Santa Teresa RJ: roteiro de 1 dia com dicas de o que fazer, onde comer e mais

O bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro é um dos lugares mais gostosos para passear na Cidade Maravilhosa, especialmente aos finais de semana.

A vizinhança de casinhas charmosas e murais coloridos ganha ainda mais vida com as pessoas que vem curtir a energia dos bares e restaurantes, fazer passeios culturais e curtir a vista.

Santa Teresa RJ é o destino perfeito para os amantes de cultura e boemia.

O cenário é bucólico e ainda assim vibrante. As ladeiras de Santa Teresa tem um pouco de tudo: museus, bares e restaurantes, casas de samba, hostels e hotéis de luxo, ateliês e centros culturais.

Quer saber o que fazer em Santa Teresa RJ?

Nesse post, vamos dar nossas melhores dicas do bairro que é um dos nossos favoritos no Rio de Janeiro. Está preparado pra conhecer Santa com a gente? Então bora!

Onde fica Santa Teresa? Mapa de atrações de Santa Teresa RJ

O bairro de Santa Teresa fica na região central do Rio de Janeiro, perto do bairro da Lapa e do bairor de Fátima.

Para chegar em Santa Teresa é preciso encarar as ladeiras (ou as escadarias) que comunicam o bairro com a parte baixa da cidade.

Mas vai por mim: vale totalmente o esforço.

Aqui colocamos um mapa, para indicar onde ficam as principais atrações de Santa Teresa, e a localização de alguns dos nossos restaurantes favoritos no bairro também.

A partir da próxima sessão, vamos te apresentar cada um desses lugares em detalhes:

O que fazer em Santa Teresa RJ: principais atrações

Escadaria Selarón

Há muitas escadarias comunicando a região da Lapa ao bairro de Santa Teresa, mas a escadaria Selarón ganhou fama no mundo inteiro.

Sou capaz de apostar que você já viu uma foto dela por aí, com seus azulejos multi coloridos, vindos de diversas partes do mundo.

A decoração da escadaria é obra do pintor e ceramista chileno Jorge Selarón que, depois de conhecer o mundo, acabou vindo morar no Rio, numa das casas que fica na rua da escadaria.

Selarón passou a revitalizar a área, primeiro com banheiras ajardinadas nas calçadas e depois com os azulejos que hoje decoram os 215 degraus da escadaria Selarón.

A escadaria começou a ficar famosa e, aos poucos, começaram a chegar azulejos enviados de todo o mundo para decorar os degraus da Selarón.

A escadaria se transformou numa obra em transformação constante, até a morte do artista – que morreu na própria escadaria – em 2013.

Os degraus são muitos, mas você não vai subir de uma vez. Vai parar repetidas vezes para admirar as cores, a origem, as referências culturais – além de tirar muitas fotos.

O endereço certinho, pra você não errar, é a rua Manoel Carneiro, que liga a Rua Joaquim Silva, na Lapa, à Ladeira de Santa Teresa.

Ladeira de Santa Teresa e Convento das Carmelitas

Escadaria

Parque das Ruínas

Fica a mais ou menos 650m. da Escadaria Selarón. O prédio é história pura. Nele morou Laurinda dos Santos Lobo, uma dama da sociedade carioca, herdeira de uma família rica e poderosa.

Laurinda foi uma grande incentivadora das artes e em sua mansão, todas as noites, aconteciam reuniões de intelectuais e artistas que estavam na cidade – aconteceu um tipo de Belle Époque carioca, na década de 1920.

Todo o Modernismo Brasileiro se encontrava por ali. Villa-Lobos e Tarsila do Amaral eram presenças frequentes.

Aqueles salões testemunharam transformações artísticas e políticas na história do Brasil.

O prédio passou um tempo abandonado, mas foi revitalizado a partir de 1993. Desde então, o Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas vem funcionando no casarão histórico, como sede de exposições temporárias.

Além disso, a arquitetura e a vista do Rio são maravilhosas Há um mirante no último piso, acima das escadas, que oferece uma vista 360 graus do Rio de Janeiro.

O Parque das Ruínas conta com uma cafeteria, que veio a calhar porque agora você pode tomar seu café da manhã nesse que é um dos lugares mais lindos do Rio.

Museu Chácara do Céu

A Chácara do Céu é um dos museus Castro Maya (o outro é o Museu do Açude, também no Rio de Janeiro).

O casarão que hoje abriga o museu foi, anteriormente, a residência do próprio Castro Maya. O empresário tinha duas grandes paixões na vida: colecionar e incentivar a arte, especialmente arte brasileira.

Casa Principal do Museu do Açude, Fundação Castro Alves

Fica bem ao lado do Parque das Ruínas. Antigamente, existia uma passarela que comunicava essas duas atrações, mas ela está fechada desde a pandemia.

Para chegar ao Museu Chácara do Céu saindo do Parque das Ruínas: caminhe para a esquerda até o final da rua.

O acervo permanente do museu pertenceu a Castro Maya, em sua maioria.

As exposições permanentes estão divididas em três sessões: no hall de entrada (entrada franca) encontra-se a recepção, loja e parte da coleção de arte brasileira.

Para acessar as demais áreas, paga-se R$3,00. O segundo piso é destinado a arte européia e parte da coleção de arte oriental.

Além disso, os ambientes da antiga Biblioteca e Sala de Jantar estão preservados, e podemos ver peças de mobiliário, peças decorativas e livros raros.

No Jardim de Inverno da casa, podemos conferir as exposições temporárias.

No terceiro piso estão as telas da coleção Brasiliana e peças de mobiliário brasileiro, incluindo uma seleção do acervo de arte popular.

Para completar, de lá dá pra ter uma visão maravilhosa da Baía de Guanabara.

Largo do Curvelo

A esquina do Largo do Curvelo é um dos principais cartões-postais do bairro! O local traz muito do charme do bairro, com a estação do bonde e as casas de época ao redor.

Bondinho de Santa Teresa

O Bondinho é o símbolo mais emblemático do bairro. O trajeto original parte do Largo dos Guimarães, passa no Largo do Curvelo, sobre o Aqueduto da Lapa, até chegar no Largo da Carioca, no Centro.

A estação no Centro fica atrás do prédio da Petrobras, perto da estação Carioca e da Catedral do Rio.

Um acidente em 2011 interrompeu o funcionamento do bondinho. Em 2015, depois de revitalização, parte do percurso foi reinaugurado. O trajeto em uso hoje vai do Largo da Carioca até o Largo do Curvelo.

O passeio é super legal: adorei ouvir a buzina do bonde, ver a paisagem lá de cima e passear por cima dos Arcos da Lapa! 😀

O funcionamento do bondinho é de segunda a sexta, das 6:30h às 16:15h, e sábados das 10h as 18h em intervalos de 20 minutos.

Não são permitidos passageiros em pé e a capacidade máxima de cada bondinho é de 32 passageiros.

Desde Novembro de 2016, foi criada uma tarifa “turística” para uso do bondinho, cobrada apenas no embarque no Largo da Carioca.

Custa R$20,00 por pessoa para ir do Centro para Santa Teresa. Moradores de Santa Teresa com cadastro na prefeitura, estudantes e idosos são isentos da taxa.

Largo dos Guimaraes

O Mercado de Pulgas vem sendo cada vez mais procurado pelo Samba dos Guimarães, que acontece todos os sábados no local.

Cine Santa

No Largo dos Guimarães fica ainda o histórico Cine Santa Teresa. O cine ainda está em atividade a apresenta um repertório de filmes cult de fazer inveja a muito cinema por aí.

Brechó Santa Tênis

Ateliês

Santa Teresa tem uma surpresa em cada esquina. Os ateliês são vários e valem a visita para apreciar as obras ou comprar alguma lembrancinha. Quase sempre você vai encontrar um artista pintando um quadro por lá.

Os prédios históricos valem várias fotos. Santa Teresa tem inclusive um antigo castelo – o Castelo Valentim, que tem uma arquitetura fantástica.

Além das lindas vistas da Chácara do Céu e do Parque das Ruínas, você ainda pode visitar o Mirante do Rato Molhado, que te dá mais uma panorâmica incrível da cidade do Rio.

Mirantes

Onde comer em Santa Teresa RJ? Restaurantes

Na região do Largo dos Guimarães você vai encontrar a maior concentração de restaurantes em Santa Teresa.

Por ali funciona um verdadeiro pólo gastronômico. Você pode escolher um e aproveitar um bom pedaço de tarde entre conversas e comidinhas, enquanto assiste o movimento do bairro.

A gente indica o Portella, que tem uma feijoada muito boa no fim de semana.

Seguindo uma outra proposta, outros restaurantes de alta gastronomia encontraram lugar em Santa Teresa, como o Aprazível e o Térèze.

Compras em Santa Teresa RJ

Onde ficar em Santa Teresa

História do bairro de Santa Teresa

A história de Santa Teresa começa com a criação de um convento dedicado a Santa Teresinha, no século XVIII, num morro no centro da cidade.

Ao redor da construção religiosa, as pessoas foram chegando e desde então o bairro já foi área nobre, passou um tempo meio abandonado, para depois ser revitalizado e hoje virar um dos destinos mais legais do Rio de Janeiro.

O charmoso bondinho, inaugurado em 1872, permanece circulando pelas ruas como um símbolo de um passado que insiste em ficar. 

Os casarões históricos testemunham gente de todo tipo, subindo e descendo as ruas de paralelepípedo, e abrem espaço vez ou outra para que a gente possa admirar a beleza da cidade do Rio vista lá de cima pelos mirantes de Santa Teresa. 

Acho que é exatamente essa mistura do nostálgico com o burburinho que me atrai. Santa Teresa parece pertencer a um Rio que não conheci pessoalmente, o Rio que li nos livros.

Mas isso tudo parece sair da literatura e vibrar nas ruas, nas ladeiras. Pelo menos uma vez, Santa Teresa merece uma visita de todo mundo que vem ao Rio.

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Lila Cassemiro
Klécia Cassemiro (Lila, para os amigos) é fotógrafa, videomaker e editora de conteúdo no blog Fui Ser Viajante. Também é sommelier de cervejas, formada pelo Instituto Science of Beer. Viajante geminiana e curiosa, é especialista em desenhar roteiros fora do óbvio e descobrir os segredos mais bem escondidos de cada destino.
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Comentários:
Marcal Machado Vieira disse:

bah, que maravilha a maneira como você escreve. Sou gaúcho e estou indo pela primeira vez ao Rio. Depois desta agradável leitura, impossível não querer passar um tempo por lá. Eu e minha esposa vamos a um show do Nei Mato Grosso e vamos passar 6 noites no Rio. O shows é no sábado 1 abril. Vamos sair de Porto Alegre quarta-feira e voltar na terça-feira. Se tiver alguma sugestão de hospedagem. Estamos na dúvida de qual bairro nós hospedamos. Obrigado pelo passeio.

Angineli disse:

Bom dia gostaria de levar minha sétima de 12 para conhecer o parque das ruínas e o museu da chácara do céu, você acha que as crianças aguentam a subida ou é melhor eu subir de bondinho?!

Rafael Cassemiro disse:

Oi Angineli, A subida de bondinho acaba sendo um “evento”, principalmente pras crianças, mas é possível subir/descer também de Uber.
Se o dia estiver muito quente a subida fica bem cansativa, mesmo que as crianças sejam super ativas.

Grande Abraço e bom passeio!

Márcio Vale disse:

Sou um carioca que praticamente não conhece Santa Teresa. Vou seguir seu roteiro. Valeu pela dica!

Maria disse:

Oi amei. Tudo roteiro sem vê. Pretendo conhecer. Vamos esperar a pandemia passar. Maria

Lila Cassemiro disse:

Oi Maria! Você vai amar Santa Teresa 🙂

Jurema disse:

Esse passeio começando pela escada e voltando pelo bondinho leva em torno de quantas horas

Lila Cassemiro disse:

Oi Jurema, depende do quanto você vai passear por Santa Teresa. Quando fomos, nos programamos pra ir pela manhã, passear pelo bairro, almoçar por lá, passear mais um pouco pelo bairro e voltamos pra casa no meio da tarde.

Oh! Que delícia voltar a Santa Teresa através desse texto! Me senti lá, andando novamente de bondinho e perambulando por todos esses lugares que considero os mais interessantes do Rio… Justamente essa sensação de volta a um passado que não vivi, essa atmosfera boêmia antiga é o que eu acho que tanto me atrai nessa região. Um prazer esse post e ver as fotos!beijos Ana. P.S. Obrigada pela referência. Quero muito ver o Bar do Mineiro aqui no Fui Ser Viajante. 🙂

Klécia disse:

Ana, sempre bom encontrar seus comentários por aqui! Santa Teresa é mesmo um amor que temos em comum! Quem sabe um dia você passe pelo Rio e a gente se encontre por lá? Qualquer dia desses vou lá no Bar do Mineiro provar aquela feijuca! 😀