O que fazer em Nápoles, Itália: dicas e roteiro de 4 dias
Está planejando uma viagem e quer saber o que fazer em Nápoles, na Itália?
Nesse post, vamos trazer dicas de o que visitar na cidade, como aproveitar sua estadia, e um roteiro de 4 dias em Nápoles pronto para usar.
Vamos com a gente?
Nápoles Itália: entenda o destino
A cidade italiana de Nápoles é a segunda maior cidade da região do Mediterrâneo (depois apenas da frenética Barcelona, na Espanha).
Fica a 230 km da capital, Roma, é um destino que ficou mundialmente conhecido por conta de seus atrativos:
Nápoles é a terra natal da pizza, e ali viveram inúmeros artistas (que falaram, pintaram e cantaram a cidade).
Por falar em música, a cidade tem uma relação profunda com a música clássica. O sucesso da escola napolitana de música transformou a cidade na capital europeia da música.
O centro histórico de Nápoles (com suas fontes, ruínas, palácios e mais de mil igrejas) é um dos mais antigos da Europa.
E, curiosamente, é considerado o maior centro de cidade listado como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.
Um pouco da história de Nápoles
Apesar do nome vir de Neapolis (que significa cidade nova), o que não falta pelas ruas de Nápoles é história pra contar.
A cidade está repleta de monumentos e uma enorme herança cultural, resultado de todos os povos que já dominaram a região.
Fundada na Antiguidade, já se vão mais de 28 séculos de história.
Desde muito cedo, Nápoles se tornou um dos principais centros comerciais, culturais, filosóficos e políticos da Grécia Antiga.
Em seguida, passou pelos domínios do Império Romano e Império Bizantino, para enfim se tornar independente.
Desde o século XIII e durante 600 anos depois, tornou-se sucessivamente a capital do Reino de Nápoles e depois do Reino das Duas Sicílias.
Continuou sendo um dos principais centros de desenvolvimento econômico e tecnológico da Europa até sua anexação ao Reino da Itália em 1860, quando passou por um relativo declínio socioeconômico.
Ao longo dos séculos, Nápoles também foi um dos grandes centros universitários internacionais.
O centro histórico é um imenso aglomerado de gente – e ao mesmo tempo que os antigos casarões respiram poesia, infelizmente as ruas carregam um quê de perigoso, de abandono.
É preciso ter cuidado ao passear por lá, mas não deixe que isso te desanime de ver, sentir e experimentar a cidade de perto.
Uma curiosidade interessante: Geograficamente, Nápoles está construída entre dois vulcões em atividade, que enquadram a cidade dentro uma bela moldura de rochas:
– o Vesúvio a leste (a apenas 30 km da cidade, em destaque na foto abaixo), e os Campos Flégreos, a oeste. Por isso, Nápoles está sujeita a riscos vulcânicos. Você pode fazer uma excursão até lá para conhecer o vulcão de pertinho.
No caso de um alerta de erupção iminente, estima-se que seriam necessários 4 a 5 dias inteiros para evacuar a imensa população de Nápoles e arredores.
Além disso, Nápoles também está sujeita a risco de terremotos, e inclusive já vivenciou algumas experiências de destruição com os terremotos de 1930 e 1980.
Como chegar em Nápoles
Chegamos ao aeroporto de Nápoles (Aeroporto di Napoli Capodichino, ou Aeroporto Internacional de Napoles, NAP) à noite, por volta das 20h.
O aeroporto, de uma forma geral, é bem lotado. Por isso, já deixo a dica: é preciso ficar atento para o horário do vôo de volta.
Se planeje para chegar com muita antecedência ao aeroporto, para passar pela segurança com tempo sobrando. Frequentemente o embarque nesse aeroporto é tumultuado, com filas longas e confusas.
Mas falando da chegada em Nápoles, a primeira pergunta que você deve estar fazendo é como ir do aeroporto de Nápoles ao centro da cidade.
Nós pegamos um ônibus pela companhia Alibus até a estação central de Nápoles (Piazza Garibaldi – Stazione Centrale).
A passagem do ônibus custa € 5, e o trajeto dura em torno de 10 minutos. O motorista avisa, gritando da boa e velha maneira italiana: Stazione Centrale!
O mesmo ônibus faz o trajeto de volta para o aeroporto, basta esperá-lo na mesma parada, no sentido oposto.
Como alternativa, você pode ir do aeroporto ao centro de Nápoles de táxi. O trajeto dura cerca de 10 min e custa € 25 (valor de 2020). Atenção: Uber não funciona em Nápoles.
Outra forma de chegar ao centro é o transfer privado com empresas locais, que é uma forma mais cara porém mais confortável de se deslocar na cidade.
Saindo do aeroporto de Nápoles, você pode optar pelo transfer compartilhado ou pelo transfer privado.
O que fazer em Nápoles: roteiro 4 dias em Nápoles
Dia 1 [ roteiro Nápoles ]
Descubra o centro histórico de Nápoles (Patrimônio Mundial da UNESCO)
Dedicamos o primeiro dia inteiro para flanar pelas ruas do centro histórico de Nápoles. Os detalhes chamam atenção para todo lado.
O centro histórico de Nápoles é repleto de obras de arte, edifícios antigos, ruas de comércio popular e fachadas multi-coloridas. Aqui e ali, vemos vestígios da antiga cidade subterrânea.
Prepare-se para ficar fascinado pelas capelas, igrejas, basílicas e catedrais do centro histórico de Nápoles.
O estilo barroco e gótico europeu dominam a arquitetura desta parte da cidade, representando bem o poder e influência do catolicismo na história da cidade.
Comer no centro histórico (e em toda Nápoles) é outro ponto de destaque. A comida é boa, barata e sempre muito bem servida! Não deixe de provar a tradicional pizza napolitana.
O café expresso de Nápoles acorda qualquer um, fortíssimo! Custa em torno de € 1 o cafezinho.
Leia também: Como dar gorjeta na Itália (dicas)
Mas como nem tudo é perfeito, ao lado da beleza histórica das ruas napolitanas, vemos também muita sujeita, e por vezes enfrentamos falta de educação, organização e segurança.
Há um sentimento de insegurança que acompanha todo turista caminhando pelo centro histórico de Nápoles. Redobre o cuidado com seus pertences e cuidado com as câmeras e celulares na mão.
A maioria dos lugares e lojas que visitamos no centro histórico aceitavam apenas pagamento em espécie, raros lugares aceitavam cartão de débito. O trânsito também é bem confuso, fique atento ao atravessar as ruas.
Aqui deixo um roteiro interessante, que fiz durante minha viagem a Nápoles, que você pode repetir para conhecer o centro histórico de Nápoles a pé:
1) Duomo di Napoli (Catedral Metropolitana de Santa Maria da Assunção, ou simplesmente Catedral de Nápoles). Entrada gratuita na igreja, € 2 para o batistério. Funciona todos os dias, das 8h às 12:30h e das 16:30h às 19h.
2) Basílica de San Lorenzo Maggiore. Uma das igrejas mais antigas de Nápoles, é lindíssima e vale muito a visita. Entrada gratuita. Aberta todos os dias, das 9:30h às 5:30h.
3) Napolli soterranea (Nápoles subterrânea). Faz parte do complexo da Basílica de San Lorenzo Maggiore, tanto que a entrada é bem ao lado. Mas aqui você pode visitar os subterrâneos da cidade, aprendendo muito sobre a história antiga de Nápoles. Vale muito a pena. Entrada: € 9 + € 1 para o guia, funciona das 10h à 18h.
4) Via San Gregório Armeno, conhecida como a rua dos presépios em Nápoles. Nada mais que um pequeno beco, mas super tradicional, repleto de lojas e artesanatos. Nas lojas, o motivo da fama dessa pequena rua.
A Via San Gregorio ficou conhecida em toda a Itália pelos pequenos pastores e figuras de presépio à venda nas lojinhas. É um lugar pra visitar no Natal – e no ano todo, em busca de algum souvenir típico de Nápoles.
Não deixe de visitar também a Chiesa e Chiostro di San Gregorio Armeno (igreja e claustro de San Gregorio Armeno, que ficam nessa rua e são outro ponto de interesse no centro histórico de Nápoles. O interior suntuoso da igreja é de tirar o fôlego.
5) Piazzetta Nilo, uma praça batizada em homenagem ao deus egípcio Nilo. Uma estátua da divindade estava localizada nas redondezas e era adorada pela comunidade de imigrantes egípcios que moravam na próspera Nápoles de antigamente.
6) Cappella Sansevero, uma das capelas mais visitadas de Nápoles. A fila é enorme, tudo para ver a estátua do Cristo Velado, considerado uma das obras de arte mais impressionantes do mundo.
E realmente, vale a pena encarar a fila, é lindo! Entrada custa € 7. Funciona de quarta à segunda, das 9h às 19h.
7) Piazza Bellini, cercada de numerosos edifícios e ruínas importantes para a história de Nápoles. Além de ser gratuito, vale a pena visitar pela importância histórica.
8) Piazza Dante, nomeada em homenagem a Dante Alighieri, que escreveu A Divina Comédia. Uma enorme estátua em sua homenagem está bem no meio da praça. Lá você pode tomar um café na famosa rede de cafés “Mexico” – expresso forte e bem tirado.
9) Chiesa del Gesù Nuovo, ou Igreja do Jesus Novo, construída em 1740. Ela fica na praça com o mesmo nome (Gesù Nuovo), nos limites do centro histórico e resultado das primeiras expansões da cidade de Nápoles. Por fora, a arquitetura é bem “exótica” para uma igreja. Por dentro, é magnífica de linda!
10) Complexo Monumental de Santa Chiara, que surgiu a partir de 1310 e se tornou uma cidadela franciscana com a construção de dois conventos, um para mulheres e outro para homens. Com fachada simples e interior gótico, a igreja já foi destruída e reconstruída ao longo da história.
Você leva mais ou menos meio período de um dia para percorrer todas essas atrações. Entrando nas atrações, indo sem pressa, dá pra reservar um dia inteiro para este percurso.
Você também pode optar por fazer um City tour guiado em Nápoles ou comprar o bilhete de um ônibus hop-hop off em Nápoles (aqueles tipo jardineira, que você vai percorrendo os principais pontos de interesse na cidade e desembarcando quando interessar).
Outra opção é comprar o City Card de Nápoles, que pode representar uma boa economia geral no orçamento da viagem.
Além de oferecer desconto na maioria das atrações do centro histórico de Nápoles, o City Card inclui o ônibus hop-on hop-off, bilhete de entrada e transfer (opcional) até Pompéia – destino do segundo dia desse roteiro – e também transfer ida e volta do aeroporto para o centro de Nápoles.
Para quem pretende fazer o pacote completo de atrações em Nápoles, o City card vale bem a pena. E ainda funciona totalmnte online, via celular.
No livro A Amiga Genial, da italiana Elena Ferrante, é possível fazer um roteiro maravilhoso pelas ruas do centro napolitano com a jovem Lenu e seu pai, quando a jovem atravessa a cidade para conhecer o caminho de sua nova escola.
Muitos prédios que passariam despercebidos em um roteiro convencional vão saltar aos seus olhos.
Saindo da Praça Garibaldi, a jovem vê o Jardim Botânico, a Hospedaria Real para os Pobres de Nápoles, o Liceu Clássico Garibaldi, a Rua Foria, o Museu Nacional, o Portão d”Alba, a rua Toledo com seus cafés e sorveterias, o Palácio Real e muito mais.
A Amiga Genial (Elena Ferrante) fica como uma ótima dica de livro para ler antes de viajar a Nápoles!
Dia 2 [ roteiro Nápoles ]
Visite Pompeia em um bate e volta saindo de Nápoles
Dedicamos o segundo dia para visitar outro Patrimônio da Humanidade de acordo com a Unesco: Pompeia!
Situada na costa oeste da Itália, ao sul de Nápoles, Pompéia foi fundada no século IX a.C.. Foi tomada pelos gregos a partir do século VI a.C. e em 290 a.C., passou para o domínio do Império Romano.
A cidade foi completamente destruída pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C., e ficou por séculos completamente soterrada pelos sedimentos vulcânicos.
Pompéia só foi (re)descoberta por acaso no século XVI d.C, e classificada como Patrimônio Mundial na Unesco em 1997.
Até hoje, são feitas escavações arqueológicas na cidade para tentar explicar e entender a história de Pompéia.
Como ir de Nápoles a Pompéia:
Saímos da estação Garibaldi, que fica na praça Garibaldi (bem no centro de Nápoles), e pegamos o trem Napoli-Sorrentino (via 3).
A passagem custou € 3 (trecho / pessoa). Não dá para comprar ida e volta na mesma hora. Você compra a ida, e somente lá em Pompéia consegue comprar a volta.
O trajeto de trem dura 40 minutos. O desembarque é na estação Pompei Scavi, que fica bem ao lado da entrada de Pompéia.
Se preferir, muitas agências oferecem tours de um dia, saindo de Nápoles até Pompéia:
+ Programe uma excursão a Nápoles (inclui transporte + ingresso)
Ingressos:
Caso você opte por não comprar o City Card de Nápoles, precisa comprar os bilhetes avulsos para entrar no Sítio Arqueológico de Pompéia.
Logo ao desembarcar na estação, você vai encontrar muitos ambulantes vendendo ingressos, mas a recomendação é evitar comprar de fontes não oficiais.
Ou compre na bilheteria, como nós fizemos, ou antecipadamente pela internet. Na bilheteria, enfrentamos um pouco de fila, mas o fluxo foi rápido. Mas vale notar que era inverno, baixa estação na Europa – e pegamos fila mesmo assim!
Em dias de muita procura (especialmente nos meses de primavera e verão europeu, quando o número de turistas aumenta), a dica é comprar pela internet para ganhar tempo.
Para comprar no local, o ingresso custa € 15/pessoa (mais € 8 do áudio-guia). Quem compra dois áudio-guias consegue pagar € 13 pelos dois, economizando 3 euros.
Os ingressos à venda na internet, em geral, já incluem o áudio-guia (compre seu ingresso aqui).
Além desse ingresso mais simples, é possível escolher o ingresso que inclui Pompeia, Oplontis e Boscoreale (cidades vizinhas que também foram soterradas pelas cinzas do Vesúvio), por € 18/pessoa.
Nós escolhemos comprar somente o ingresso de Pompéia, porque só esse sítio arqueológico já é gigante!
Pra pegar o aparelho de áudio-guia, é preciso deixar um documento de identidade (é assim em todos os museus da cidade também).
Vale a pena visitar Pompéia com áudio-guia, eles são bem explicativos e nos situam em todo o cenário histórico da visita.
Uma boa dica é levar fones de ouvido e acoplar no aparelho, para ficar com as mãos livres.
Como foi a visita ao Sítio Arqueológico de Pompéia
O local é impressionante por si só, mas as explicações nos fazem entender melhor a engenhosidade da civilização greco-romana, sua arquitetura, engenharia, organização, gastronomia, cultura e leis.
Na nossa opinião, vale muito a pena fazer o bate e volta de Nápoles a Pompéia!
O sítio arqueológico de Pompéia é enorme, fica aberto de 9h as 17h e vale a pena reservar o dia todo pra visita.
Chegamos às 10h30 e infelizmente não tivemos tempo de escutar todos os áudios, são muitos. Tivemos que escolher, passamos por tudo, mas escutamos os áudios so dos principais locais .
Vale ressaltar que o sítio arqueológico de Pompéia não oferecem acessibilidade para idosos, deficientes físicos e visuais. Carrinhos de bebê também terão dificuldades de circular na região das ruínas.
Pompéia fica numa colina, tem muito vento o ano todo. No inverno é congelante, mesmo em dias ensolarados ( que foi o nosso caso). Pensem em levar bons casacos, gorros e luvas se for o caso de ir no inverno.
O vento acaba levantando muita poeira, quem tiver alergia pode levar remédio ou colírio, o que usar nessas situações.
Ah! Não esqueça de ir de tênis ou sapatos confortáveis. Você vai andar muito, subindo e descendo ladeiras.
Tem uma lanchonete dentro de Pompéia , mas é possível entrar com lanches e bebidas na mochila.
Recomendo pensar em levar, porque mesmo tendo ido no inverno, o local estava cheio e a lanchonete estava lotada todo o tempo, o que nos fez perder tempo na fila de espera pra comprar.
Na lanchonete tem lanches rápidos e prato feito, que custam em geral € 10 / pessoa.
No blog Mulher Casada Viaja você pode conferir outro relato e dicas sobre o que fazer em Pompéia, vale a pena conferir.
Dia 3 [ roteiro Nápoles ]
Separamos o terceiro dia para conhecer outros bairros de Nápoles: Toledo, Santa Lucia e Chiara, Bairro Certosa e San Martinho.
Segue a lista dos pontos turísticos que visitamos em cada um deles:
Bairro Toledo
1) Castel Nuevo, um antigo castelo medieval do século XVII, também chamado de “Maschio Angioino”. A entrada custa € 6. Funciona das 8:30h às 18h, de segunda a sábado, e das 8:30h às 13h aos domingo.
2) Galeria Humberto I
3) Teatro San Carlos (a maravilhosa e mundialmente famosa Ópera de Nápoles)
4) Palácio Real de Nápoles (não entramos nesse momento, porque tinha muita fila. Conseguimos visitar somente no quarto dia desse roteiro em Nápoles, falo mais sobre mais abaixo nesse post).
Bairros Santa Lucia e Chiaia
Seguimos em direção à orla, para visitar o setor mais rico da cidade, com castelos e palácios, vista para o mar, lojas de luxo, bares e uma vida boemia bem ativa.
1) Percurso pela orla. Seguimos beirando o mar até chegarmos no Castel dell’Ovo. A visita é gratuita. Funciona de 9h as 19h de segunda a sábado, e aos domingos, até 13:30h.
2) Almoço. Escolhemos o restaurante ao lado do castelo, “Officina del Mare”, e a experiência foi maravilhosa! Entrada, prato, sobremesa e vinho custou € 100 pra dois. Foi nosso almoço especial da viagem.
Fora essa experiência, escolhemos sempre lugares com preço mais em conta para comer em Nápoles. Vale notar que sempre ficamos satisfeitos – preço bom, muita comida e bastante saborosa. Come-se muito bem em Nápoles!
3) Caminhada até a Piazza Amedeo. Seguimos caminhando por essa parte de Nápoles. Passamos pela Piazza Vitoria , Villa Communale, Piazza del Martiri, Pallazzo Mannajuolo, Chiesa di Santa Teresa a Chiaia, e por fim a Piazza Amedeo.
Bairro Certosa e San Martinho
É o bairro alto da cidade, ligados com a parte baixa de Nápoles por teleféricos.
Você pega o funicular ali mesmo na Piazza Amedeo. No caminho existem 3 paradas, mas só desembarcamos na última.
As ruas são bem charmosas e convidam para uma caminhada. Fomos para o Castel San Elmo, que oferece uma vista maravilhosa da cidade toda. Aproveitamos para ver o pôr do sol dali.
A entrada no castelo custa € 2,50 / pessoa, e funciona de quinta à terça, das 8:30h às 19:30h.
Ao lado do castelo, você também pode visitar o Museu de San Martinho, que fica bem ao lado.
Dia 4 [ roteiro Nápoles ]
Dividimos nosso último dia em Nápoles entre algumas atrações que queríamos visitar, em diferentes partes da cidade:
Museu Arqueológico Nacional
É o maior museu de Nápoles. Como é o museu mais importante do país, você pode encontrar fila para comprar os ingressos (no nosso caso, ficamos esperando mais de 1 hora!).
Quando visitamos, o museu estava quase todo em reforma (mais de 2/3 das obras e salas estavam fechados), o que prejudicou um pouco a experiência.
O museu tem uma parte inteira dedicada a Pompéia. Há uma maquete e vídeos de reconstituição, mostrando como era a cidade antes do desastre.
Como boa parte das obras em exposição no museu foram recolhidas de Pompéia, o mais indicado é visitar Pompéia primeiro, para ter um olhar mais ampliado na hora de ver as peças no museu.
A entrada custa € 18 / pessoa (+ € 5 do áudio-guia, opcional e não achei muito informativo). O museu abre todos os dias, das 9h às 19:30h.
Bairro espanhol
Fomos caminhando do museu até o bairro espanhol, onde almoçamos no restaurante napolitano “Antica pizzeria e trattoria al 22”.
Foi uma experiência muito boa. Cardápio maravilhoso, bom e barato. Infelizmente o almoço foi nossa única parada no bairro, achamos a região meio abandonada, como o centro histórico, e decidimos seguir para as próximas paradas, no Bairro Toledo.
Bairro Toledo
Dessa vez, pra nossa sorte, não tinha fila para visitar o Palácio Real de Nápoles, então decidimos entrar.
O ingresso custa € 6 / pessoa, mas pagamos apenas € 3 / pessoa. Adivinha o porquê?
Infelizmente o Palácio Real de Nápoles também estava em reformas. Mais da metade do prédio estava fechado para os visitantes, por isso estavam cobrando meia-entrada de todos.
O áudio-guia custou €4 e valeu muito a pena. Todos os espaços visitados estavam explicados no áudio. Nossa visita completa ao Palácio Real de Nápoles durou cerca de 1h.
Depois, fizemos uma parada no Caffè Gambrinus, o café mais famoso de Nápoles, desde la belle époque. Fica bem ao lado do Palácio Real. Uma variedade enorme de cafés, bebidas quentes, drinques, salgados e doces, tudo típico da região. Muito fofo.
Roteiro em Nápoles: o que não fizemos porque faltou tempo (dicas bônus)
Algumas atrações ficaram de fora do nosso roteiro em Nápoles, seja pela falta de tempo, ou mesmo pela estação do ano (já que fomos no inverno e algumas atrações só podem ser visitadas (ou são mais indicadas) para o verão.
Caso tenha mais tempo, pode tentar incluir um desses atrativos no seu roteiro em Nápoles:
- La Sanità e Capodimonte
- Vomero
- Mergellina
- Ilha de Capri
- Procida
- Vulcão Vesúvio
- Reggia di Caserta
- Sorrente
- Bate e volta na Costa Amalfatina
Visão geral: Vale a pena visitar Nápoles?
Essa viagem teve alguns pontos muito positivos:
– amei a experiência toda de visitar Pompéia,
– os restaurantes tinham um preço ótimo e comida excelente e farta (comemos pizza, massa e inhoque o tempo todo)
– as partes bonitas da cidade são encantadoras e valem uma caminhada!
Mas também encontrei pontos negativos:
– me senti muito insegura caminhando pelo centro histórico.
– o embarque no aeroporto para voltar para casa foi confuso e estressante, quase perdemos o vôo pela confusão na hora da checagem de segurança das malas.
De toda forma, pretendo voltar a Nápoles no verão, e quem sabe esticar até Capri ou alguma outra praia / ilha, além de visitar os locais que não fomos (citei alguns acima), porque ficavam do lado oposto do centro da cidade.
Vale a pena procurar um mapa de Nápoles no seu hotel ou centro de turismo. Isso nos ajudou bastante a nos localizarmos e a compreender os bairros de Nápoles.
Apesar dos pontos negativos que citei, Nápoles é uma das cidades mais visitadas da Itália. Se eu fui em pleno inverno europeu e a cidade estava lotada, fico imaginando como será no verão! Prepare-se pra isso também.
Planeje sua viagem
Quando ir a Nápoles?
Nápoles possui um clima mediterrâneo, com verões quentes e secos e invernos suaves e chuvosos, mas sempre refrescados pela brisa do mar.
Se tem interesse em combinar com as praias, a viagem deve ser nos meses quentes, entre o final da primavera e o verão europeu.
Mas para evitar as multidões, eu indico viajar no começo da primavera e no outono, ou até mesmo no inverno, como nós. A cidade em si pode ser aproveitada em qualquer época do ano!
Como se locomover em Nápoles
O valor de uma passagem de ônibus ou metrô dentro da cidade de Nápoles custa € 1,10. Já o bilhete para o dia todo custa € 3,50 (vale muito a pena pegar o bilhete para o dia inteiro).
Vale dizer: o transporte público em Nápoles é demorado, sujo e lotado.
Embora já seja bem comum em muitas cidades européias, as paradas de ônibus em Nápoles não tem aquela placa com a informação de quanto tempo vai demorar para o próximo ônibus chegar.
O metrô ou trem também estavam com frequência sujos e demoravam muito, além de também não informaremm na maioria das vezes o tempo de espera.
Por sorte, em Nápoles é bem possível evitar o transporte público e fazer tudo a pé. Nota: evite caminhar sozinho pelo centro histórico à noite.
Onde se hospedar em Nápoles
Ficamos num hostel no centro histórico de Nápoles, pertinho da praça Garibaldi (onde tem estação de metrô e trem). É nessa região que está concentrada a maior parte dos hotéis em Nápoles.
Ficar no centro histórico é a primeira opção pela facilidade de deslocamento e proximidade com as atrações que um turista quer ver quando visita Nápoles pela primeira vez.
Infelizmente, eu dei azar na escolha do meu hotel, por questão de segurança. Nas proximidades do meu hostel, me senti insegura para caminhar a noite e quase fui assaltada antes de chegar lá (com mala e tudo). Por isso não vou indicar esse lugar específico.
Segue aqui alguns hotéis bem avaliados quanto a questão de localização, conforto e segurança no centro histórico de Nápoles:
Uma outra opção – que eu particularmente vou escolher numa próxima ida a Nápoles, é ficar hospedada nos bairros bacanas que ficam perto do centro, mas tem um ambiente mais seguro e com mais estrutura, como Chiaia, Moro Beverello e Plebiscito. Veja alguns:
Ainda não encontrou sua hospedagem ideal em Nápoles? Veja outras opções de hotéis e pousadas em Nápoles, Itália.
Seguro viagem para Europa
Não esqueça que o seguro viagem é obrigatório para toda viagem para a Europa. Você precisa escolher um seguro com cobertura mínima de € 30.000,00.
Na hora de fazer a compra de seguro viagem, eu sempre uso o site da Seguros Promo. Esse site funciona como um comparador de preços entre as seguradoras.
Basta colocar o destino e as datas da sua viagem, que você descobre facilmente qual o seguro que oferece o melhor custo-benefício pra você.
Se você não entende muito bem como funciona o seguro viagem, pode ler mais sobre Seguro Viagem aqui no site.
Ingressos e atrações em Nápoles
Foto em destaque: Lajos Móricz por Pixabay
Esse post foi construído em colaboração com Sirlene Lucena (brasileira que mora em Paris, e dá dicas no Insta @inpariswelive). Ela recentemente tirou férias em Napoles e ajudou a preparar esse conteúdo com a gente!
Lila, adorei seu roteiro! Vou agora em junho/24, mas terei apenas 1 dia em Nápoles (depois iremos para Capri e Amalfi). O que você preferiria fazer se tivesse apenas 1 dia, o tour por Pompeia ou o centro histórico?
Oi Jacqueline, depende um pouco do seu gosto pessoal. Se prefere conhecer a cidade, com suas opções de passeios, ou se prefere o tour para as ruínas, que é mais focado na história do vulcão. É realmente uma escolha bem pessoal
Gostei muito das dicas. Devemos ir em set/24. Parabéns, pelo blog. Abs