Museu da República, no Rio de Janeiro: como é a visita
Nem só de praia vive o Rio de Janeiro, e a missão do Fui Ser Viajante nessa Cidade Maravilhosa é mostrar quanta coisa legal tem pra fazer na cidade.
O Rio de Janeiro tem muitas atrações famosas internacionalmente. Mas a gente adora explorar e trazer para cá também as atrações fora do circuito turístico tradicional. Por exemplo, você já conhece o Museu da República, no bairro do Catete?
A história do antigo Palácio Nova Friburgo
Hoje conhecido como Palácio do Catete, mesmo nome do bairro carioca onde o prédio está. Lá pelas tantas do século XIX, o barão de Nova Friburgo mandou construir sua nova casa.
Claro que nenhum centavo foi economizado. Vários artistas estrangeiros trabalharam no suntuoso prédio, que se tornou o símbolo da economia cafeeira escravocrata do Rio de Janeiro, capital do Império.
Com a morte do barão e de sua esposa, o prédio foi sequentemente vendido, até que acabou nas mãos do governo federal, durante o governo de Prudente de Moraes.
Foi reformado e transformado na sede da Presidência da República, que antes estava instalada no Palácio do Itamaraty.
Também é conhecido por Palácio das Águias, pela decoração da fachada, passou a receber presidentes e seus familiares.
Importantes acontecimentos da história do Brasil tiveram lugar no palácio, como a declaração de guerra contra a Alemanha, em 1917 e contra o Eixo, em 1942, além do suicídio de Getúlio Vargas, em 1954.
Foi também no Palácio que aconteceu, pela primeira vez na história, a interpretação de uma música popular num Salão Nobre Brasileiro – o tango ‘Corta-Jaca”, por Chiquinha Gonzaga, em 1914.
Juscelino foi o último presidente a residir no palácio, antes de mover a capital do país para Brasília em 1960.
O prédio foi sede do poder republicano por 63 anos, e hoje é patrimônio tombado pelo Iphan.
Com a fim da era presidencial, começou a ser reformado para abrigar o Museu da República, como permanece até hoje.
A visita ao Museu da República
A visita ao Museu da República é um passeio pela história do Brasil.
No começo, não me empolguei muito com o andar térreo, que começa com a sessão ‘ Encontro com o visitante’, cheia de documentos sobre a memória da casa e explicações sobre a organização das exposições.
Mas logo fui me impressionando com a riqueza arquitetônica do prédio, um espelho da rica sociedade escravocrata do Rio de Janeiro nos períodos imperiais.
O salão ministerial e a bonita vista para os jardins já nos deixa desconcertados. Além disso, cada sala traz peças de prataria, mobília, esculturas e documentos que contam a história do Brasil República.
Para acessar o segundo andar, subimos pela glamourosa escada de madeira, que por si só é uma viagem no tempo.
Este andar é conhecido como andar nobre, e por lá temos muito mais luxo – se é que é possível! Cada sala com um tema, cada uma ricamente decorada de acordo.
Meus favoritos: o pequeno Salão Mourisco e o incrível Salão dos Banquetes.
No terceiro e último andar do Museu da República, grande parte dos espaços estava em reforma.
Podemos apenas ter uma breve visão da Galeria da Clarabóia, e visitar a reconstituição do quarto de Getúlio Vargas, com destaque para o lendário revólver usado no suicídio presidencial.
Na saída, prestei atenção nos ladrilhos em frente a bilheteria, porque eu sou dessas que adora um piso bonito.
Os Jardins do Palácio do Catete
A visita aos jardins é gratuita, mas deixei pra passear por lá depois de conhecer o Museu da República. E não me arrependi.
Caminhei sem pressa e aproveitei o fim de tarde num dos lugares mais bonitos do Rio de Janeiro.
Dá até pra gente esquecer que está ao lado do Aterro do Flamengo, no meio de toda a loucura da capital. Por um pouquinho, a gente quase se transporta para o Brasil do século passado.
Além de muito verde, os jardins têm uma gruta, espaços para intervenções culturais, um bonito lago e um chafariz.
Outro atrativo dos jardins é apreciar a varanda das esculturas, ladeada por duas luminárias: A Aurora e O Crepúsculo, fundidas em Paris.
Na saída, olhe para o topo do Palácio do Catete e aprecie as esculturas de águias. São sete no total, também fundidas em Paris e trazidas para decorar o prédio no governo de Afonso Pena.
O Palácio do Catete conta ainda com atividades culturais, um bistrô, um café, um cinema e uma livraria, além de áreas para exposições temporárias nos jardins e no interior do palácio.
Muito Bom ,para reviver histórias passadas.
Oii, qual é o tempo de duração da visita?
Oi Marina, reserve cerca de 1 hora para visitar o palácio (a visita é livre, então percorra no seu tempo) e pelo menos mais uns 30 minutos pra passear pelos jardins!
Grande Abraço e bom passeio!
Passei por lá semana passada e que frustração! O Palácio está fechado à visitação, foi transformado em posto de vacinação. Penso que deveriam usar os jardins para posto de vacinação e liberar o Palácio para visitação.
Oi Carlândia! Infelizmente muita coisa mudou com a pandemia, né? Espero que em breve o museu reabra, é um dos museus mais interessantes da cidade.
Gostei muito das dicas. Ainda não conheço, mas agora entrou na lista!
Vale a visita, Adriana!
oi Klécia… O jardim é belíssimo, sem dúvida, mas o que dizer deste antigo casarão?! Além de lindo e suntuoso, carrega o peso de nossa história, tantas e tantas vezes menosprezada por nós! Nunca pensei em visitar o Palácio do Catete e percebo agora que este é um equívoco sem tamanho. 🙂 bjs
Maravilhosoooooo, Ana! Me surpreendeu e me encantou! Uma delicia descobrir esses pequenos tesouros do RJ 😉