O que fazer em Veneza em 1 ou 2 dias: atrativos, onde ficar e comer

Veneza é um dos destinos mais desejados da Itália. E com isso, uma das cidades que mais recebe turistas no país! Por isso, minha dica para aproveitar melhor sua viagem começa pelo simples: monte um roteiro em Veneza!

E depois, te levo para mergulhar mais fundo: não recomendo um dia em Veneza, muito menos um bate e volta. Para conseguir aproveitar a cidade além das multidões, vale a pena ficar pelo menos 2 dias em Veneza!

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Veneza Itália - Foto: Fui ser viajante
Veneza Itália – Foto: Fui ser viajante. Foto: fui ser viajante

Assim, você vai ter tempo de sair da fila indiana de turistas, e começar a explorar uma Veneza menos óbvia, mas muito mais encantadora – na minha opinião, pelo menos.

Quer conferir meu roteiro de 2 dias em Veneza? E mais dicas, como onde comer e onde se hospedar na cidade? Vem comigo nesse post!

Fique ligado: Ingressos para reservar com antecedência em Veneza:

– Cartão de transporte para Veneza e ilhas (compre de acordo com os dias que vai usar)
Passeio de gôndola pelos canais
chip de internet eSIM Itália

Como chegar em Veneza

A forma mais comum é chegar de trem, vindo de outras cidades na Itália. Mas você também pode chegar em avião, e até de ônibus. Depende do seu estilo, orçamento e de onde você vem.

Te conto no detalhe como funciona cada uma dessas opções:

De trem

É a escolha mais popular entre os turistas – viajar nos trens de alta velocidade na Itália é fácil, rápido e pode ser barato, se você pesquisa as passagens com antecedência.

Para quem está mais perto, também há opções de trens regionais, que demoram mais – só que podem sair mais em conta.

Veneza é atendida por duas estações de trem:

  • Stazione Venezia Santa Lucia, que já fica dentro da ilha, pertinho do centro histórico.
  • Stazione de Venezia Mestre, que fica no bairro de Mestre, ainda no continente, a uns 15 minutos de Veneza (de ônibus ou trem).

Nós preferimos comprar o trem direto para a Estação Santa Lucia, assim já desembarcamos direto em Veneza.

Saindo da estação, o visual já impressiona: o Grande Canal, as gôndolas, a arquitetura refletida na água… Veneza parece mesmo saída de um cartão-postal.

Ah, e mais uma dica: alugamos um apartamento a cerca de 10 minutos da estação, para evitar ter que arrastar as malas pra muito longe (lembre que Veneza é toda repleta de pontes e escadas nas ruas).

Esse foi o apartamento que reservamos – bem amplo e confortável, num bairro com ótima vida noturna, Cannaregio.

Mas caso você fique em uma hospedagem mais distante da estação, e estiver com malas pesadas, ou muita bagagem, as opções são:

Como chegamos em Veneza bem cedinho, nosso check in na hospedagem ainda não estava disponível, então deixamos as malas em um guarda-volumes perto do hotel, para já começar a turistar pela cidade sem carregar peso.

O endereço do guarda-volumes foi esse aqui:

De avião

Quem viaja para Veneza de avião pode desembarcar em dois aeroportos:

  • Aeroporto Marco Polo (VCE): é o mais próximo da cidade. Dá para ir até Piazzale Roma (a entrada de Veneza) de ônibus (reserve seu bilhete aqui), vaporetto (barco público, compre o bilhete aqui) ou táxi aquático.
  • Aeroporto de Treviso (TSF): mais distante, geralmente usado pelas companhias aéreas low-cost. A partir de lá, você pode pegar um ônibus direto para Piazzale Roma (reserve seu ingresso aqui).

De carro ou ônibus

Para quem vem de carro, o ponto final será sempre em Piazzale Roma (lembre-se de que, em Veneza, as ruas são canais, e não circulam carros).

Você pode estacionar em garagens na própria Piazzale Roma ou na região vizinha de Tronchetto. A partir dali, tudo é feito a pé ou de barco.

Onde se hospedar em Veneza?

Nossa opção foi a hospedagem na própria ilha de Veneza. Há diversas opções, mas muita coisa em prédios muito velhos e cobrando preços astronômicos. É preciso garimpar bastante para encontrar opções que valem a pena.

Nós reservamos esse apartamento – e tivemos uma experiência muito boa!

Ficava no terceiro piso (subindo por escadas largas), mas o quarto era amplo, com bom banheiro e muito bem localizado, em meio vida noturna animada de Cannaregio. Ah, e era silencioso apesar de estar tão perto de muitos restaurantes.

Além deste, também salvei na minha listinha mais alguns que considerei boas opções de hospedagem em Veneza:

  • esse
  • esse
  • esse

Mas, de forma geral, a dica importante é: reserve com antecedência, porque as melhores opções de hospedagem em Veneza esgotam rapidamente.

Uma alternativa que muitos turistas escolhem é se hospedar em Mestre, no continente. Os preços costumam ser mais baixos, e em cerca de 10 minutos de trem ou ônibus você já está na ilha.

Pode ser uma opção se você não conseguir chegar a tempo de encontrar uma hospedagem que valha a pena em Veneza por um bom preço.

Importante: traga malas leves para Veneza! Você vai andar com as malas até a hospedagem, e subir várias pontes e escadas no caminho. Malas grandes ou pesadas podem transformar esse caminho em uma gincana de obstáculos.

Como se locomover por Veneza?

Já que carros e bicicletas não circulam em Veneza, esta é, essencialmente, uma cidade feita para ser explorada a pé — e essa é, sem dúvida, a melhor forma de se locomover por lá.

As ruas e ruelas são um verdadeiro labirinto, você com certeza vai precisar da ajuda do Google Maps, e vai se perder algumas vezes, inevitavelmente. E essa é justamente a graça: se perder pelas vielas faz parte da experiência!

Prepare-se para caminhar bastante em Veneza (contando os caminhos certos e as vezes que você se perder). E aqui vai um conselho: use calçados confortáveis, porque as ruas são de pedra e as pontes têm muitas escadas.

Mas para além das caminhadas, você tem algumas opções de transporte em Veneza:

Para trajetos mais longos ou para cruzar o Grande Canal, o transporte público é feito pelos vaporettos, que são barcos coletivos.

Eles funcionam como ônibus aquáticos, com linhas regulares que conectam os principais pontos da cidade e também levam até as ilhas de Murano, Burano e Lido.

Você pode comprar um bilhete avulso, mas se pretende usar bastante o vaporetto, pode valer a pena comprar um passe diário ou de vários dias, que sai mais em conta do que comprar bilhetes um por vez.

Outra opção de transporte em Veneza é o traghetto, uma espécie de gôndola simples que faz apenas a travessia do Grande Canal em alguns pontos específicos, onde não há pontes.

É uma opção interessante para quem quer viver uma experiência típica veneziana, sem gastar muito.

Se estiver com malas ou precisar se deslocar com mais comodidade, também existem táxis aquáticos privados, que são mais caros, mas podem ser uma solução em casos específicos, como quem viaja com bagagem pesada.

E, claro, temos as gôndolas, que não são um meio de transporte em si, mas sim uma experiência turística, na listinha dos passeios românticos de Veneza -e um dos mais caros para fazer na cidade também.

Veneza itália - Foto: Fui ser viajante
Veneza itália – Foto: Fui ser viajante

Se você tem o sonho de fazer um passeio de gôndola em Veneza, vale a pena reservar antecipadamente (e aqui você pode ver uma opção de passeio de gôndola em Veneza que você pode pagar em real e parcelado).

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Roteiro em Veneza: o que fazer em Veneza em 2 dias

A partir de agora, vou compartilhar com você os lugares que visitei em Veneza. Mas primeiro, quero te explicar um pouco sobre como foi meu roteiro em Veneza:

No total, fiquei dois dias em Veneza. Inteiros. Por isso, cheguei bem cedo no primeiro trem do dia, deixei as malas num guarda-volumes perto do hote e passei o primeiro dia batendo perna no centro de Veneza.

No final do dia, ainda sobrou tempo de visitar outro bairro menos famosos, mas super animado: o Campo de Santa Margarida. E fechei o dia curtindo a vida noturna ali mesmo perto do hotel, em Cannaregio.

Mostramos tudo em detalhe no vlog que gravamos para nosso canal no Youtube (aproveita e já segue a gente por lá!):

No segundo dia, fiz a visita às ilhas de Murano e Burano, e ainda inclui uma terceira ilha, menos famosa, no roteiro: Torcello. Foi um dia ótimo, cheio de lugares lindos de viver!

No final do dia, voltamos para Cannaregio, mais uma noite pelos bares (ou bácaros, como se diz em Veneza). Fomos embora bem cedinho, no dia seguinte.

Ou seja, esse é um roteiro de 2 dias inteiros em Veneza. Bem dinâmico, porque há mesmo muita coisa pra ver, e se perde um bom tempo andando em fila indiana pelos becos lotados de gente (considere isso!).

No fim, ficou um roteiro bem redodinho, explorando os clássicos e um pouco do além do óbvio em Veneza. veja os lugares que visitei no próximo tópico.

O que ver em Veneza: lugares que entraram no meu roteiro

Roteiro Veneza dia 1:
– Libreria Acqua Alta
– Bácaro Risorto
– Riva degli Schiavoni
– Ponte dos Suspiros
– Piazza San Marco
– Basílica de São Marcos
– Ponte Rialto
– T Fondaco dei Tedeschi
– Campo Santa Margherita
– Gelato Grom
– Cannaregio (vida noturna)

Libreria Acqua Alta

Depois de deixar as malas no guarda-volumes, seguimos direto para a livraria mais famosa de Veneza. Claro, houve muitas paradas no caminho – afinal, tudo em Veneza desperta a vontade de tirar outra foto!

O lugar é bem exótico – livros empilhados em banheiras, gôndolas e prateleiras caóticas, e um gatinho lindo, caminhando solto e miando pra cá e pra lá.

Se você ama livros, vai se apaixonar.

Há diversos pontos para fotos, e daí veio a fama no Instagram – escadarias feitas de livros, e até uma gôndola onde você pode tirar fotos gratuitamente (depois de esperar um bom tempo na fila), e postar nas redes como se tivesse feito o passeio mais tradicional de Veneza.

Junte tudo isso – a excentricidade do lugar, e os cantinhos “instagramáveis”, que você vai entender porque a livraria vive lotada. E os corredores são estreitos, então já aviso que é preciso ir com paciência.

Ah, e se decidir comprar um livro, vale a pena pedir para o caixa “timbrar” seu livro com o carimbo oficial da livraria.

Eu faço isso em todas as livrarias famosas que visito (como contei quando visitei a Shakespeare and Company em Paris), e assim venho colecionando lembranças de viagem que são a minha cara!

Bácaro Risorto (ou qualquer outro que te atrair)

Esse tipo de bar típico de Veneza é uma das maiores tradições da cidade.

Um ambiente geralmente pequeno, descontraído, onde os venezianos vão beber, conversar, e saborear os famosos cicchetti, pequenos petiscos servidos em fatias de pão com diferentes coberturas.

Os mais clássicos levam creme de bacalhau, mas também há opções com sardinha, queijo, embutidos…

Fomos a vários bacari em Veneza, mas para começar, quero deixar a dica do primeiro que fomos, que vai estar no seu caminho caso esteja seguindo este roteiro: o Bácaro Risorto.

O ambiente era apertadinho mas super animado. Conseguimos um cantinho no balcão e pedimos nossas bebidas. Começamos a observar o movimento, e era curioso ver como os atendentes precisavam se virar porque não parava de entrar e sair gente.

Escolhemos 4 sabores de chichetti (entre os diversos expostos no balcão), acompanhamos com Aperol Spritz e cervejas, e fizemos do nosso lanche um verdadeiro happy hour à moda veneziana. Foi ótimo!

Riva degli Schiavoni

Caminha e caminha, chegamos na Riva degli Schiavoni, uma das áreas mais movimentadas de Veneza. Uma rua bem larga, que é como uma orla, beirando um dos principais canais de Veneza.

Ela vem desde a Piazza San Marcus (onde se concentra a maior parte das pessoas) e se estende até a região do Castello (onde a riva oferece uma experiência mais tranquila).

A vista olhando para a água é linda — você consegue enquadrar na foto as diversas gôndolas atracadas, e ver do outro lado a ilha de San Giorgio Maggiore, com sua igreja branca contrastando com o azul da água.

Dizem que essa vista fica particularmente bonita ao pôr do sol, mas não chegamos a conferir. Estávamos passando por aqui por volta de onze da manhã.

Historicamente, este era um local de comércio marítimo, pois ali atracavam barcos vindos da Dalmácia (região conhecida como “terra dos schiavoni”, ou “eslavos”, em italiano), trazendo mercadorias e viajantes para a cidade.

Nos dias de hoje, você vai ver muita gente pra cá e pra lá, além de comércio de rua, vendedores de souvenirs, artistas, hotéis, restaurantes e, claro, turistas e mais turistas.

É também uma das poucas áreas da cidade onde todas as pontes com escadas têm rampas instaladas — um grande diferencial em Veneza, que costuma ser desafiadora para quem tem limitações de mobilidade ou dificuldades para caminhar e subir escadas.

Outra coisa que é diferente nessa orla é que há diversos bancos, liberados para sentar e fazer um lanchinho, sem risco de ser multado.

Vale avisar que Veneza tem várias leis que buscam preservar a cidade dos efeitos do turismo. Uma delas é que não é permitido sentar nas escadarias dos canais menores, especialmente nas áreas internas da ilha.

Isso visa melhorar a circulação de pessoas. E quem desobedece paga multa, viu? E bem salgada – em alguns casos, chega a mais de 100 euros.

A Riva degli Schiavoni também um lugar estratégico para pegar vaporettos para outras ilhas, como Murano, Burano e Lido. A estação de vaporeto mais próxima é a S. Marco-San Zaccaria.

Ponte dos Suspiros

No caminho pela Riva degli Schiavoni, você vai passar por ela, talvez a ponte mais fotografada de Veneza — a Ponte dos Suspiros.

Não se deixe enganar pelo nome, essa ponte tem uma história nada romântica.

A ponte comunicava o Palácio Ducal à antiga prisão de Veneza, e depois que os prisioneiros eram condenados, tinham o último vislumbre de liberdade quando atravessavam essa ponte – e por isso, suspiravam lamentando a liberdade perdida.

Piazza San Marco

Nossa próxima parada é a Praça São Marcos, a maior praça de Veneza, o coração do centro da cidade.

A praça começou a tomar forma no século IX, mas ganhou seu visual atual no século XII, quando a Basílica de São Marcos foi reconstruída.

Desde então, sempre foi o centro religioso, político e social de Veneza. Napoleão Bonaparte, ao ver a praça, chegou a chamá-la de “o salão mais bonito da Europa”.

Na Piazza San Marco, você vai encontrar algumas das atrações mais importantes de Veneza:

Basílica de São Marcos

Sem dúvida, a estrela da praça é a Basílica de São Marcos, o Duomo de Veneza.

Conta a tradição que essa igreja começou a ser construída no ano 828, para abrigar as relíquias de São Marcos Evangelista, que comerciantes venezianos teriam roubado no Egito e trazido para Veneza.

Ao longo dos séculos, a igreja foi sendo ampliada e decorada com muita riqueza, para ser isso que vemos hoje: um interior repleto de mosaicos contando histórias bíblicas, a maioria deles revestidos com folhas de ouro.

São cerca de 8.000 m² de mosaicos, e o resultado é impressionante! Cada detalhe mostra o poder e a riqueza da antiga República de Veneza.

Dicas para a visita:

  • A entrada principal custa €3 e já permite acessar o interior da igreja.
  • Pagando valores adicionais, é possível ver áreas especiais:
    • Pala d’Oro (€5): o único altar gótico todo em ouro do mundo, decorado também com pedras preciosas
    • Museu e Loggia dei Cavalli (€7): dá acesso à varanda superior, de onde se tem uma vista privilegiada da Piazza San Marco e também aos cavalos de bronze originais (réplicas ficam na fachada).

Minha experiência:
Nós visitamos apenas o interior principal da basílica, e foi suficiente para ficarmos maravilhados. Mosaicos, mármores e tantos detalhes, que é impossível não deixar o queixo cair um pouco.

Quando bate a luz do sol, é incrível ver o efeito da luz sobre o dourado dos mosaicos.

É muita riqueza acumulada num lugar só – riqueza que foi transformada em arte, sim. Mas é surreal pensar que aquilo tudo é ouro!

Campanário de São Marcos

O Campanário de São Marcos é a torre sineira da basílica, embora não fique coladinho com a igreja, mas sim afastado dela, bem em frente.

Isso se explica porque, originalmente, não foi construído para ser uma torre sineira da igreja, mas sim um farol, para orientar os navegadores. Isso foi lá no século IX.

O campanário atual é uma reconstrução, pois o original desabou em 1902.

É possível subir à torre, pagando o ingresso (€10). A subida (feita de elevador) recompensa com uma vista panorâmica da cidade, das ilhas e da lagoa de Veneza.

Palácio Ducal

Também do lado da catedral de Veneza, temos o Palácio Ducal, antiga sede do governo e residência oficial do Doge de Veneza (o chefe de Estado da antiga República de Veneza).

O palácio é um luxo – um verdadeiro labirinto de salas, galerias de arte e pátios internos e que guarda, claro, o acesso para a lendária Ponte dos Suspiros, já que os réus eram julgados no palácio ducal, e quando condenados, levados até a prisão por essa antiga passagem.

Se tiver tempo e interesse, é preciso reservar algumas horas para essa visita – você pode visitar por conta própria, ou contratar uma visita guiada, para mergulhar ainda mais na história e detalhes do lugar.

Fique atento, pois existe um ingresso combinado (€30) que dá direito a visitar 4 museus no entorno da Praça São Marcos, incluindo o Palácio Ducal. Para quem tem tempo, é uma forma de economizar.

Ponte Rialto

A Ponte Rialto cruza o grande canal e é, provavelmente, a ponte mais famosa de Veneza — além de ser um dos lugares mais fotografados da cidade.

Eu achei a história dela muito interessante. Ela foi, por séculos, o único jeito de atravessar o canal a pé. Sua estrutura atual, em pedra, foi construída entre 1588 e 1591, substituindo a antiga, de madeira, que já tinha desabado duas vezes.

Ela foi projetada por Antonio da Ponte (o sobrenome dele era “da Ponte” mesmo), e causou muita polêmica na época, porque era uma obra de valor altíssimo, e bastante ousada para a engenharia daquele tempo.

A ponte Rialto é dividida em três passagens: uma central, onde ficam diversas lojinhas de joias a souvenirs, e duas laterais abertas, que oferecem vista para o Grande Canal de Veneza.

Ao atravessar, é preciso desviar de um milhão de turistas – a ponte costuma estar cheia, sempre. Para quem quer aquela foto mais vazia, só indo bem cedo e contando com a sorte.

Fica a dica: Perto da Ponte Rialto fica o antigo Mercado de Rialto, um mercado local, praticamente nada turístico. É lá que os venezianos, ainda hoje, compram peixes frescos, frutas e verduras.

Vale passar por lá e conferir o movimento, para ter um gostinho da Veneza do “dia a dia” dos Venezianos.

T Fondaco dei Tedeschi

Bem ao lado da Ponte Rialto, você vai encontrar o T Fondaco dei Tedeschi, um edifício histórico, construído no século XIII como a sede dos comerciantes alemães em Veneza.

Depois disso, o prédio já foi sede dos correios e depois foi reaberto como centro comercial – um lindo shopping de luxo, que você pode visitar bem ali!

Mesmo que fazer compras não esteja nos seus planos, vale a pena entrar para conferir a beleza do edifício. E, se tiver interesse, pode reservar com antecedência a experiência de visita ao terraço panorâmico, no último andar.

O acesso é gratuito, e super concorrido. Chegando na hora sem reserva, você não vai conseguir entrar. Cada pessoa pode ficar no terraço por 15 minutos, apreciando uma baita vista para o grande canal e ponte Rialto.

Campo Santa Margherita

Depois de “cumprir” essa listinha de pontos turísticos de Veneza, resolvemos sair ali do centro e começar a explorar outros bairros da cidade.

Tomamos o rumo do Campo Santa Margherita, no bairro de Dorsoduro. É uma praça muito animada (até grande para os padrões venezianos), repleta de restaurantes e muita gente curtindo um drink, ou apenas vivendo a vida.

Ao contrário de outras praças mais turísticas, para nós pareceu que aqui a vida acontece de maneira mais espontânea.

Quando fomos, tinha um grupo animado de crianças, jogando bola, fazendo da parede da igreja o muro do gol. Por ali, você também vai encontrar muitos estudantes, já que a Universidade Ca’ Foscari fica ali perto.

À noite, a praça se anima ainda mais com a chegada desses jovens, que ocupam os bares e restaurantes para um happy hour em Veneza.

Gelato Grom

Se você quer provar um gelato italiano de qualidade em Veneza, uma excelente escolha é a Gelato Grom. A lojinha fica perto do Campo Santa Margherita.

A marca nasceu em Turim e ficou famosa por oferecer sorvetes artesanais feitos com ingredientes naturais, sem corantes, aromatizantes ou aditivos artificiais.

É aquele tipo de gelato que preserva o verdadeiro sabor dos ingredientes — cremoso, leve e cheio de sabor.

Eu provei o sabor fior di latte com chocolate amargo e estava simplesmente delicioso. O Rafa escolheu o caramelo com flor de sal, que também é muito bom!

Fica a dica: Prefira sempre as gelaterias como a Grom, que armazenam o sorvete em potes fechados (os pozzetti), em vez de expor grandes montanhas de sorvete super colorido.

Essa é uma boa dica para identificar onde tomar um gelato realmente bom na Itália.

Cannaregio (vida noturna)

Depois que o sol se põe, Cannaregio é um dos bairros mais animados e autênticos de Veneza, perfeito para ter um gostinho da vida local longe da movimentada Praça São Marcos.

Ao contrário de outras áreas turísticas, Cannaregio oferece uma experiência mais tranquila, com locais e turistas dividindo as mesas.

Enquanto você passeia pelas ruas ao longo dos canais de Cannaregio, vai descobrindo portinhas onde se escondem bares, restaurantes e bacari tradicionais.

Entre os locais para comer e beber (são muitos!), quero indicar:

  • Birreria Zanon: bar de uma pequena cervejaria artesanal local
  • Cantina Azienda Agricola: bacaro tradicional, com ótima opção de vinhos, drinks, chichetti e massas. Tudo artesanal, simples e delicioso.

Como comentei antes no texto, a gente escolheu se hospedar em Cannaregio, e foi ótimo para curtir essa energia da vida noturna da região.

Se quiser dar uma olhada no apartamento que alugamos, confira aqui:

Roteiro Veneza dia 2:
Murano
Burano
Torcello

Murano

No nosso segundo dia em Veneza, começamos bem cedo. Fomos caminhando por Cannaregio rumo a estação do vaporeto, e o dia estava com uma neblina densa, que deixou tudo mais bonito!

Compramos o passe diário do vaporetto, para fazer o roteiro pelas ilhas coloridas da Lagoa de Veneza: Murano e Burano.

Com 30 minutos de navegação a partir de Veneza, chegamos em Burano, a ilha que guarda há anos a tradição na fabricação de vidro – o famoso cristal de Burano.

Caminhando pelas ruas, o que mais chama a atenção são as diversas lojas, com vitrines repletas de vidros coloridos atraem nosso olhar a todo momento.

São diversas formas, cores e tamanhos. Tem de tudo um pouco: lojas chiques com esculturas super sofisticadas, lojas de joias belíssimas, e também pequenas lojinhas que vendem souvenirs, como canecas e outros objetos de decoração.

Se estiver com tempo e paciência, pode até visitar uma das fábricas de vidro, onde eles mostram o processo de fabricação, que é uma verdadeira arte.

Burano

Perto da hora do almoço, pegamos o vaporeto novamente, rumo a ilha de Burano. A viagem agora demora mais – cerca de 1h de navegação.

Burano é famosa pela sua tradição de renda, e há várias lojas onde você pode encontrar peças delicadas feitas à mão.

No entanto, a maior atração de Burano, na minha opinião, são as próprias casas, que formam um cenário de conto de fadas.

Cada esquina é um convite para tirar uma nova foto, com lindas casinhas pintadas em cores vibrantes,: amarelo, azul, rosa e laranja. Uma coisa linda!

Almoçamos e exploramos bastante as ruazinhas charmosas de Burano. Estava absolutamente lotada de turistas? Sim. Acho que até mais que Burano. Mas nada foi capaz de quebrar o encanto que o visual dessa ilha construiu na minha mente.

Torcello

Fechamos o tour de ilhas, pegamos mais uma vez o vaporeto, agora rumo a Torcello, uma ilha a apenas 5 minutos de Burano.

Torcello tem uma atmosfera muito diferente de Burano e Murano – é uma ilha mais calma e menos explorada turisticamente. Há apenas alguns habitantes, poucos restaurantes e ruínas antigas, que contam sobre o passado.

Durante a Idade de Ouro de Veneza, Torcello foi um importante centro comercial e agrícola, se tornando a ilha mais povoada na região.

A principal atração de Torcello é a Catedral de Santa Maria Assunta, que data do século VII. O interior da igreja é simples, mas repleto de mosaicos bizantinos.

Se o tempo permitir, você pode ainda conhecer a Ponte del Diavolo, uma ponte antiga onde dizem que o diabo costumava aparecer.

Vale a pena visitar Veneza?

Veneza mora no imaginário de quem ama viajar. A cidade dos canais, dos becos e das gôndolas oferece um cenário de filme – e realmente muitos filmes foram gravados por lá.

Confesso que não foi um amor à primeira vista para mim – minhas primeiras impressões de Veneza foram que eu ia me afogar na multidão de gente! hahaha

Mas depois de sair da região do centro histórico, e começar a explorar regiões como Campo de Santa Margarida, Cannaregio e as ilhas, eu encontrei o encanto de Veneza que tantos falam.

Como me disse uma amiga, se você não se perde em Veneza, perde Veneza. Saia das rotas principais e das ruas lotadas onde todos andam em fila indiana. Perca-se pelos becos, pois tem chance de encontrar boas surpresas!

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Lila Cassemiro
Klécia Marília Cassemiro (Lila) é fotógrafa, videomaker e editora de conteúdo no blog Fui Ser Viajante. Também é sommelier de cervejas, formada pelo Instituto Science of Beer. Viajante especialista em desenhar roteiros fora do óbvio e descobrir os segredos mais bem escondidos de cada destino.
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