O que fazer no Bosque do Alemão Curitiba, um parque lindo para visitar

Você sabia que existe um bosque encantado, daqueles de conto de fadas, bem no coração da capital paranaense? Não acredita? Ele lugar existe, e se chama Bosque Alemão em Curitiba

Então vem com a gente que vamos te contar sobre esse lugar, um dos pontos turísticos de Curitiba que mais vão te surpreender!

Um post com todos os detalhes que você precisa saber: como é a visita, o que ver no Bosque Alemão e tudo mais que você precisa saber antes de ir

Onde fica o Bosque Alemão Curitiba

O Bosque do Alemão fica na rua Nicolo Paganini, s/n, no bairro de Pilarzinho, em Curitiba, e bem próximo do bairro de Vista Alegre.

Há duas entradas disponíveis, uma na Rua Nicolo Paganini com a Rua Schubert, e outra na Rua Nicolo Paganini com a Rua Francisco Schaffer. 

Bosque Alemão Curitiba
Bosque Alemão Curitiba. Foto: Fui ser viajante

Como chegar ao Bosque Alemão

Existem três opções para você chegar ao bosque (sem contar a pé, caso você esteja ali perto): carro, ônibus ou táxi/aplicativo de transporte particular.

Aqui vão algumas dicas para que você possa escolher a melhor dentro do seu roteiro e orçamento: 

De carro:

Ir de carro é, sem dúvida, uma das opções mais fáceis e práticas. Você pode estacionar na rua nas duas entradas do parque, e o melhor de tudo é que o estacionamento é gratuito em ambas as localidades.  

Durante a semana, encontrar vaga costuma ser tranquilo, mas aos finais de semana pode ser um pouco mais difícil, com a possibilidade de ter que estacionar um pouco mais longe devido ao aumento do fluxo de visitantes. 

De ônibus:

Se preferir utilizar o transporte público para chegar ao Bosque Alemão, há três linhas de ônibus em Curitiba que te atendem:

  • Convencional Jardim Mercês-Guanabara (atrás da Catedral) 
  • Interbairros II (sentido anti-horário) 
  • Primavera e Bracatinga (Travessa Nestor de Castro) 

Para encontrar o itinerário de cada uma dessas linhas e descobrir qual delas pegar a partir de sua localização na cidade, a dica é o uso de aplicativos como o Moovit ou mesmo o Google Maps.

Eles fornecem informações detalhadas sobre os horários de ônibus, rotas e até mesmo integrações necessárias, facilitando sua viagem. 

Ah, o Bosque Alemão também é uma das paradas da linha de turismo de Curitiba. Nós, inclusive, super recomendamos fazer esse city tour.

Nele você paga um valor fixo e tem direito a um número pré-definido de embarques/desembarques em qualquer uma das 24 paradas, todas pontos turísticos da cidade.  

Com táxi/aplicativo de transporte

Por fim, se preferir uma opção mais direta e conveniente, você sempre pode optar por táxi ou aplicativos de transporte particular. Você tem flexibilidade e conforto, especialmente se não está viajando de carro ou não alugou um. 

História do Bosque Alemão

O Bosque Alemão foi construído em uma parte da área onde, antigamente ficava a chácara da família Schaffer, popularmente conhecida como Jardim Schaffer.

A chácara ocupava quase toda a região do bairro de Vista Alegre, desenvolvendo atividades nos ramos de produção de leite e comércio, pois a família tinha uma confeitaria na Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba.

Bosque Alemão em Curitiba
Bosque Alemão em Curitiba. Foto: Fui ser viajante

À medida que as gerações passaram e os rumos da história se desenrolaram, os herdeiros começaram a lotear o terreno e vender partes da propriedade.

Restou somente um espaço verde de mata preservada, onde o Bosque Alemão foi inaugurado em 1996, como um parque municipal. Dentro do terreno há uma nascente de água que desemboca no Rio Belém.

E o nome Bosque Alemão não é à toa.

Os imigrantes alemães chegaram à região de Curitiba a partir de 1833, trazendo suas tradições e cultura.

Como forma de reverência a essa rica herança trazida da Alemanha, foram construídos alguns monumentos dentro do bosque à época de sua inauguração, e que fazem referência à cultura germânica:

  • o Oratório Bach,
  • a Torre dos Filósofos,
  • a trilha João e Maria,
  • a Casa da Bruxa e
  • a Casa Mila

A atmosfera é única, misturando história, cultura e natureza, criando um lugar encantador. O parque é um refúgio encantado dentro da cidade de Curitiba, para moradores e turistas.

Leia também: Onde ficar em Curitiba – melhores bairros

O que fazer no Bosque Alemão? Como é a visita

Agora que você já sabe tudo sobre a história do parque, vamos te contar mais detalhes sobre o lugar para que você possa programar sua visita e montar seu roteiro, certo?

Então vamos lá! Eu acho muito legal porque esse é um dos lugares gratuitos de Curitiba mais legal para conhecer.

Como comentei acima, há diversos monumentos dentro do Bosque Alemão, que fazem referência às tradições germânicas e à cultura alemã. Você pode conhecer esses lugares durante a sua visita. São eles:

Oratório Bach

O Oratório Bach fica na esquina da Rua Schubert com a Rua Nicolo Paganini. 

Por conta da sua localização, acaba sendo um dos primeiros lugares que a maioria das pessoas conhece dentro do Bosque Alemão.  

Oratório Bach Bosque Alemão
Oratório Bach Bosque Alemão. Foto: Fui ser viajante

Sua arquitetura é uma reprodução de uma antiga Igreja Presbiteriana, que ficava na Avenida Silva Jardim, nos anos de 1930.

Infelizmente, a igreja original foi demolida na década de 1990 devido a uma infestação de cupins.  

Na época da sua inauguração do Bosque Alemão, como um tributo à arquitetura alemã e à música clássica, decidiram erguer uma réplica da igreja histórica aqui dentro do Bosque Alemão,

O nome é uma homenagem ao renomado compositor alemão Johann Sebastian Bach.

O lugar transmite muita paz. É possível entrar, se as portas estiverem abertas, e ver como é o oratório por dentro. Há espaço para receber até 100 pessoas.

Ao lado do Oratório Bach também funciona uma pequena lanchonete, que vende alguns quitutes tipicamente alemãos.

Torre dos Filósofos

A partir do jardim de entrada do Bosque Alemão, uma passarela se estende em direção a uma torre que funciona como mirante / ponto de observação: a Torre dos Filósofos.

Bosque Alemão, parques de Curitiba
Foto: Thiago Amaral

Enquanto caminha por ela, vale prestar atenção ao entorno.

Há um pequeno represamento de água logo ao lado do Oratório Bach, que continua em uma pequena queda d’água por sobre uma escadaria. Enquanto você passa sob a passarela, vale conferir. Eu acho bem lindo!

Bosque Alemão Curitiba
Bosque Alemão Curitiba. Foto: Fui ser viajante

A torre dos filósofos tem uma estrutura de madeira, imponente e elegante.

Trata-se de uma homenagem aos grandes pensadores alemães, incluindo nomes ilustres como Immanuel Kant e Friedrich Nietzsche. 

Quando chegamos no topo desta torre em forma de mirante, somos recebidos por uma vista panorâmica incrível do centro de Curitiba.

Aprecie a vista! É realmente espetacular.

Vista de Curitiba da Torre dos Filósofos
Vista de Curitiba da Torre dos Filósofos. Foto: Fui ser viajante
Foto registrada no alto da Torre dos Filósofos
Foto registrada no alto da Torre dos Filósofos. Foto: Thiago Amaral

Caminho dos Contos

Descendo as escadas da Torre dos Filósofos, aí sim, entramos em uma jornada mágica pelo Caminho dos Contos.

Essa é uma trilha de ladrilhos que passeia pela mata do Bosque Alemão, passando pela nascente do rio que existe dentro do parque.

Mas preste atenção aos detalhes: este caminho encantado é muito mais do que uma simples trilha na floresta.

Você vai viver uma experiência imersiva pela história clássica de “João e Maria” (ou melhor, Hänsel und Gretel, que são os nomes originais no conto alemão), como foi contada pelos renomados irmãos Grimm.  

Caminho dos contos Bosque Alemão
Caminho dos contos Bosque Alemão. Foto: Fui ser viajante

Conforme vamos avançando, encontramos totens de madeira e metal que narram os trechos mais marcantes da fábula, com ilustrações encantadoras que dão vida aos personagens e cenários.

As crianças costumam curtir bastante. 

Caminho dos contos Bosque Alemão
Caminho dos contos Bosque Alemão. Foto: Fui ser viajante

Cada passo ao longo do Caminho dos Contos é uma oportunidade para se maravilhar com a imaginação e a criatividade dos contos de fadas, enquanto a natureza ao seu redor sussurra suas próprias histórias.

É uma experiência que cativa os sentidos e transporta os visitantes para um mundo de magia e aventura, onde a realidade se mistura com a fantasia. 

Fazer essa pequena trilha no Bosque Alemão é uma oportunidade única de reviver uma das histórias mais clássicas da literatura infantil em um cenário verdadeiramente encantador.

Casa da Bruxa

No meio do Caminho dos Contos, entre a vegetação e ao lado de um açude de águas esverdeadas, encontramos um outro tesouro escondido dentro do Bosque Alemão: a Casa da Bruxa.  

Casa da Bruxa Bosque Alemão
Casa da Bruxa Bosque Alemão. Foto: Fui ser viajante

Embora o nome e as características da construção possam causar arrepios aos desavisados, não há motivos para temer.

Na verdade, este lugar é uma biblioteca municipal e um espaço dedicado à contação de histórias por “Bruxinhas” – professoras fantasiadas de bruxa, estimulando o hábito de leitura e a imaginação das crianças. 

Aos finais de semana e feriados, as portas da Casa da Bruxa se abrem ao público para contações de histórias às 11h, 14:30h e 15h (recomendamos sempre verificar antecipadamente se os horários continuam esses).  

Depois de se encantar com a magia da Casa da Bruxa, podemos continuar a jornada pelo Caminho dos Contos até o final da trilha pelo Bosque.

Ali encontramos o desfecho do conto de “João e Maria” e da nossa aventura literária pelo Bosque Alemão. 

Casa Mila e Praça da Cultura Germânica

Ao final da trilha pelo Bosque Alemão, nos deparamos com uma bela construção em amarelo, entre árvores e canteiros de flores.

Esta é a réplica da fachada de uma casa que já teve sua história, mas que foi apagada pelo tempo.  

Originalmente, a casa ficava na rua Barão do Serro Azul, próxima à Catedral de Curitiba.

Ficou conhecida como “Casa Mila” ou “Casa Mylla”, porque ali era a residência da família Mylla. Foi uma das primeiras e poucas construções a adotar o estilo arquitetônico neoclássico alemão na cidade. 

Casa Mila Bosque Alemão
Casa Mila Bosque Alemão. Foto: Fui ser viajante

O frontão da Casa Mila foi meticulosamente reconstruído em uma versão ampliada, mantendo as características arquitetônicas da original, que foi demolida em 1985.

A gente parece mesmo estar diante de um baita casarão alemão colonial. 

Em frente à fachada, encontramos a “Praça da Cultura Germânica”, com canteiros de flores coloridos e fofos. Um cenário encantador perfeito para encerrar o passeio pelo Bosque Alemão.

Casa Mila Bosque Alemão
Casa Mila Bosque Alemão. Foto Thiago Amaral

O que você precisa saber antes de ir ao Bosque Alemão

Antes de embarcar em sua aventura pelo Bosque Alemão, é importante ficar por dentro de algumas dicas que vão garantir que você tenha a melhor experiência possível: 

Quando custa a entrada?

Não se preocupe com o bolso! Assim como em praticamente todos os parques e bosques de Curitiba, a entrada no Bosque Alemão é totalmente gratuita. 

Horário de funcionamento

O Bosque Alemão está aberto todos os dias das 6h às 20h. Já a Casa da Bruxa, que funciona dentro do parque, recebe visitantes das 9h às 17h, diariamente. 

Como funciona a Hora do Conto no Bosque Alemão?

Se estiver passeando pelo Bosque Alemão em um final de semana ou feriado, pode se juntar a uma das sessões de contação de histórias na Casa da Bruxa.

Há 3 horários: 11h, 14:30h e 15h (recomendamos sempre verificar antecipadamente se os horários continuam esses).  

Se você procura o que fazer em Curitiba com crianças, especialmente as menorzinhas, essa dica é muito boa. Será uma experiência muito legal para eles! 

Bosque Alemão Curitiba
Bosque Alemão Curitiba. Foto: Fui ser viajante

Acessos: por onde entrar no Bosque Alemão?

Se quer explorar a Trilha João e Maria, o Oratório Bach e a Torre dos Filósofos, opte pela entrada da Rua Nicolo Paganini com a Rua Schubert (essa é a nossa recomendação).

Mas se quiser começar pelo Portal do Bosque Alemão e pela Praça da Poesia Germânica, vá pela entrada da Rua Nicolo Paganini com a Rua Francisco Schaffer. 

Tem estacionamento no Bosque Alemão?

Boas notícias para quem vai de carro! Há estacionamento gratuito em ambas as entradas do Bosque Alemão. 

Onde comer no Bosque Alemão: culinária alemã

Não deixe de dar uma paradinha na cafeteria próxima ao Oratório Bach para saborear algumas delícias da culinária alemã. Uma forma perfeita de recarregar as energias enquanto desfruta da natureza do parque! 

Com essas dicas, você vai poder aproveitar tudo que o Bosque Alemão tem a oferecer e ainda otimizar o passeio.  

Natureza, literatura, filosofia.. O Bosque Alemão tem tudo isso!

O Bosque Alemão é muito mais do que um espaço verde em Curitiba – é um testemunho vivo da influência da cultura germânica e da imigração alemã na formação da cidade.  

Desde a arquitetura até as histórias contadas na trilha do bosque, cada aspecto do lugar reflete a rica herança deixada pelos imigrantes alemães. 

Com uma mistura fascinante de elementos arquitetônicos, religiosos, literários, filosóficos e históricos, o Bosque do Alemão oferece uma baita experiência aos visitantes.

É um lugar onde se pode respirar ar fresco, se entreter com a família e amigos e, acima de tudo, absorver conhecimento sobre a contribuição da imigração alemã para a formação da identidade de Curitiba.

É uma oportunidade para se conectar com a história e a cultura, e para compreender melhor as raízes que moldaram esta cidade tão diversa. 

Você já esteve no Bosque Alemão? Conta pra gente como foi a experiência! Não conhece o lugar ainda? Então diz pra gente se esse texto te convenceu a colocar o Bosque Alemão no seu roteiro! 

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Thiago Amaral
Thiago é professor de Inglês (e ainda vai ser jornalista). Escreve sobre assuntos aleatórios no seu blog pessoal (Cultura Random) e sobre viagens aqui no Fui Ser Viajante. Quando viaja, vai sempre acompanhado da sua esposa Marcela e filha Alice.
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