O que fazer em Florença: roteiro de 2 dias com as melhores atrações
Se você está planejando uma viagem para a capital da Toscana e quer saber o que fazer em Florença em 2 dias, estou aqui para te ajudar com esse post.
Reuni as principais atrações de Florença, dicas e um roteiro redondinho para aproveitar sua viagem pela cidade do renascimento, a terra de Dante, Michelangelo e dos Médici.
Florença foi um dos destinos que mais me encantou na Itália – e aposto que vai te surpreender também! E pode sim ser explorada em um curto espaço de tempo, desde que você organize um bom planejamento.
Preparado para conhecer os pontos turísticos de Florença, como encaixá-los em um roteiro de 2 dias e mais dicas? Então, vamos nessa.
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Por que visitar Florença?
Florença é o berço do Renascimento e um verdadeiro museu a céu aberto. Combina arte, arquitetura, gastronomia típica da Toscana e aquele clima de romance.
Além disso, Florença é uma excelente base para explorar a região da Toscana, com fácil acesso a cidades como Pisa, Siena, San Gimignano e a região vinícola do Chianti.
Nesse post você vai ler sobre:
– Quando ir a Florença
– Como chegar em Florença
– Onde se hospedar em Florença – melhores bairros
– O que fazer em Florença – roteiro de 2 dias
– Dicas de bate volta de Florença (para quem tem mais tempo)
Quando ir a Florença
A melhor época para visitar Florença são as estações intermediárias. Na primavera (abril a junho) e outono (setembro e outubro), o clima está agradável, os dias são mais longos e a cidade está menos cheia do que no verão.
O verão (julho e agosto) costuma ser muito quente, com temperaturas acima dos 35 °C e grande fluxo de turistas — especialmente nos principais museus e monumentos.
Já o inverno (novembro a fevereiro) tem temperaturas mais baixas e dias curtos, mas é uma boa escolha para quem prefere evitar multidões e aproveitar atrações com mais tranquilidade.
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Como chegar a Florença?
Florença é facilmente acessível por diversos meios de transporte, tornando-a um destino conveniente para viajantes na Itália e na Europa.
De avião
O Aeroporto de Florença (Aeroporto Amerigo Vespucci) recebe voos de várias cidades europeias, com conexões frequentes via companhias como ITA Airways, Air France, KLM, Lufthansa e Swiss.
Outra opção é o Aeroporto de Pisa, situado a cerca de 100 km de Florença, que oferece uma ampla gama de voos internacionais.
De trem
Nós escolhemos viajar pela Itália de trem, e tivemos uma ótima experiência. Chegamos de avião por Roma, e depois rodamos todo o país com o serviço de trens de alta velocidade.
Para chegar a Florença, saindo de Roma ou de outras cidades da Itália (como Roma, Milão, Veneza e Nápoles), você pode utilizar os trens de alta velocidade operados pela Trenitalia (Frecciarossa, Frecciargento) e pela Italo.
Para planejar suas viagens de trem com facilidade, recomendamos o uso da plataforma Omio, que permite comparar e reservar passagens de trem com antecipação (essencial para conseguir melhores tarifas), com a conveniência de reservar em português.
A principal estação ferroviária é a Firenze Santa Maria Novella, localizada no centro da cidade.
De ônibus
Empresas como FlixBus oferecem rotas regulares para Florença a partir de diversas cidades italianas e europeias.
As viagens de ônibus são geralmente mais econômicas, embora possam ser mais longas em comparação com os trens.
De carro
Alugar um carro pode ser uma boa opção se você pretende explorar a região da Toscana. No entanto, é importante estar atento às Zonas de Tráfego Limitado (ZTL) no centro de Florença, onde a circulação de veículos é restrita.
Nós não chegamos a alugar um carro para nossos dias em Florença, mas alugamos um carro em Florença para sair da cidade e viajar alguns dias pela região da Toscana.
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Onde se hospedar em Florença
Entre as melhores regiões para se hospedar em Florença, considerando localização, custo-benefício e acesso às principais atrações, vale considerar:
Centro histórico (San Giovanni)
Onde estão localizadas as principais atrações turísticas de Florença, como o Duomo, a Piazza della Signoria e a Galleria degli Uffizi. Hospedar-se aqui significa estar a poucos passos das principais atrações da cidade.
Foi onde nos hospedamos! Escolhemos o Le stanze del Duomo, uma hospedagem confortável e estrategicamente localizada, situado a apenas 1 minuto a pé da Catedral de Santa Maria del Fiore.
Outras opções de hotéis bem recomendados nessa região são:
Santa Maria Novella
Próxima à principal estação de trem da cidade de Florença, esta região oferece boa quantidade de hotéis e vai atender quem pretende usar Florença como base para fazer viagens de trem pela Toscana, no estilo bate e volta.
Inclusive, nessa parte da cidade é possível encontrar mais hotéis modernos e bem equipados, e opções com ótimo custo-benefício.
Oltrarno
Localizado do outro lado do Rio Arno, este bairro é conhecido por sua atmosfera autêntica, ateliês de artesãos e uma vida noturna animada.
É uma excelente opção para quem busca uma experiência mais local – e há hotéis lindos aqui, instalados em casarões históricos!
Santa Croce
Uma área charmosa e menos turística, com belas praças e uma variedade de restaurantes e bares. Ideal para viajantes que desejam explorar Florença com mais tranquilidade.
Por aqui, há mais possibilidade de encontrar bons preços em ótimos hotéis e apartamentos!
O que fazer em Florença: roteiro de 2 dias pelas principais atrações
Florença é uma cidade compacta, mas cheia de atrações incríveis.
Em dois dias, conseguimos explorar os principais pontos turísticos do centro histórico e mais algumas atrações fora do centro, além de experimentar a gastronomia e sentir o clima da cidade.
No mapa, marquei as atrações que visitamos nesses 2 dias em Florença, para ajudar na sua localização:
E a partir de agora, vou descrever nosso roteiro em Florença no detalhe, indicando as atrações, preços e dicas de cada lugar, dia a dia.
Dia 1 em Florença
No nosso primeiro dia em Florença, montamos um roteiro que mistura arte, gastronomia e passeios ao ar livre. Andamos bastante, por isso recomendo um calçado confortável!
Aqui vai o passo a passo do nosso primeiro dia:
Piazza di Santa Maria Novella e Farmácia de Santa Maria Novella
Seja na sua chegada, ou na hoa de ir embora de Florença, você vai passar nessa praça bem pertinho dessa praça, que fica no entorno da estação de trem de Santa Maria Novella, a principal de Florença.
É aqui que está a igreja de Santa Maria Novella, e a praça tem bastante movimento de gente, artistas, turistas…
Vimos a igreja só por fora – é preciso pagar ingresso para visitar o interior, como você vai perceber que acontece em praticamente todas as igrejas famosas de Florença.
Outra curiosidade dessa praça é que ali também funciona a Officina Profumo-Farmaceutica di Santa Maria Novella, uma farmácia histórica aberta em 1221. Dá pra entrar e conferir: por dentro, é quase como um museu.
Piazza del Duomo e arredores
Depois de passar pela praça, seguimos rumo a nossa hospedagem, Le Stanze del Duomo, que ficava coladinha com a Piazza del Duomo. Uma localização maravilhosa e perto de tudo!
Depois de deixar as malas no quarto, foi a partir dali que começamos nosso roteiro de fato!
E não tinha como ser melhor: este lugar é o coração do centro histórico de Florença, e uma das praças mais incríveis da Itália!
Ali estão a Catedral de Santa Maria del Fiore (Duomo de Florença), o Campanário de Giotto e o Batistério de San Giovanni, entre diversos outros atrativos de Florença.
Entrar e conhecer a nave principal da catedral é gratuito – mas é preciso chegar BEM CEDO, porque as filas são enormes e só aumentam ao longo do dia. A visita ao interior do Duomo de Florença leva, em média, 30 a 45 minutos.
Atenção: É necessário seguir as regras de vestimenta para visitar a catedral: ombros e joelhos devem estar cobertos. Também não são permitidos bolsas volumosas ou mochilas grandes na visita. Existe um guarda-volumes na Piazza Duomo 38/r (junto à entrada do Museu), mas normalmente tem fila!
De graça, também dá pra admirar a fachada e os detalhes do famoso Portão do Paraíso, no batistério.
Já para subir na cúpula, no campanário e visitar o museu, é preciso comprar um ingresso combinado. E recomendo comprar antecipadamente, porque os horários esgotam rapidamente. O ingresso inclui:
- Subida à cúpula de Brunelleschi (subida somente por escadas, e são mais de 460 degraus – mas a vista panorâmica é incrível)
- Campanário de Giotto
- Batistério de San Giovanni
- Museu dell’Opera del Duomo
- Cripta de Santa Reparata
Na hora de comprar o ingresso, você pode escolher entre:
- comprar o ingresso com audioguia em português na Catedral de Santa Maria del Fiore e na Cúpula de Brunelleschi (você precisa levar o fone de ouvidos),
- comprar o ingresso premium, que garante entrada no primeiro horário da cúpula de Brunelleschi (sem filas, contanto que você não se atrase, porque aí vai ter que encarar a fila normal). Nesse caso não há audioguia incluído.
Para quem vai entrar em todas as atrações, o ideal é reservar de 2h30 a 3h para aproveitar tudo com calma.
Basílica de San Lorenzo
Em seguida, você pode passar em frente e conhecer a Basílica de San Lorenzo em Florença, uma igreja importante para a cidade, e ligada à poderosa família Médici.
A fachada é simples, mas por dentro ela é lindíssima, com obras de Donatello. No entanto, para visitar o interior é preciso pagar ingresso.
Também existe a possibilidade de visitar a Biblioteca Laurenziana, projetada por Michelangelo, que fica anexa à igreja (ingresso à parte).
Mercato Centrale
Na hora do almoço, fomos direto para o Mercato Centrale, porque tinhamos recebido muitas dicas que era um lugar incrível – e realmente é maravilhoso!
É um mercado coberto que reúne o melhor da gastronomia toscana em um só lugar. O mercado tem dois andares, com propostas diferentes:
No térreo, você encontra bancas tradicionais com produtos de feira, como frutas e legumes, mas também queijos, massas, embutidos e vinhos.
E o quiosque da FN Pasta Fresca, que vende massa fresca baratinho, a 6 euros!
Com o preço super em conta, claro que forma uma fila grande! Mas o atendimento é rápido, e a massa é mesmo deliciosa.
Você pode ainda aproveitar que, bem pertinho da barraca de massa, tem outra de bebidas, que comercializa drinks e vinho! Perfeito para bebericar enquanto espera chamarem seu número na fila!
Essa parte térrea do mercado de Florença fecha entre 15h e 16h da tarde.
Já no andar de cima, há um espaço que foi completamente revitalizado, se transformando em um grande pólo gastronômico. Há bares com drinks e cervejas, além de diversos quiosques com o melhor da gastronomia toscana.
E eles ficam abertos até 22h, então é perfeito tanto para almoçar quanto jantar, ou para um happy hour! A gente gostou tanto que viemos várias vezes (sorte a nossa que era bem pertinho do nosso hotel!).
No lado de fora do mercado, também vale gastar um tempinho na feira de rua, com diversas itens de couro – e outros de couro fake, então fique atento. Tem muita coisa, de bolsas a cintos e sapatos.
Galleria dell’Accademia de Belas Artes
À tarde, decidimos visitar um dos museus de Florença. A cidade tem museus famosos no mundo inteiro, mas o ingresso de todos pode sair bem caro.
Por isso, escolhemos visitar um deles, por conta de uma obra que eu queria muito ver ao vivo. E foi assim que entramos na Galleria dell’Accademia, onde está o original do Davi de Michelangelo.
A escultura é realmente impressionante ao vivo. A visita é curta, porque o museu não chega a ser muito grande (o que também é ótimo para quem tem pouco tempo em Florença, como a gente).
Mas o acervo é riquíssimo. Além do Davi, há muita arte renascentista, e até uma sessão dedicada a instrumentos musicais.
Recomendamos comprar o ingresso com antecedência para evitar filas. reserve aqui:
- Ingressos da Galeria da Academia sem filas + Audioguia
- Visita guiada pela Galeria da Academia (com guia que fala português)
Piazza della Repubblica + Colonna dell’Abbondanza + Caffè Gilli
Depois de conhecer o museu, seguimos para visitar a elegante Piazza della Repubblica, onde ficava o antigo fórum romano de Florença.
No centro, a discreta Colonna dell’Abbondanza marca o “coração” da Florença antiga. E tem também um carrossel que fica todo iluminado à noite, uma coisa linda!
É nessa praça que fica também o super tradicional Caffè Gilli, um dos cafés mais antigos da cidade, com ambiente sofisticado (e preços diferentes para quem come sentado, ou quem come no balcão, como sempre acontece na Itália).
Igreja de Orsanmichele
Uma coisa que me surpreendeu em Florença é como tem uma quantidade imensa de pontos turísticos, todos pertinho!
Fizemos uma parada rápida na Orsanmichele, uma igreja curiosa que já foi mercado de grãos, armazém e santuário.
O prédio tem uma arquitetura diferente das igrejas que estamos acostumados, com arcos góticos e esculturas nas fachadas — cada uma representando o padroeiro de uma antiga guilda florentina.
A entrada é paga, então a gente olhou apenas de fora.
Mas quem paga o ingresso consegue ver em mais detalhes como o antigo mercado de grãos foi transformado em uma igreja de Florença.
Mercato del Porcellino
A poucos passos dali, está o famoso Mercato del Porcellino, uma feira coberta com bancas de artigos em couro, souvenirs e acessórios.
O destaque, claro, é a estátua do javali de bronze (“il Porcellino”).
Diz a lenda que quem esfregar o focinho do javali e deixar uma moeda cair na grade da fonte vai voltar a Florença um dia.
Claro que nós seguimos a tradição — esfregamos o focinho com vontade, hahaha.
Ah, e na pracinha do mercado também ficam algumas barracas de rua. Uma que vale a pena experimentar é no trailer Trippaio del Porcellino, especializado em lampredotto, uma comida de rua típica de Florença.
Trata-se de um sanduíche feito com uma parte do estômago da vaca, chamada abomaso (o quarto estômago do ruminante).
A carne é cozida lentamente em um caldo aromático, até ficar bem macia, e depois é servida em um pão tipo rosetta, que pode ser embebido no próprio caldo para ficar mais suculento.
O sanduíche normalmente é finalizado com molho verde (à base de salsinha, alho e azeite) ou molho apimentado, dependendo da sua escolha.
O lampredotto é considerado comida de rua típica de Florença e pode ser encontrado em várias trippai (barracas de tripas), espalhadas pela cidade. Mas contaram pra gente que um dos melhores era esse aqui, ao lado do Mercato del Porcellino.
Pode parecer estranho para quem não está acostumado com miúdos, mas para os florentinos, é quase uma instituição. E se você gosta de experimentar sabores autênticos em viagem, vale a pena dar uma chance!
Eu tive que provar duas vezes pra gostar. Na primeira vez que comi (no Mercado Central), achei meio esquisito e sem sal. Mas quando provei esse aqui do mercado, achei bem saboroso!
A gente mostrou essa e outras comidas de rua em Florença nesse vídeo do canal. Depois me conta nos comentários se você experimentou o lampredotto, e o que achou!
Giunti Odeon – Livraria e Cinema
Ali pertinho, também demos um pulo no Giunti Odeon, uma livraria que funciona em um antigo teatro.
É um lugar lindo, com arquitetura preservada, livros por todo ao lado, e também poltronas e pessoas espalhadas assistindo a um filme que é reproduzido no telão, instalado no antigo palco, ou estudando e trabalhando.
Se você gosta de lugares charmosos e culturais, vale muito a visita. É bem diferente e lindo!
Museo Ferragamo
Passamos em frente ao famoso Museu Ferragamo – não chegamos a entrar, mas os fãs de moda vão amar fazer essa visita ao elegante Museo Salvatore Ferragamo, dedicado à história do estilista.
Dizem que o museu é pequeno, mas muito bem montado. Se o assunto da moda te interessa, pode valer a pena pagar o ingresso.
Ponte Santa Trinita, Sprito Santo, Palácio Pitti e Oltrarno
Chegamos à beira do rio Arno, e atravessamos a Ponte Santa Trinita. Pare bem no meio da travessia, porque dali você pode apreciar uma vista incrível da Ponte Vecchio!
Do outro lado, exploramos a Piazza Santo Spirito, onde fica a igreja de mesmo nome (entrada gratuita) e vários bares e restaurantes animados.
Fizemos fotos divertidas em uma cabine da Fotoautomatica (dica de ouro pra quem ama fotografia vintage) e tomamos um dos melhores gelatos da viagem na Sbrino – Gelatificio Contadino. Tudo artesanal e com sabores incríveis!
Continuamos batendo perna do bairro de Oltrarno – que significa do outro lado do rio. Essa parte de Florença tem uma pegada mais alternativa, com lojinhas, ateliês e bares frequentados por locais.
Você pode fazer um passeio por conta própria, ou ainda melhor: fazer um free walking tour em Oltrarno (aqueles passeios a pé gratuitos, que você retribui ao guia com uma gorjeta voluntária no final do tour).
Por fim, chegamos nos arredores do Palácio Pitti, antiga residência dos Médici, que hoje abriga vários museus.
Para visitar o interior, também é preciso comprar o ingresso, daí você pode escolher entre comprar o ingresso apenas do palácio, ou o ingresso combinado com os Jardins de Boboli, que são gigantescos e têm vistas lindas da cidade.
Como nosso roteiro tinha o tempo apertado, escolhemos só ver de fora, mas se você tiver tempo e curiosidade, esse é um dos principais pontos turísticos de Florença, ligado à história da cidade.
Reserve aqui:
- Palazzo Pitti e Galeria Palatina: Entrada reservada
- Ingresso do Palácio Pitti e da Galeria Palatina sem filas + Audioguia em português
Ponte Vecchio e Corridoio Vasariano
Saindo do Palácio Pitti e dos Jardins de Boboli, voltamos para o centro histórico atravessando a icônica Ponte Vecchio. Muita gente acha essa ponte feia e não entende a fama – mas isso é porque não sabem da história da Ponte Vecchio!
Ela foi construída originalmente em madeira ainda na época romana, é a ponte de pedra mais antiga de Florença, datando de 1345.
Ela cruza o rio Arno no ponto mais estreito e, ao longo dos séculos, sobreviveu também a inúmeras enchentes — inclusive à grande cheia de 1966 — e à Segunda Guerra Mundial.
Desde o século XIV, a ponte abrigava lojas, como era comum nas pontes medievais da Europa.
No início, funcionavam açougues, peixarias e curtumes — atividades que geravam muito lixo e mau cheiro.
Mas no século XVI, o grão-duque Ferdinando I de Médici expulsou esses comércios e autorizou apenas joalheiros e ourives a operarem ali, numa tentativa de valorizar a área e melhorar o ambiente.
Caminhar por essa ponte é, literalmente, atravessar séculos de história florentina — entendendo mais sobre a riqueza e o poder dos Médici.
Por ali, temos ainda outro destaque: o Corridoio Vasariano, um corredor elevado construído por Giorgio Vasari em 1565, que liga o Palazzo Vecchio ao Palácio Pitti, passando sobre a Ponte Vecchio.
Esse corredor permitia à família Médici circular entre suas residências e escritórios sem precisar andar entre o povo.
Galleria degli Uffizi
Do outro lado da ponte, você encontra a Galleria degli Uffizi, um dos museus de arte mais importantes da Europa.
Nele, estão obras de Botticelli, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Caravaggio e muitos outros mestres italianos. O museu é bem grande, e quem deseja visitar deve separar pelo menos 2h a 3h para isso.
Como comentei acima, decidimos visitar a Galeria della Academia, e não visitamos a Galeria Uffizi por dentro (por falta de tempo, e economia também). Ficou para uma segunda visita a Florença.
O que recomendo é que confira o que tem pra visitar em cada um dos museus, e escolha seu favorito. Ou visite os dois – tem um bilhete combinado que dá desconto no ingresso combo!
Outro detalhe é que esse museu de Florença é super concorrido – recomendo fortemente comprar os ingressos antecipados com horário marcado.
Ah, e mesmo que não vá visitar o museu Uffizi por dentro, passe por lá! O prédio é lindo e vale conferir!
Reserve aqui:
- Galeria Uffizi: Bilhete de entrada prioritária
- Bilhete combinado com desconto: Galeria Uffizi e Galeria da Accademia
Piazza della Signoria e Palazzo Vecchio
Atravessando a galeria, chegamos à Piazza della Signoria, outro ponto turístico importante de Florença.
Nessa praça estão o Palazzo Vecchio, a réplica do Davi de Michelangelo (o original está na Accademia), a Fonte de Netuno e a Loggia dei Lanzi, com diversas esculturas renascentistas impressionantes e visita gratuita.
Já para visitar o interior do Palazzo Vecchio, que funciona como sede da prefeitura de Florença e também um museu, é preciso pagar ingresso (dá também pra fazer tour guiado com guia em português).
É uma boa dica para passeio para fazer em Florença numa segunda-feira, quando os demais museus da cidade estão fechados.
Aproveitamos para descansar um pouco por ali, observando o movimento e admirados com todos os detalhes. Florença é realmente linda!
Locale Firenze – bar de drinks
Depois de um dia intenso explorando Florença, fomos tomar um drink no Locale Firenze, um dos bares mais interessantes da cidade.
O ambiente é lindo e sofisticado, com um design moderno e coquetelaria de alto nível. Os drinks são criativos, a carta é extensa e o serviço é impecável. Vale a visita, mesmo que só para um drink no balcão.
Recomendo reservar.
Jantar no Mercato Centrale
Falei que voltamos ao Mercado central de Florença várias vezes, não disse?
Depois de um happy hour com drinks no Locale Firenze, fomos equilibrar o orçamento jantando no piso superior do mercado central, aproveitando que ele funciona até mais tarde (normalmente até as 22h – 00h).
À noite, o clima é animado, e o segundo andar vira uma grande praça de alimentação gourmet. Há opções para todos os gostos — pizzas, massas, frutos do mar, queijos, hambúrgueres, vinhos e sobremesas.
Perfeito para quem quer experimentar diferentes sabores em um só lugar, sem precisar de reserva.
Dia 2 em Florença
Nosso segundo dia em Florença começou com um café da manhã reforçado e terminou com uma das vistas mais lindas da cidade.
Foi um dia com menos museus e mais experiência local — mercados, comidas típicas, igrejas menos turísticas e muita caminhada pelos bairros florentinos mais autênticos.
All’Antico Vinaio
Sim, é uma sanduicheria, mas também é um lugar turístico. Não tem como vir a Florença e não provar os famosos sanduíches do All’Antico Vinaio.
Como a fama do lugar é que as filas são longas, decidimos ir bem cedo, e fazer do sanduiche nosso café da manhã.
Recomendaram que pedissemos um para dividir – mas fomos gulosos e pedimos um para cada. Foi muita comida!
Mas preciso te dizer: vale toda a fama, e saem até em conta pelo tanto de comida que é servido em cada um! Os sanduíches são realmente saborosos e generosos.
Basílica de Santa Croce
Depois do sanduíche gigante, seguimos caminhando. Nossa missão hoje é explorar algumas partes de Florença mais afastadas do miolo do centro histórico.
Pagamos o ingresso e visitamos o interior da Basílica de Santa Croce, onde estão os túmulos de Michelangelo, Galileu, Maquiavel e Rossini.
A igreja é belíssima por dentro e por fora, com obras de arte, capelas decoradas e um pátio tranquilo.
Na frente da igreja também fica uma praça de mesmo nome, e onde estava acontecendo uma feirinha de rua. Amo essas coisas! Aproveitamos para tomar uma cerveja local!
Fish Market & Igreja de Santo Ambrósio
Saindo da Santa Croce, fomos caminhando até a área de Sant’Ambrogio, uma região mais residencial e pouco explorada pelos turistas.
Passamos em frente ao pequeno Fish Market, um espaço tradicional que vende peixes frescos para os moradores locais, e ao lado da Igreja de Santo Ambrósio — simples, antiga e muito charmosa.
Tudo isso na caminhada para chegar no nosso maior objetivo: mais um mercado de Florença que a gente queria conhecer!
Mercato di Sant’Ambrogio
O Mercato di Sant’Ambrogio é menos famoso que o Mercado Central de Florença, muito mais frequentado por moradores locais – e por isso oferece uma experiência mais autêntica.
Ali tem frutas, legumes, queijos, carnes… É bonito ver as vitrines. Chegamos na hora do almoço, e o mercado estava em polvorosa, parecia uma festa. Há algumas barracas que vendem refeições e petiscos, e estava tudo cheio!
É ótimo para almoçar como um local ou simplesmente observar o movimento da cidade fora do circuito turístico.
Aproveitamos para encostar no bar e provar mais um Aperol Spritz nessa viagem – os petiscos estavam disponíveis, e eram por conta da casa!
Vivoli – o clássico gelato florentino
No caminho de volta, passamos na Vivoli, uma das gelaterias mais antigas de Florença. O sorvete servido junto com uma xícara de café ficou famoso no Instagram – ao ponto de você ter que enfrentar uma fila insana.
Só olhei e desisti. Era muito tempo esperando por um sorvete, por mais gostoso que fosse! Desistimos dessa comida típica, mas seguimos para um outro que eu tinha anotado na minha lista de lugares para visitar em Florença.
Bucchetta di vino em Florença
As buchette di vino são pequenas janelas nas paredes de antigas casas ou palácios de Florença, por onde o vinho era servido diretamente aos moradores durante a época da peste, para evitar contato direto das pessoas.
A prática era comum na idade média, mas caiu em desuso até a época da pandemia de Covid, quando muitas foram reativadas e seguem em funcionamento.
Há diversas em Florença, então pare na que estiver no seu caminho! A experiência é rápida, divertida e super autêntica.
Piazzale Michelangelo
Para fechar nosso roteiro em Florença, seguimos para a Piazzale Michelangelo, o mirante mais famoso da cidade. E adivinha porque o nome da praça? Tem uma estátua gigante do Davi de Michelangelo por lá!
A vista panorâmica é de tirar o fôlego: o rio Arno, o Duomo, o Palazzo Vecchio e as colinas da Toscana ao fundo.
É o melhor lugar para assistir ao pôr do sol em Florença — leve uma bebida, se acomode e aproveite o espetáculo.
Como chegar ao Piazzale Michelangelo?
A forma mais bonita e recomendada é ir a pé. Partindo do centro histórico, atravessamos o rio Arno pela Ponte alle Grazie.
Daí, seguimos pelas ruas charmosas do bairro de San Niccolò até alcançar a Rampe del Poggi, uma escadaria arborizada que leva ao topo. A caminhada leva cerca de 20 a 30 minutos e o caminho é uma atração à parte.
Se preferir evitar a subida, é possível pegar os ônibus 12 ou 13, que fazem o trajeto até o mirante. Ou ainda, ir de táxi ou carro.
Tem mais dias em Florença? Use Florença como base para passeios bate e volta na Toscana
Além de ser uma cidade incrível por si só, Florença é uma base estratégica para explorar outras cidades e vilarejos da Toscana.
A localização central e a boa conexão por trem e estrada facilitam os passeios de um dia, perfeitos para quem quer conhecer o melhor da região sem trocar de hotel o tempo todo.
A partir de Florença, é possível visitar cidades medievais, vinhedos, paisagens de cinema e pontos históricos da Toscana com facilidade. Veja algumas opções de bate e volta saindo de Florença:
Chianti
A famosa região vinícola da Toscana, com paisagens de colinas, vinhedos e vilarejos charmosos como Greve in Chianti e Radda.
Ideal para quem quer fazer degustações de vinho, conhecer vinícolas e almoçar com vista. Melhor opção com carro ou tour guiado.
Nós alugamos um carro em Florença, e fizemos um passeio para visitar a vinícola da família Verrazzano, mas há diversas opções de vinícolas na região
San Gimiganno, Monteriggioni e Siena
Essas são algumas das cidades toscanas mais queridinhas dos turistas.
San Gimignano é conhecida como a “cidade das torres”, tem um centro histórico encantador e excelente gastronomia. A melhor forma de chegar é de carro ou excursão, pois não há trem direto.
Siena é uma das cidades medievais mais bonitas da Itália, com a Piazza del Campo, a imponente Catedral de Siena e ruelas cheias de história.
A viagem de ônibus ou carro dura cerca de 1h30. Também dá pra ir de trem ou de excursão.
Pisa e Lucca
A famosa Torre de Pisa fica a apenas 1 hora de trem de Florença. É um passeio fácil e rápido, que pode ser feito em meio dia se quiser só ver os principais pontos da cidade.
Se você estiver de carro, consegue combinar nesse mesmo dia de Pisa uma visita a Lucca, uma cidade murada super charmosa da Toscana, onde é possível alugar uma bicicleta e pedalar pelas muralhas.
Outra opção é ir a Lucca de trem (fica a cerca de 1h20 de trem de Florença), ou fazer uma excursão saindo de Florença, que combine Lucca e Pisa.
Vale a pena visitar Florença?
Sem dúvida, Florença é um destino imperdível na Itália — especialmente para quem ama arte, história e boa comida. É uma cidade que combina bem com diferentes estilos de viagem.
Com dois dias bem aproveitados, dá para conhecer as principais atrações da cidade, experimentar a gastronomia local (com direito a lampredotto, gelato artesanal e vinhos toscanos), e ainda se encantar com o pôr do sol.
Se tiver mais tempo, Florença ainda se revela como base perfeita para explorar cidades vizinhas como Pisa, Siena, San Gimignano, Lucca e a região vinícola do Chianti.
Agora que você já sabe o que fazer em Florença, é hora de montar seu roteiro e se preparar para viver uma das cidades mais incríveis da Itália.
Se tiver dúvidas ou quiser ajuda para planejar seu roteiro completo pela Toscana, é só deixar nos comentários!
Continue planejando sua viagem para a Itália
Aqui no blog, temos diversos outros posts sobre destinos que visitamos na Toscana, e que você pode usar para planejar sua viagem. Confira:
- Roteiro na Toscana: cidades para visitar na região
- O que fazer em Montalcino
- Visita à Vinícola Castello di Verrazzano in Greve in Chiati
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