Roteiro de 4 dias na Chapada das Mesas: tudo sobre a viagem
A Chapada das Mesas no Maranhão, é uma das regiões mais fascinantes e menos exploradas do Brasil.
Eu confesso que viajei sem saber muito o que esperar da região. E fui surpreendida com um roteiro na Chapada das Mesas que entregou um verdadeiro espetáculo, com paisagens naturais de cair o queixo.
Assim como acontece em outras chapadas pelo Brasil, a Chapada das Mesas é um paraíso para amantes da natureza e aventureiros.
O nome não é à toa. A região possui formações rochosas muito peculiares, que se assemelham a mesas de pedra.
Além disso, por lá você encontra cachoeiras (algumas das mais bonitas que já visitei no Brasil!), cânions, cavernas e uma variedade de espécies de fauna e flora típicas do cerrado, da caatinga e da Amazônia.
Um destino encantador e surpreendente, que eu honestamente não entendo até hoje porque é tão pouco falado e visitado.
Nesse post, vamos te contar tudo que visitamos em um roteiro de 4 dias na Chapada das Mesas. E dar detalhes de como ter uma boa experiência na região, como o que levar na mala e dicas sobre os passeios mais legais.
Vamos nessa?
Onde fica a Chapada das Mesas?
A Chapada das Mesas fica no centro-sul do Maranhão e é uma região ampla, que abrange várias cidades:
Imperatriz, Tasso Fragoso, Estreito, Carolina, Riachão, Balsas, Formosa da Serra Negra, Fortaleza dos Nogueiras, Itinga do Maranhão, Campestre, Alto Parnaíba, Açailândia.
Carolina MA: cidade-base para conhecer a Chapada das Mesas
Carolina MA é a cidade base preferida dos viajantes que vão conhecer a Chapada das Mesas.
Localizada no sul do Maranhão, a cidade tem uma boa infraestrutura, com várias pousadas e restaurantes, além de ficaar perto de boa parte das atrações que você vai visitar no Parque Nacional da Chapada das Mesas.
Além de estar cercada de maravilhas naturais, Carolina também encanta pelo seu centrinho charmoso, com arquitetura colonial, e por estar bem às margens do rio Tocantins, o que rende um cenário espetacular ao por do sol.
Veja opções de hotéis na Cidade de Carolina MA:
- Hotel Araças – diária a partir de R$225
- Pousada Maktub – diária a partir de R$255
- Pousada dos Candeeiros – diária a partir de R$300
Como chegar a Carolina MA?
Uma coisa curiosa é que, apesar de ficar no estado do Maranhão, Carolina fica mais perto de Palmas, capital do Tocantins.
Carolina tem um pequeno aeroporto (aeroporto Brigadeiro Lysias Augusto Rodrigues – CLN), mas ele não opera voos comerciais.
Há dois aeroportos em cidades próximas, o aeroporto de Araguaina (AUX) e de Imperatriz (IMP) no Maranhão. No entanto, esses aeroportos tem uma oferta muito reduzida de voo.
O aeroporto com maior porte e oferta de voos mais próximo de Carolina é mesmo o aeroporto de Palmas, Tocantins. Saindo de Palmas, você vai encarar cerca de 460km de estrada para chegar em Carolina, via BR 226.
Para você ter ideia, a distância entre Carolina e São Luís, capital do Maranhão, é de 850km.
Quando visitamos a Chapada das Mesas, foi exatamente esse trajeto entre Palmas e Carolina que escolhemos. Nós já estávamos em Palmas porque tínhamos ido em uma excursão até Jalapão e Serras Gerais.
Com isso, decidimos esticar a partir de Palmas até Carolina, e incluir a Chapada das Mesas na nossa viagem de férias. Aquele famoso: já que eu estou aqui…
No entanto, vá preparado: a estrada entre Palmas e Carolina é longa, com tráfego em mão dupla, e cheia de carretas que estão longe de dirigir praticando direção defensiva.
Fomos com agência, então era um motorista experiente dirigindo. Mas muitas vezes, fiquei realmente assustada com algumas ultrapassagens.
Nesse vídeo, mostramos como ir de Palmas para a Chapada das Mesas, e também algumas atrações da Chapada das Mesas que conhecemos nos primeiros dias explorando a região:
Chapada das Mesas por conta própria ou com agência?
As duas opções são possíveis, e fazer a Chapada das Mesas por conta própria ou agência depende do seu perfil de viajante e das suas preferências.
Nós escolhemos ir com agência pelo conforto e comodidade. Com a agência que fechamos, era possível negociar pequenas alterações no roteiro, para incluir ou tirar da programação alguma atração.
No entanto, com agência ficamos limitados em algumas coisas, como os horários determinados pelo motorista e os lugares que ele escolhe para comer, etc.
Optar por explorar a região de forma independente pode ser ideal para os mais aventureiros e experientes, que gostam de planejar cada detalhe da viagem, têm habilidade em dirigir em estradas de terra / areia e preferem um ritmo mais flexível.
Entretanto, para quem vai por conta própria recomendo que, se possível, vá com carro alto, de preferência com tração 4×4.
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E pesquise bastante sobre a localização das atrações, e salve mapas offline de cada lugar que vai visitar.
Alguns atrativos são de difícil acesso, exigindo um carro mais potente e mais habilidade do motorista. E a sinalização das estradas, muitas vezes, não existe.
Portanto, escolher uma agência de turismo pode proporcionar uma experiência mais confortável e segura, oferecem transporte adequado além de incluir guias experientes que conhecem bem a região.
Veja aqui uma opção de passeio com agência para a Chapada das Mesas.
Parque Nacional da Chapada das Mesas
Sim, existe uma área de preservação, criada em 2005, para proteger o ecossistema tão incrível dessa parte do nosso país.
O Parque Nacional da Chapada das Mesas abriga uma área de aproximadamente 160 mil hectares, distribuída entre 3 municípios: Estreito, Carolina e Riachão.
Hoje, essa unidade de conservação é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Muitos atrativos que você vai visitar num roteiro pela Chapada das Mesas ficam dentro do parque, como o Portal da Chapada, a Cachoeira do São Romão, uma das maiores do Maranhão, e a Cachoeira da Prata (essa da foto).
Também há várias opções de trilhas e caminhadas, como o trekking até o Morro das Figuras, onde você pode ver algumas inscrições rupestres, e a subida do Morro do Chapéu, uma das “mesas” mais famosas da chapada.
Mas fique atento: há mais atrativos para conhecer fora da região do parque. Vamos te dar algumas opções ao longo desse post.utros lugares que você vai conhecer ficam fora do parque, no entorno da área de proteção.
Como chegar: A partir de Carolina, você vai percorrer cerca de 80 km até chegar ao Parque Nacional da Chapada das Mesas. Os primeiros 30 km são em estrada asfaltada (BR 230, em direção a Estreito) e os 50 km restantes, em trilha off-road.
Nosso roteiro de 4 dias na Chapada das Mesas
Como comentei acima, nosso roteiro foi definido em um pacote fechado com agência.
O pacote inclui o transporte ida e volta de Palmas, deslocamentos dentro da chapada das mesas, hospedagem, guia, entrada nos atrativos e alimentação -água e refeições. As bebidas são pagas à parte.
Pra mim, vale a pena porque você realmente não precisa se preocupar com mais nada. É só chegar no dia do passeio e aproveitar.
Existiam alguns passeios opcionais que você poderia escolher pagar um extra, como ver o nascer do sol no Portal da Chapada. Mas não fizemos nenhum passeio extra, ficamos com o roteiro padrão e foi ótimo!
De forma geral, nosso roteiro de 4 dias na Chapada das Mesas ficou assim:
- Dia 1: deslocamento de Palmas até Carolina, Cachoeiras gêmeas de Itapecuru. Check in na hospedagem e jantar em Carolina.
- Dia 2: Portal da Chapada, Cachoeiras do Prata (com almoço) e cachoeira São Romão. Jantar em Carolina.
- Dia 3: Poço Azul (com almoço) e Encanto Azul
- Dia 4: Santuário Ecológico da Pedra Caída e volta para Palmas
Considerei um roteiro bem completo – e cansativo.
O deslocamento de ida e volta de Palmas é surreal de demorado. A estrada é muito ruim de dirigir e a sensação é que a gente não chega nunca. Mas a gente chega, um dia chega, hahaha
Quanto aos passeios em si, deu pra visitar bastante coisa e fiquei impressionada de como as cachoeiras são imponentes. A beleza natural dessa região do Brasil vale demais a viagem até lá!
Por outro lado, esse é um tipo de viagem que envolve bastante deslocamento dentro do carro, em estradas de terra, o que gera muito balanço, desconforto e canseira.
Considerando tudo isso, foi certamente um dos lugares mais impressionantes que já visitamos no Brasil.
Principais atrativos da Chapada das Mesas no Maranhão
A partir de agora, vou detalhar cada um dos lugares que visitamos, para você ter noção do que te espera, e também citar algumas atrações da Chapada das Mesas que ficaram de fora do nosso roteiro.
Assim você pode ter uma visão geral do que a região oferece, e planejar seu roteiro por conta própria, incluindo mais atrações caso tenha tempo, ou mesmo negociando mudanças no roteiro programado com sua agência.
Cachoeiras do Itapecuru
As Cachoeiras do Itapecuru, também conhecidas como Cachoeiras Gêmeas, são um dos locais mais impressionantes para visitar no Polo do Parque Nacional da Chapada das Mesas.
O complexo turístico onde fica a cachoeira está situado a cerca de 30 minutos de Carolina, e esse fácil acesso faz com que essa seja uma opção ideal de atrativo para encaixar já no primeiro dia na Chapada das Mesas.
E foi o que fizemos. Fomos conhecer as cachoeiras gêmeas logo que chegamos na região, depois da longa viagem vinda de Palmas.
E olha, dar um mergulho nas Cachoeiras Gêmeas de Itapecuru foi era tudo que eu precisava depois de tanto tempo sentada dentro do carro!
A entrada do day use custa R$60 (inteira) e R$30 (meia entrada para estudantes, com apresentação de carteirinha). A entrada dá direito a aproveitar a cachoeira, bem como usar a estrutura de bar e restaurante.
Como a gente foi com a agência, nosso ingresso já estava incluído no valor do nosso pacote.
O local tem uma história interessante, pois as cachoeiras surgiram depois que ali foi construída a estrutura de uma hidrelétrica, a primeira hidrelétrica da Amazônia.
O cenário é impressionante. São duas quedas d’água lado a lado, com um grande volume d’água (tanto que nem é permitido chegar exatamente embaixo da queda, porque é perigoso).
Ficamos de boas curtindo a poço (gigante). Umas partes dão pé, e quanto mais para a borda, menor a correnteza. Dá pra ficar relaxando de boa, mesmo se você não souber nadar!
À medida que você vai chegando mais para o meio, a correnteza aumenta um pouco. E mais para perto da cachoeira, vai ficando mais fundo também.
De estrutura, tem o bar e restaurante que servem comida regional (mas não chegamos a comer por lá), tem a antiga estrutura da hidrelétrica, onde hoje os proprietários criam peixes.
E também dá pra acessar a parte alta das cachoeiras, que rendem outro visual lindo e cercado de vegetação.
Para quem quiser, é possível alugar chalés e apartamentos na propriedade e pernoitar por lá. Lembre que, nesse caso, a opção de jantar vai ser somente a do restaurante do hotel.
Nós fizemos a visita na cachoeira por algumas horas, somente para o banho, e depois voltamos para Carolina. Gostei de pernoitar na cidade, pois a oferta de lugares para comer à noite era bem interessante.
Portal da Chapada
Começamos nosso segundo dia com a vista incrível do Portal da Chapada, o cartão-postal do Parque Nacional da Chapada das Mesas.
O acesso é muito fácil! A portaria fica bem ao lado da estrada aslfatada, a 20 minutos de Carolina, via BR 230 sentido Estreito.
Estacionamos em frente e seguimos subido a pé, por uma trilha simples e segura, mas que exige certo esforço, tanto por conta da subida quanto pelo terreno.
Há alguns trechos com areia fofa (e que estava bem quente mesmo sendo cedo da manhã), e pedras aqui e ali. Fomos de chinelo, mas um tênis teria sido mais adequado, para não queimar o pé na areia e não se preocupar com topar numa pedra.
Enquanto estiver subindo a trilha, vá olhando ao redor. Você vai ver várias “mesas”, as formações rochosas que dão nome ao parque. Especialmente o Morro do Chapéu, que também é um dos maiores símbolos do parque.
E quando enfim chegamos ao Portal da Chapada, a vista emoldurada pela rachadura na pedra é realmente encantadora! Rende fotos lindas!
A estrutura natural se assemelha a um portal gigante, com uma abertura esculpida pela erosão ao longo de milhões de anos. Lembra um pouco a pedra furada no Jalapão, ou mesmo o mapa do Brasil de cabeça para baixo.
Em certas épocas do ano, é possível ver o sol nascer bem na abertura da pedra, e por isso o local é muito procurado por fotógrafos e turistas ao nascer do sol.
Mas para ir ao nascer do sol precisaríamos pagar uma taxa extra, então a gente optou por fazer no horário convencional, como estava descrito no pacote que contratamos.
Este local é perfeito para momentos de contemplação, fotografia e conexão com a natureza.
É um atrativo simples, a visita é rápida, mas é um dos lugares mais representativos da beleza da Chapada das Mesas, por isso recomendo muito que coloque no roteiro!
Cachoeira do Prata
Em seguida, seguimos para a Cachoeira do Prata. Esse atrativo da Chapada das Mesas fica a 67,5 km de Carolina e para chegar lá, é preciso ir com carro 4×4, porque boa parte do trajeto é em estrada com muita areia.
Também recomendo que marque bem o local no seu GPS, ou vá com guia, porque a estrada não tem sinalização e vimos alguns carros perdidos e até atolados na areia.
Logo quando chegamos, passamos pela área do restaurante, para escolher e reservar o nosso almoço. Com tudo acertado, descemos a trilha até a cachoeira.
A trilha não é longa, mas é bem interessante. Começamos caminhando ao lado do rio, atravessamos uma ponte pencil e depois de mais alguns minutos andando, nos vemos frente a frente com a queda d’água.
A cachoeira é formada pelas águas do rio Farinha, e o volume de água muda ao longo do ano, e quando fomos no mês de maio, era algo impressionante!
Na beira da água há pouco espaço, mas tem um cantinho que todo mundo usa para garantir as fotos. Depois disso, era opcional atravessar até uma ilhota que tem bem no meio do curso da água.
Eles passaram uma corda de ponta a ponta, então quem não sabe nadar, ou quem não se garante nadando em correnteza pode usar a corda de apoio para atravessar.
Na ilhota, a gente consegue ver a queda d’água bem de frente!
E pode curtir um banho mais relaxado também, porque nas margens da tal ilha a água fica mais mansa, dá pé e você pode ficar de boa na água até cintura ou ombro, sem ser arrastado.
E nas margens da ilha também tem espaço para esticar uma canga, e relaxar alguns minutos.
Ficamos por ali relaxando no banho de rio e quando deu o horário que agendamos para o almoço, atravessamos de volta pela corda e caminhamos até a sede.
Lá eles tem várias mesas, e cada grupo escolheu uma. Eles servem os pratos que pedimos numa mesa, e podemos nos servir à vontade. Pedimos um peixe frito e uma carne, comida simples mas saborosa.
Depois do almoço, dá pra carregar o celular por lá, ou escolher uma das redes do redário para tirar um cochilo.
Veja mais informações no Instagram da Cachoeira do Prata.
Cachoeira São Romão
A Cachoeira de São Romão é a maior cachoeira da Chapada das Mesas. O volume de água na cachoeira São Romão é tão impressionante que muita gente a chama de “Foz do Iguaçu do Maranhão”
E eu nunca vou esquecer a grandiosidade daquele lugar. Que experiência!
Depois de um cochilinho pós – almoço, fomos para lá.
Saindo da Cachoeira do Prata, existe um caminho que leva entre 20-30 minutos, mas que só pode ser feito por carro 4×4, e por quem conhece porque o GPS não calcula e não há sinalização.
Estacionamos em frente, e passamos pela portaria. A estrutura da sede é bem simples, mas tem ducha e banheiros.
Da sede, devemos seguir pela trilha. O primeiro trecho é feito em escadas de madeira, e depois uma caminhada pela mata.
Quando encontramos o rio, já vemos a grandiosidade da cachoeira para a direita. Na beira do rio a margem é larga, dá pra sentar, esticar uma canga e curtir um banho de rio.
Também ficam por ali alguns caiaques e stand up paddles, que você pode alugar com a propriedade para aproveitar.
Depois desse primeiro reconhecimento, seguimos com o guia caminhando pela margem do rio, para a maior aventura de todas. Chegamos bem perto da cachoeira, o que já rende fotos incríveis.
Mas não para por aí. Subindo as pedras, é possível acessar a parte de trás da queda! E sentir a força da água daquela maneira é uma emoção que eu jamais poderei esquecer!
Olhando para a cachoeira era até difícil manter os olhos abertos, pois era muito spray de água pra toda parte. É preciso ter cuidado para não escorregar, e ter atenção pois a área onde a gente pode caminhar é demarcada por cordas.
Segure firme, fique atento e faça tudo com segurança. Só posso dizer que vale a pena cada segundo de coragem para estar bem ali! A recompensa é uma experiência inesquecível.
Poço Azul e Cachoeira de Santa Bárbara
O Poço Azul é um atrativo da Chapada das Mesas que pertence à cidade de Riachão.
É um dos lugares mais bonitos da Chapada das Mesas, mas eu confesso que fiquei surpreendida para além disso: o atrativo conta com uma estrutura turística de primeira! Ficamos realmente impressionados.
Pelo que soubemos, o dono aproveitou a temporada fechada para o turismo durante a pandemia de 2020 para fazer uma super reforma, e o resultado realmente impressiona.
Lá você encontra chalés para alugar (caso queira pernoitar), um restaurante grande e muito bonito, e quiosques com redes e espreguiçadeiras para dar aquela relaxada depois do almoço.
Também há uma lojinha com lembranças e itens de necessidade, como protetor, roupa de banho e etc
O pagamento é pelo day use (R$80 por pessoa). O preço é meio salgado, mas a estrutura compensa! Você pode passar o dia inteiro aproveitando o atrativo e a infraestrutura.
Logo que chegamos, fomos visitar o famoso Poço Azul. O caminho é feito todo em passarela suspensa de madeira, com rampas cruzando a mata.
Nunca vou esquecer do impacto de ver aquele poço pela primeira vez, mesmo em um dia nublado. Que lugar!
A água escorrendo pelas pedras, formando aquele poço azul, de água mansa e morninha. Que lugar delicioso!
Para quem nao sabe nadar, uma parda da borda tem pedras que oferecem apoio e seguranca para banho.
Já para os aventureiros, o poço pode ficar bem fundo em alguns pontos, redendo ponto para saltos e bastante espaco para mergulho e exploração.
Se tiver máscara e snorkel, leve, porque dá pra ver tantos peixinhos!
Se encarar alguns metros de nado, dá pra chegar ate o paredão da cachoeira e relaxar também por lá.
Vimos um pessoal subindo um pouco nas pedras e tirando uma foto daquele tipo “pedra que engole”, mas não tivemos disposição e coragem de arriscar.
Preferimos ficar ali curtindo nas pedras embaixo da cachoeira, uma delícia de lugar.
Gruta e Cachoeira Santa Bárbara
No caminho de volta para a sede, fizemos um desvio para conhecer a cachoeira de Santa Bárbara. É como se esse lugar não pudesse parar de nos surpreender!
Nao é permitido banho nessa área, somente contemplação. A cachoeira é imensa e eles montaram um deck de madeira bem em frente, de onde podermos apreciar uma vista maravilhosa.
Nessa área também fica a gruta de Santa Bárbara, a santa protetora contra raios, trovões, tempestades e mortes repentinas.
Almoço no restaurante do Poço Azul
Na volta, fomos almocar no restaurante do Poço Azul. Pedimos uma picanha para dois, bem servida e gostosa. Depois do almoço, ficamos um bom tempo relaxando de preguiça em uma das redes.
Muito confortável toda a estrutura, comida saborosa, tudo foi muito bom e eu queria ter ficado até o dia todo por lá, porque o lugar realmente é maravilhoso!
Definitivamente, um dos lugares mais bem estruturados e gostosos de visitar na Chapada das Mesas MA.
Encanto Azul
A cerca de 6km do Poço Azul, também na cidade de Riachão, nós visitamos o Encanto Azul. A estrada de terra é bem desafiadora, com muita areia e curvas.
A atração também pode ser acessado vindo da cidade de Carolina. São 141km de distância, com a primeira parte do trajeto pela BR-230, e depois estrada não pavimentada.
A estrutura da sede é bem mais simples, quando comparamos com o Poço Azul.
Mas o atrativo também é incrivelmente lindo. Um poço de água tão azul, que até parece inacreditável.
Para acessar o encanto azul, vamos descendo por uma trilha, que envolve degraus e passarelas de madeira.
Quando chegamos lá, há um deck onde podemos deixar nossas coisas. A parte do poço perto desse deck é rasa, e tem bastante pedras, onde você pode sentar.
O poço do Encanto Azul é ainda maior em diâmetro que o Poço Azul, e eu acredito que seja ainda mais azul e com maior profundidade, na parte mais funda do poço. O lago tem um ótimo espaço, para nado e mergulho.
Cercado de paredões de pedra por todo lado, o lugar parece quase um paraíso perdido. Quando a luz do sol toca na água, a imagem é surreal. E a água é tão transparente que dá pra ver muitos, muitos peixinhos!
Agora uma dica: se não souber nadar, nao se aventure na travessia até o lado oposto, porque o Encanto Azul e um poço de muita profundidade.
O ingresso para visitar o Encanto Azul custa R$ 40,00 por pessoa. O atrativo abre todos os dias, das 8h às 17h.
Santuário Ecológico da Pedra Caída
O Santuário Ecológico da Pedra Caída também é um dos lugares mais incríveis e surpreendentes para visitar na Chapada das Mesas.
A estrutura também é muito boa! São diversas trilhas e cachoeiras, restaurantes, um teleférico, e até um parque aquático.
O ingresso você paga de acordo com os atrativos que decide visitar no complexo. Nós conhecemos 3 lugares:
- Cachoeira do Santuário
- Cachoeira da Caverna
- Cachoeira do Capelão
A cachoeira da caverna e do capelão são bonitas. Mas de todas essas, a cachoeira do Santuário é imperdível. O lugar era considerado sagrado para as populações indígenas que habitavam essa região, por isso o nome.
É uma cachoeira magnífica, dentro de uma caverna. A força da água, a beleza dos paredões… É um cenário espetacular.
O acesso para chegar na caverna exige que você caminhe por um cânion.
Primeiro, com água na cintura, depois segure firme nas cordas porque a profundidade do poço aumenta, até que você chega de fato no Santuário.
Você vai estar cercado de paredão por todo lado, e lá de cima, uma mistura de luz, vento e água entrando na caverna!
A força da água e dos ventos movimentam tudo ali dentro. É preciso se segurar com força nas cordas.
Toda a experiência de estar ali é impressionante, e confesso que até difícil de descrever – e de registrar, hahah. Tirar uma foto com qualidade na baixa luz de dentro da caverna, segurando firme das cordas, não é missão fácil.
Nada do que eu tinha lido antes havia me preparado para encontrar com aquilo. Um lugar mágico, impressionante. De novo, me faltam palavras para descrever o que senti estando ali.
Se tiver tempo, pode aproveitar o restante da estrutura do complexo ecológico da Pedra Caída.
- existem chalés que você pode alugar para pernoitar na propriedade
- você pode passear de teleférico, e conhecer o Portal das Dimensões, uma pirâmide que foi construída na parte alta
- você também pode visitar outras cachoeiras do complexo, como a cachoeira do Garrote e Porteira, e Cachoeira da Pedra Furada
- Se aventurar nas tirolesas (são duas, uma de 1200m e outra de 1400m).
- curtir as piscinas e escorregadores do parque aquático
Outros lugares para conhecer na Chapada das Mesas
Esses foram os lugares que visitamos em uma viagem de 4 dias na Chapada das Mesas.
Se você tiver mais tempo, pode incluir outros atrativos da região que não chegamos a visitar, como:
- treking do Morro do Chapéu
- Portal da Duas Dimensões e Trilha dos Pilares
- Cachoeira do Dodô
- Passeio de barco no Rio Tocantins saindo de Carolina
Chapada das Mesas: dicas para planejar sua visita
Quando ir
A temperatura na região se mantém estável ao longo do ano, por volta dos 30ºC, podendo chegar a 35ºC nos meses mais quentes, de agosto a setembro.
As temperaturas míninas dificilmente chegam a menos de 21ºC nos meses mais frios, de maio a agosto.
Quanto às chuvas, a região da Chapada das Mesas possui duas estações bem definidas: a estação chuvosa e a estação seca.
A época de chuvas normalmente ocorre no verão, de dezembro a março. Embora as cachoeiras estejam em seu esplendor durante essa época, algumas trilhas podem ficar escorregadias e fechadas devido às chuvas.
A melhor época para visitar a Chapada das Mesas é durante a estação seca, de maio a setembro, quando as trilhas são mais acessíveis e as cachoeiras estão com bom volume de água.
Baseado na frequência de chuvas, a melhor época do ano para visitar a Chapada das Mesas fica entre o mês de maio e o mês de setembro.
Alta Temporada: A alta temporada de turismo na Chapada das Mesas corresponde ao período de férias escolares de julho, e os feriados. Isso pode levar a locais mais cheios e a uma maior demanda por acomodações.
Quantos dias ficar?
Nós ficamos 4 dias na Chapada das Mesas, e foi tempo suficiente para um roteiro básico, conhecendo as principais atrações nos arredores de Carolina e Riachão.
Mas ficamos com um gostinho de quero mais, sabe?
Numa segunda vez, ficaria pelo menos 5 ou 6 dias na Chapada das Mesas, para fazer tudo com mais calma e incluir mais algumas atrações no roteiro.
O que levar na mala para a Chapada das Mesas
Aqui tem uma lista com coisas que você não pode esquecer de colocar na mala para uma viagem à Chapada das Mesas:
- Roupas leves e confortáveis – inclua roupas com proteção UV, e roupas de secagem rápida
- Calçados apropriados para trilhas e sapatilhas para entrar na água
- Protetor solar e chapéu
- Repelente de insetos
- Roupa de banho
- Câmera fotográfica para capturar as belezas naturais – se tiver a GoPro ou câmera de ação, é ótimo para entrar na água e preservar seu celular. Caso vá usar o celular para registrar as fotos, leve uma capa à prova d’água.
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Vale a pena visitar a Chapada das Mesas?
Na minha opinião, a Chapada das Mesas é um dos lugares mais bonitos do Brasil, quando falamos de ecoturismo e turismo de aventura.
Esperamos que este roteiro inspire sua viagem para a Chapada das Mesas! Siga nosso blog para mais dicas de viagem e continue explorando as belezas do Maranhão. Até a próxima aventura!
FAQ Chapada das Mesas
A melhor época é entre maio e setembro, durante a estação seca.
A principal cidade base é Carolina, que pode ser acessada de carro a partir de Palmas (TO), cerca de 460 km de distância.
Algumas das principais atrações incluem o Portal da Chapada, Cachoeiras do Prata e São Romão, Poço Azul, Encanto Azul e o Santuário Ecológico da Pedra Caída, onde está a Cachoeira do Santuário.
Embora muitas trilhas sejam autoguiadas, é recomendado contratar um guia local para contar com um carro 4×4 e alguém que conheça bem as estradas da região e os atrativos.
Algumas atrações, como o Poço Azul, têm estrutura completa com restaurantes e áreas de descanso. Outras, como o Encanto Azul, possuem estrutura mais simples.
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