajante

Entre os alunos que estudaram e se formaram lá ao longo da história estão nomes como os escritores portugueses Eça de Queiroz, Luís de Camões e Tomás António Gonzaga.

Além de inúmeros profissionais renomados de diversas áreas, como juristas, cientistas, filósofos, sociólogos e até alguns ex-presidentes de Portugal.

A Universidade de Coimbra faz com que a cidade tenha uma grande população de estudantes.

Em uma visita ao pátio (que é aberto e tem entrada gratuita) é interessante ver os alunos circulando e poder sentir um pouco da atmosfera do local.

Outro detalhe super interessante é que uma das tradições preservada ao longo dos anos em Coimbra é o traje acadêmico.

Você verá muitos alunos circulando com capas pretas, um costume mantido desde o século XV para distinguir os acadêmicos das outras pessoas.

Junto com a capa, os alunos levam uma pasta com fitas na cor do curso. Quanto mais fitas, mais perto do fim do curso o aluno está. E na formatura, as fitas são queimadas como um marco da conquista.

Foi muito curioso ver os alunos circulando com as capas em pleno verão, confesso que foi mais um momento em que me senti um pouquinho dentro de um filme de Harry Potter.

Mas vamos falar da visita. De graça, é possível circular pelo pátio e ver os alunos indo e vindo. Para entrar nos prédios, é preciso comprar ingresso.

As visitas podem ser guiadas ou livres, e você pode comprar o ingresso na hora ou antecipado, pela internet. E outra: existem 3 tipos de ingresso, que dão acesso a diferentes áreas da Universidade.

No blog O Berço do Mundo, você pode ler mais detalhes sobre o que ver na visita à Universidade de Coimbra. Recomendo a leitura, especialmente se você se interessa em conhecer um destino pela percepção de um morador do país.

Biblioteca Joanina

Funcionamento: todos os dias de 9h às 16h30. Valor: 10€

Dentre todos os prédios que você pode visitar na Universidade de Coimbra, o que merece mais destaque com certeza é a Biblioteca Joanina.

Praticamente estamos falando de uma atração à parte dentro da Universidade, e se você tiver que escolher somente uma atração para conhecer em Coimbra, eu diria para visitar essa biblioteca.

Mas preste atenção no horário de funcionamento: ela fecha um pouco antes dos outros prédios dentro da Universidade de Coimbra.

Construída no século XVIII a pedido do rei D. João V (por isso o nome), é muito bem preservada e considerada uma das principais obras do barroco europeu, além de ser uma das melhores bibliotecas do mundo.

São três grandes salas, todas com riqueza arquitetônica, detalhes em ouro e tecidos. Uma dessas salas é o local onde, no passado, funcionava a Prisão Acadêmica.

O acervo da biblioteca conta atualmente com mais de 70 mil exemplares, alguns deles bem raros, como a primeira edição de Os Lusíadas, de Camões.

E, mais que livros, tem também espaços para exposições e apresentações culturais.

Diz a lenda que durante a noite a presença de morcegos é certa e que isso ajuda na manutenção do acervo, já que eles comem os insetos.

Sé Nova

Funcionamento: de segunda a sábado de 9h às 18h30, domingos de 10h às 12h30. Valor: gratuito.

Bem do lado da Universidade de Coimbra, aproveitamos para visitar a atual Catedral de Coimbra, conhecida como Sé Nova.

Construída no século XVI, quando Coimbra ainda era a capital do país, como parte do Colégio das Onze Mil Virgens da Companhia de Jesus, é considerado o colégio de jesuítas mais antigo em todo o mundo.

Durante muito tempo foi residência do Padre Antônio Vieira, que você deve lembrar das aulas de história do Brasil e de Portugal.

Com o fim da Companhia de Jesus, a igreja foi transformada em catedral e a diocese da cidade foi transferida para essa igreja – por isso o nome de Sé Nova.

A igreja é enorme por fora e por dentro. Merece destaque a fachada, onde estão as imagens de quatro santos jesuítas.

Sé Nova de Coimbra
Foto: Fui Ser Viajante

Por dentro, uma mistura de elementos dos estilos renascentista, gótico e romântico, além do barroco, estão presentes.

É uma igreja bem bonita e vale a visita – especialmente porque é de graça e fica bem ao lado da Universidade de Coimbra.

Sé Velha

Funcionamento: de segunda a sábado de 10h às 18h, domingos de 13h às 18h. Valor: € 2

Depois de visitar a Universidade de Coimbra e a Sé Nova, que ficam no topo da colina, vamos começar o passeio pelas ruas históricas da velha Coimbra.

Descendo pelas ruas apertadas em direção ao rio, você vai encontrar no caminho outro ponto turístico muito famoso em Coimbra: a Sé Velha ou Sé de Santa Maria de Coimbra.

A igreja fica no largo de mesmo nome, e é chamada de Sé Velha porque foi a primeira Catedral de Coimbra, antes da transferência da transferência da diocese para a Sé Nova.

De frente, ela tem essa cara de fortaleza medieval que já impõe respeito.

Sé Velha de Coimbra
Foto: Fui Ser Viajante

Diferente da Sé Nova, aqui a igreja é tratada como monumento histórico, por isso a visita é paga. A taxa é simbólica (€ 2) e você vai ter acesso ao interior da igreja e ao antigo claustro.

A Sé Velha de Coimbra começou a ser construída no início do século XII, quando Coimbra foi escolhida como capital do Reino de Portugal pelo rei Afonso Henriques, e foi finalizada somente no início do século XIII.

O templo é todo feito em pedra, em estilo romano, e o mais impressionante é justamente a ação do tempo sob o lugar.

Igreja Sé Velha de Coimbra
Foto: Fui Ser Viajante

A construção é parecida com um castelo, como era comum na época, e é rica em detalhes por fora e por dentro, tanto na arquitetura como nas esculturas.

Confesso que fiquei completamente encantada pelo interior a igreja, e especialmente pelo claustro. Que lugar!

Claustro Igreja Sé Velha de Coimbra
Foto: Fui Ser Viajante

Praça do Comércio

Seguimos o passeio pela Alta da Cidade, passeando pelas ruas estreitas de Coimbra até chegar na Praça do Comércio.

Na era medieval, ali era o local onde os comerciantes da cidade se reuniam para vender seus produtos. Por isso, o nome da praça.

No período da Inquisição, era na Praça do Comércio que aconteciam os rituais de penitência, então essa praça tem uma relação profunda com a história da cidade.

Praça do Comércio, Coimbra
Foto: Fui Ser Viajante

Com o passar dos anos, a Praça do Comércio se tornou um ponto turístico de Coimbra, por ser uma das praças mais bonitas da cidade.

Ao visitar a praça, não deixe de notar as bonitas igrejas de São Bartolomeu e de São Tiago, além da arquitetura histórica dos edifícios.

Doces típicos de Coimbra

Enfim, acabamos nosso tour pela Alta da Cidade e chegamos às margens do rio Mondego em Coimbra. E foi ali, na Baixa, que visitamos uma das padarias mais tradicionais da cidade: a Pastelaria Briosa, no Largo da Portagem.

Os doces portugueses são uma sensação. Cada cidade portuguesa tem sua própria tradição de doces. São receitas que nasceram e se popularizaram nas cidades, e que fazem parte da tradição gastronômica dos diferentes destinos em Portugal.

E quando pensamos em doces, Coimbra sai na frente da maioria dos destinos portugueses.

Como na Idade Média e Renascimento, Coimbra abrigava uma enorme quantidade de mosteiros (que são conhecidos pela tradição na criação de receitas de doce em Portugal, os chamados doces conventuais), a cidade desenvolveu uma grande tradição de doces.

São dezenas de receitas que ajudam a contar a história de Coimbra com ovos, farinha e açúcar.

Doces portugueses em Coimbra
Foto: Fui Ser Viajante

A Pastelaria Briosa é um endereço famoso para provar os quitutes (e lá você pode, inclusive, provar doces de outras regiões de Portugal também).

Aqui estão os nomes de alguns doces de Coimbra:

Maminha de Freira (ou manjar branco), Pastéis de Santa Clara, Lampréia de Ovos, Cavacas Altas, Pastéis de Tentugal e as Arrufadas de Coimbra (uma espécie de pão com massa doce, enorme, que foi o que pedimos para fazer um lanche com café nas mesas do estabelecimento).

Confesso que as arrufadas não ganharam meu coração. Mas depois provei o Pastel de Tentugal (esse charutinho de massa folhada da foto) e aí sim, voltei pra casa feliz da vida com mais um doce português devorado com sucesso.

Doces portugueses em Coimbra
Foto: Fui Ser Viajante

Rio Mondego e Parque Verde

A vista do rio que corta o centro de Coimbra é uma das mais bonitas da cidade, na minha opinião.

Em suas margens, além de apreciar o bonito visual formado pelo reflexo da colina na água, há vários bares onde você pode relaxar um pouco com uma vista e tanto.

E bem ali, nas margens do rio, um outro ponto turístico de Coimbra se destaca: O Parque Verde, bastante arborizado, oferece mais um lugar para relaxar em Coimbra, agora em contato com a natureza. A entrada é gratuita.

Miradouro do Vale do Inferno

Quem está de carro pode dar uma esticadinha até a outra margem do rio, para visitar um dos mirantes mais bonitos de Coimbra, o Miradouro do Vale do Inferno.

Vale a subida se você é apreciador de mirantes, mas é só. Não há absolutamente nada para fazer lá, nem qualquer estrutura para turismo, como vendedores ou lanchonetes.

Mas que vista! Eu tirei fotos maravilhosas da cidade lá de cima.

Miradouro do Vale do Inferno, Coimbra
Foto: Fui Ser Viajante

Cervejaria Praxis

Pra terminar o dia, claro que a gente incluiu um rolé cervejeiro na nossa lista de o que fazer em Coimbra.

Visitamos a Cervejaria Praxis, uma marca de microcervejaria local. No prédio, funciona o bar / restaurante da cervejaria, além do Museu da Cerveja de Coimbra.

A Praxis se orgulha de produzir suas receitas usando a água de Coimbra (e, segundo eles, esse é o segredo do sucesso das cervejas deles).

Cervejaria Praxis, Coimbra
Foto: Fui Ser Viajante

Entre os rótulos disponíveis, provamos as fixas do cardápio, Pilsener, Ambar, Weiss e Dunkel. Além dessas, ainda há rótulos sazonais disponíveis, que vão sendo renovamos ao longo do ano.

O atendimento foi muito simpático, o ambiente do bar é lindo (com amplas janelas com vista para o rio e a Alta da Cidade de Coimbra.

Quanto às cervejas, nossas favoritas foram a Ambar e a Dunkel – bem encorpadas e saborosas. Também petiscamos algumas opções do cardápio e voltamos pra casa bem satisfeitos com a experiência.

Outros pontos turísticos de Coimbra – que não visitamos por falta de tempo

Eu tinha plena consciência que uma tarde / noite não ia dar conta de visitar todos os pontos turísticos de Coimbra.

Com pouco tempo no cronograma, a gente precisa priorizar. Foi preciso abrir mão de outras tantas atrações de Coimbra – que espero visitar em outra oportunidade.

Mas se você tem mais tempo na cidade (recomendo pelo menos 2 dias para fazer o roteiro com calma), aqui estão mais algumas atrações que eu indico para acrescentar no roteiro:

Mosteiro de Santa Cruz

Funcionamento: de segunda a sexta de 9h às 17h, sábados de 9h às 12h30 e de 14h às 17h, domingos de 16h às 17h30. Valor: € 3

O Mosteiro de Santa Cruz é outro ponto turístico para visitar na parte antiga da cidade de Coimbra.

Localizado na Praça 8 de Maio, é uma das construções mais importantes da cidade, e sua história se confunde com a própria história de Portugal.

O Mosteiro, formado por igreja, capelas e outros espaços, data do início do século XII e funcionava como uma escola medieval, onde estudaram intelectuais e políticos.

Depois se firmou como um centro cultural e intelectual do reino. Seu aluno mais famoso é Santo Antônio de Pádua, o “santo casamenteiro”.

No século XV passou por uma reconstrução, mantendo algumas características originais, principalmente na fachada. É considerado uma das obras mais bonitas do período do renascimento português.

No seu interior, entre inúmeros detalhes se destacam os azulejos barrocos e um órgão do século XVIII. Lá estão sepultados D. Afonso Henrique I e D. Sancho I, pai e filho, que foram os dois primeiros reis de Portugal.

Mosteiro de Santa Clara-a-Nova e Mosteiro de Santa Clara-a-Velha

Funcionamento: segunda a sábado de 8h30 ás 19h e domingos de 9h às 18h. Valor: € 4

No século XIV, no local onde antes ficava um convento de monjas, foi construído um grandioso mosteiro com arquitetura gótica.

Porém, por estar às margens do Rio Mondego, ele sofreu com muitas inundações e acabou em ruínas.

Já no século XVII um novo mosteiro foi construído a mando de D. João VI, com localização em um ponto mais alto. Foi chamado de Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.

A visita a ele é considerada um programa imperdível, não apenas pela construção e pela história, mas também pela bela vista da cidade que se tem.

Lá estão os restos mortais da rainha Isabel, que virou santa e é padroeira de Coimbra.

Do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (Rua Baixo, 57) restaram estruturas arqueológicas, hoje restauradas, que podem ser visitadas de terça a domingo de 9h às 17h.

Museu Nacional de Machado de Castro

Funcionamento: terça de 14h às 18h, quarta a domingo de 10h às 18h. Valor: € 6.

Um dos museus mais importantes de belas artes em Portugal, é muito indicado para quem está na cidade.

A construção por si só já vale a visita, com seu grande pátio e um edifício que ao longo dos séculos já foi centro administrativo, político e templo cristão.

Mas o principal está do lado de dentro. Seu acervo tem itens do período antes de Cristo, além de objetos históricos de várias épocas, entre pinturas, esculturas, móveis, cerâmicas e outros, especialmente arte sacra.

Aberto ao público em 1913, tem este nome em homenagem a um renomado escultor natural de Coimbra, Joaquim Machado de Castro, falecido no início do século XIX.

Museu Municipal de Coimbra

Funcionamento: de terça a sexta de 10h às 18h, fins de semana de 10h às 13h e de 15h às 18h. Valor: € 1,20.

Esse ponto turístico de Coimbra foi reaberto em 2019, depois de um período de obras de restauração, mantendo seu estilo arquitetônico.

A proposta é promover o patrimônio histórico e artístico de Coimbra e conscientizar a população e os visitantes para a importância da preservação do mesmo.

O museu é dividido em três partes:

– o Edifício Chiado, com acervo permanente de pinturas e objetos portugueses dos séculos XIX e início do XX com coleções doadas por artistas e exposições temporárias;

– a Torre de Almedina, que já foi a porta de entrada da parte amuralhada da cidade e hoje guarda vestígios e lembranças, além de uma maquete, visando recuperar a memória da época; e

– a Galeria do Turismo, com coleções de instrumentos musicais. Com o tempo novos espaços foram criados.

Quinta das Lágrimas

Essa era uma atração de Coimbra que eu queria muito visitar, mas ela fechou antes de que eu conseguisse chegar lá.

A Quinta das Lágrimas é mais um parque de Coimbra, só que esse vem recheado de lendas que tem a ver com a história de Portugal.

Em meados do séculos XIV, o príncipe D. Pedro (que viria a ser Pedro I de Portugal) estava prometido em casamento a princesa espanhola D. Constança Manuel. Mas calhou que ele se apaixonou perdidamente por D. Inês de Castro, que era dama de companhia da princesa.

O Rei D. Afonso IV pensou que tinha resolvido a questão quando mandou Inês para um exílio num convento.

Pedro e Constança se casaram, mas a rainha morreu em trabalho de parto alguns anos depois.

Pedro então mandou buscar sua amada e foi morar com Inês no castelo da Quinta das Lágrimas (que na época se chamava Quinta do Pombal).

Imagina a confusão!

Eles tiveram filhos e viviam bem felizes, a contra gosto do rei e de muita gente em Portugal. E com tanta gente torcendo contra, a história teve um fim triste, uma espécie de Romeu e Julieta lusitano.

D. Afonso IV mandou executar D. Inês ali mesmo, nos jardins da Quinta. Por isso, hoje o nome do lugar é Quinta das Lágrimas, em memória da tragédia.

Conta a lenda que foram as lágrimas de Inês ao morrer que deram origem à fonte que existe hoje na Quinta das Lágrimas, chamada de Fonte dos Amores.

E essa história de amor não acaba aqui: quando Pedro I se tornou rei, mandou desenterrar Inês, a vestiu com trajes reais e a coroou rainha de Portugal.

Toda a corte teve que prestar homenagens a Inês morta (e aqui nasceu aquele ditado bem antigo, “agora Inês é morta).

O rei ainda construiu um magnífico túmulo para Inês no Mosteiro de Alcobaça, na pequena cidade de Alcobaça, onde pode ser visitado até hoje. Nós fomos até lá visitar, inclusive. Fica pertinho de Fátima.

Conímbriga

Se tiver tempo para um bate e volta, escolha conhecer Conímbriga, um sítio arqueológico onde ficava a principal cidade portuguesa que foi ocupada por romanos entre os séculos II e I a.C..

Localizada a 16 km de Coimbra, tem as ruínas de construções como o fórum, o anfiteatro, a basílica, um museu com objetos da época encontrados posteriormente em escavações e algumas casas.

O que fazer em Coimbra: como montar o roteiro

Estas são as principais dicas para quem procura o que fazer em Coimbra.

Nosso roteiro foi montado pensando que a gente tinha pouco tempo na cidade, por isso focamos em visitar atrações próximas, a maioria da parte velha da cidade.

A vantagem desse roteiro pela Coimbra antiga é que você pode fazer todo o circuito da Alta e da Baixa Coimbra a pé.

A pé por Coimbra, O que fazer em Coimbra
Foto: Fui Ser Viajante

Já para visitar a Quinta das Lágrimas, o Miradouro do Vale do Inferno, o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, você precisa percorrer uma distância um pouco maior. Até dá pra ir a pé, mas para fazer tudo em 1 dia, fica apertado.

Muita gente opta por um bate e volta em Coimbra partindo de Lisboa ou do Porto, já que a cidade fica localizada entre as duas.

Mas para curtir tudo com calma, eu recomendo reservar pelo menos 2 dias, para curtir a cidade sem pressa.

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Onde se hospedar em Coimbra

Coimbra tem uma boa oferta enorme de hotéis e pousadas, de diferentes preços e comodidades.

Algumas opções de hospedagem bem avaliadas na cidade são:

– Hotel Quinta das Lágrimas (o antigo castelo da Quinta das Lágrimas hoje funciona como hotel de luxo e é a hospedagem dos sonhos de todo mundo que visita Coimbra).

Sapientia Boutique Hotel (fica pertinho do centro e tem ótima estrutura)

– Solar Antigo Luxury Coimbra – um hotel maravilhoso, por um preço razoável

Coimbra Monumentais B&B – uma hospedagem tipo “bed and breakfast”, que atende muito bem quem não procura algo luxuoso, mas quer um quarto com conforto

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Lila Cassemiro
Klécia Cassemiro (Lila, para os amigos) é fotógrafa, videomaker e editora de conteúdo no blog Fui Ser Viajante. Também é sommelier de cervejas, formada pelo Instituto Science of Beer. Viajante geminiana e curiosa, é especialista em desenhar roteiros fora do óbvio e descobrir os segredos mais bem escondidos de cada destino.
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