Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro: como é a visita

Está planejando fazer uma visita ao Museu do Amanhã no Rio de Janeiro?

O museu mais fotografado ( e um dos mais visitados) da cidade fica na região portuária do Rio de Janeiro, na área revitalizada para as Olimpíadas Rio 2016, que ficou conhecida como Boulevard Olímpico.

O Museu do Amanhã é uma moderna beleza arquitetônica que chama atenção até mesmo de quem passa lá do outro lado da baía de Guanabara, pela ponte Rio-Niterói.

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Logo que inaugurou, foi uma loucura de tanta gente procurando, que as filas eram enormes e o acesso era bem difícil.

Mas agora a atração já pode ser visitada tranquilamente e vou contar em detalhes como você pode colocar o museu do Amanhã no seu roteiro!

Museu do Amanhã: ingressos e gratuidades

Qual o valor da entrada do Museu do Amanhã?

Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), com entrada gratuita às terças (não paga, mas o melhor é reservar online para evitar filas).

Para ir ao Museu do Amanhã, você pode comprar os ingressos na hora (geralmente tem fila), ou fazer a compra online pelo site da Sympla e salvar o ingresso no celular.

Recomendo muito que você faça a compra antecipada do ingresso, porque aí é só chegar e entrar. Se tiver que esperar na fila, pode acabar perdendo bastante tempo, especialmente se visitar em um dia mais cheio.

A compra do ingresso para o Museu do Amanhã é feira com dia e horário marcados, para que a quantidade de pessoas que estão no Museu ao mesmo tempo seja controlada e a experiência seja mais interessante para todos.

A cada hora, é disponibilizada uma quantidade limitada de ingressos.

Pessoas de 6 a 21 anos tem direito à meia entrada todos os dias, junto com professores da rede municipal, moradores ou nascidos no Rio de Janeiro, estudantes, entre outros grupos.

Qual dia o Museu do Amanhã é de graça?

O Museu do Amanhã é gratuito às terças-feiras. Você também precisa retirar seu ingresso de gratuidade no site (exceto crianças menores de 5 anos, que não precisam de ingresso).

Veja também: Tour gratuito pelo centro do Rio de Janeiro

Qual o horário de funcionamento do Museu do Amanhã?

O Museu do Amanhã funciona de terça a domingo, das 10h às 17h (com a última entrada às 16h). Ao fazer a compra online, você escolhe o horário da visita (10h, 11h, etc).

Leia também: Museu de Arte Contemporânea em Niterói (MAC)

Museu do Amanhã
Foto: Fui Ser Viajante

Como é a visita ao Museu do Amanhã no Rio de Janeiro

Ingresso com agendamento e filas

Reservei para visitar o Museu do Amanhã em uma terça-feira (dia de gratuidade).

Agendei meu ingresso para às 10h, e fiz isso pelo site, no dia anterior ao passeio. Processo bem rápido e fácil.

Você pode salvar o ingresso no celular, ou levar impresso. Para quem escolher ingresso meia-entrada, não esqueça de levar o documento de comprovação também.

Cheguei no Museu do Amanhã por volta das 9:30h e já tinha fila para entrar no museu.

Já havia instrutores do museu organizando a fila das 10h de quem tinha reserva online (com umas 20 pessoas na minha frente), e uma outra fila pra quem não tinha reserva online e ia comprar o ingresso na hora.

Essa fila de quem não tinha ingresso devia ter umas 60 pessoas. No sol. No calor. E essa fila entra no museu depois da fila com reserva online. 

Maior dica: Faça a compra online do seu ingresso! Sério!!!

Cartão Íris

Entramos no museu pontualmente às 10h. A fila serve para organizar o atendimento no balcão, onde entregamos o voucher e o documento, somos cadastrados rapidamente e ganhamos um cartão, a Íris.

Íris é um sistema que gerencia sua visita ao Museu do Amanhã, tornando sua experiência personalizada.

Com ela, você pode interagir com os vários painéis identificados no Museu e começar atividades, jogos, ouvir explicações, reiniciar alguma palestra de vídeo.

Você usa a Íris ainda para conseguir destravar a catraca de saída.

Museu do Amanhã
Foto: Fui Ser Viajante

Exposição permanente no Museu do Amanhã

A exposição principal fica no andar superior do Museu. Ela é dividida em cinco grandes módulos: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós.

Em todas as áreas, há educadores do museu para dar explicações e conduzir as atividades, quando necessário. A exposição principal ficará em exibição até 20 de maio de 2017.

Cosmos

Em Cosmos, a gente tem a primeira experiência com o Museu do Amanhã. Não é permitido fotografar essa parte, mas acreditem em mim quando digo que é incrível.

Somos acomodados no Portal Cósmico, uma espécie de domo que serve como painel para reprodução de um vídeo em 360 graus, que dura cerca de 8 minutos.

Fala-se sobre a teoria de formação do universo, com lindas imagens e uma narração que conta que somos feitos de matéria, a mesma matéria que forma as estrelas. Fala como tudo está conectado.

Achei sensorial, poético e lindo. Saiu todo mundo meio anestesiado 🙂

Terra

Em seguida, entramos no domínio Terra, representado por três enormes cubos – matéria, vida e pensamento. A grande pergunta aqui é ‘Quem Somos?’ Todos os cubos tem um lado interior e um exterior.

No exterior, temos várias visões da terra vista do espaço (matéria), a representação do código genético (vida) e neurônios que se conectam (pensamento).

O interior de cada um tem uma nova exposição, como no cubo Matéria, que tem um túnel de vento com dois tecidos que voam e se misturam, quase numa dança, para mostrar como tudo está sempre conectado.

O interior do cubo Vida mostra diferentes ecossistemas. Foi aqui que usei a Íris pela primeira vez e assisti um vídeo sobre o ecossistema da Baía de Guanabara.

O interior do cubo Pensamento, está representada a diversidade de nossas culturas, com várias imagens que retratam aspectos da nossa vida na terra, como sentimentos e ações.

As fotografias são impressionantes e você pode passar horas ali, só descobrindo novas coisas.

Museu do Amanhã
Matéria

Antropoceno

É a parte central da exposição, bem no meio do salão principal. E como ela fala do homem e do seu papel no universo, acho que não foi colocada aí por acaso.

Na ‘Era dos Humanos’ (uma tradução livre do que significa Antropoceno), fiquei chocada com os gráficos que mostram como nossa população vem crescendo cada vez mais.

E os impactos imediatos disso no planeta estão representados também, de forma gigantesca, em 6 totens que devem ter uns 10 metros de altura.

Museu do Amanhã

Fala-se muito em mudanças climáticas, das formas de produção e de consumo desenfreado da sociedade.

A pergunta que se faz nesse domínio é ‘Onde Estamos’. Nessa parte da exposição, não se olha diretamente do amanhã: se fala do hoje. 

Amanhãs

Aqui o debate vira para o futuro. ‘Para onde vamos?’

Crescemos, produzimos, consumimos. E amanhã? Essa área é bem interativa e mostra como nosso modo de vida pode impactar nosso futuro.

Clima, mega-cidades, alterações dos biomas na Terra, tem vários temas discutidos.

Usei a Íris para brincar num totem que calculava quanto tempo o planeta leva pra se regenerar de acordo os recursos que eu uso com meu modo de vida.

A gente pensa que podia estar fazendo um pouco mais. Não tem como não pensar em sustentabilidade. Em mudar um pouco nosso modo de vida para possibilitar uma vida melhor depois. Muito, muito bacana!

Museu do Amanhã

Nós

A última parte da exposição fala de Nós. A ideia é conscientizar que o amanhã começa agora, com as escolhas que fazemos. Que precisamos agir hoje para garantir um amanhã bom pra todo mundo.

O lance aqui é conexão. Cada um faz o seu amanhã, e juntos faremos o nosso. Em nós, entramos numa espécie de oca, que representa uma casa do conhecimento indígena.

Como se todo mundo pudesse se reunir ali pra contar histórias, trocar experiências, aprender e ensinar.

Depois de passar pelo Cosmos, pelo nosso papel transformador no mundo, em Nós a gente para pra pensar ‘E agora?’ O que podemos/devemos fazer?

Bem no meio da oca, está um churinga. É um artefato indígena australiano, que na verdade funciona como uma ferramenta que tenta conectar o passado e o futuro.

Como se o que já foi vivido pudesse nos ensinar hoje, como viver. O churinga representa que podemos aprender com o passado, que o conhecimento deve sempre ser passado adiante. Massa, né?

Museu do Amanhã

Exposições secundárias (corredores laterais e outras salas)

Nas duas laterais do salão principal, estão dois corredores. Eu só percorri no final de tudo, mas eles são bem legais pra ir entendendo a exposição.

São maquetes que explicam as teorias, objetivos, esquemas, tudo que é mostrado na exposição principal. Pra quem visita sozinho, pode ser meio confuso entender o fluxo de como a ideia é transmitida.

Eu como sou a louca dos museus tenho muita curiosidade, fui e voltei e exposição várias vezes para entender como as partes se conectavam. Levei aproximadamente duas horas pra percorrer tudo com calma.

E olha que não usei muito a Íris, se não teria levado bem mais tempo. 

Fiz as laterais no final, mas talvez se tivesse feito no começo algumas coisas teriam feito mais sentido. Uma ótima dica também é consultar os educadores com qualquer dúvida.

Museu do Amanhã
Corredor lateral da Exposição Principal

Além dos corredores, o Museu do Amanhã também tem outras salas no piso inferior, que costumam receber exposições temporárias.

Já vi a exposição ‘Poeta Voador, Santos Dumont’, ‘Rolé pelo Rio Hackeado’, ‘Milênios Cósmicos: Cartas para os próximos 100 mil anos’, e recentemente vi a exposição Amazônia, com fotografias de Sebastição Salgado.

Museu do Amanhã: vale a pena visitar?

Gostei demais do Museu do Amanhã. Levaria meus filhos (a partir de uns 7 anos já aproveita bastante!), primos, amigos, todo mundo.

Vi muitas crianças visitando e acho que é uma experiência bacana pra elas, cheio de cores, participativo.

O museu é o mais interativo que já visitei. Até quem não curte muito museus provavelmente vai ter alguma conexão com o Museu do Amanhã.

Fora que a exposição principal está tão linda, tão bem montada, que não tem como a gente não sair refletindo sobre nosso papel aqui no planeta. Vale muito visitar antes do final da Expo, em 20 de maio.

O museu ainda tem uma lanchonete e uma lojinha de lembranças no térreo. Tem muita coisinha legal, e lembrancinhas de todo preço. Até eu, que nunca compro nada, não resisti e trouxe uma lembrancinha linda da visita 🙂

Não esqueça de, na saída, dar uma volta completa no museu, pra ver todos os ângulos da construção. E pra ver a Baía de Guanabara também que fica linda demais olhada dali 😀

“Neste momento, o Sol está nascendo no Leste, então o amanhã está acontecendo em algum lugar. Essa é a essência do amanhã, esse contínuo renovar. Um renovar que se repete, mas sempre de forma diversa.” 

Museu do Amanhã

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Lila Cassemiro
Klécia Cassemiro (Lila, para os amigos) é fotógrafa, videomaker e editora de conteúdo no blog Fui Ser Viajante. Também é sommelier de cervejas, formada pelo Instituto Science of Beer. Viajante geminiana e curiosa, é especialista em desenhar roteiros fora do óbvio e descobrir os segredos mais bem escondidos de cada destino.
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Comentários:
Alexandre Silva disse:

Obrigado pelas dicas, em nossa viagem fizeram toda diferença.

Andamos um pouco mais pela zona portuária e achamos um restaurante bem legal, chamado Odara Gastrobar.

Fomos tão bem atendidos que ficamos apaixonados.

Com comida boa e cerveja gelada.

Além disso vale a ida até a roda gigante.

Não conheço o Museu do Amanhã ainda, está na hora de voltar ao Rio! Excelente post, bem explicativo e com essas fotos não tem como não querer visitar o museu 🙂

Klécia disse:

Ele ficou lindo demais mesmo! Dá vontade de voltar sempre!

Excelente post! Sou do Rio e ainda não fui…rs Estávamos planejando ir este fds.. mas só de ver esse Sol do Rio 40 graus rs Gostei muito do teu post e foi tudo tão explicadinho! Gostei de saber do cartão Íris

Klécia disse:

O sol tira qualquer vontade de sair de casa, né? hehehe O cartão foi uma ótima ideia, personaliza bastante a visita! Beijos

Sensacional… vou dar uma ajeitada nas coisas para poder dar uma chegada até lá e conferir de perto. Parabéns pelo post.

Klécia disse:

Obrigada, pessoal! Vocês vao gostar muito da visita!

Martinha disse:

Que museu incrível.. está nos meus planos conhecê-lo quando eu for ao Brasil. Adorei saber um pouco mais da história dele. =)

Klécia disse:

Você vai gostar, Martinha!

Itamar Japa disse:

Que demais! Realmente parece ser incrível! Que arquitetura maravilhosa! Espero poder conhecê-lo muito em breve!

Klécia disse:

A arquitetura dele ficou incrível demais né? <3

Eu sai emocionado desse museu, a forma como as coisas são apresentadas, o conteúdo em si, os textos nossa é tudo muito bem feito e profundo. Conseguiram juntar ciência com poesia numa harmonia perfeita.
Acho que é bem como você disse, um museu pra levar todo mundo.

Klécia disse:

É sim, Matheus! Eu fiquei muito encantada, gastei horas lá e nem queria ir embora! Quero levar todo mundo mesmo!

Geisy disse:

Na época da inauguração do museu foi realmente complicado de ir visitar: filas enormes e muito pouca sombra nas redondezas, mas agora acho que está mais fácil. Em breve eu devo passar por lá. =)

Klécia disse:

Tá bem mais fácil, Geisy! Passa sim, você vai adorar!

Gê Azevedo disse:

Eu estou louca para conhecer, Klécia! Quando fui ao Rio pela última vez, não tive oportunidade, por também causa do fervor da inauguração. Mas na próxima vez, não me escapa!

Klécia disse:

Agora dá pra agendar pela internet e tá muuuuito mais tranquilo! Na próxima vez que vier, você consegue sim 🙂

Simone Hara disse:

Tô louca pra conhecer! Quero muito voltar ao rio e ver como ficou esta área revitalizada!

Klécia disse:

Ficou linda! Tá enchendo a cidade de orgulho, sabe? 🙂

Guilherme Goss De Paula disse:

Estive no Rio pela última vez durante as Olimpíadas mas, infelizmente, não arrumei tempo para visitar esse museu. Agora ele é PRIORIDADE na minha próxima visita à Cidade Maravilhosa! Parabéns pelo post 🙂

Klécia disse:

Você vai adorar, Guilherme! A vista ao redor também vale muito a visita!

Este museu é realmente lindo! Tanto por fora quanto por dentro.
Quero voltar, pois o dia em que fui estava muito cheio, não consegui aproveitar do jeito que eu queria.
Parabéns pelo post! 🙂

Klécia disse:

Oi Ana. Eu esperei muito pra conseguir entrar sem filas enormes, e ainda peguei um dia com bastante gente. Pelo menos a entrada foi super fácil, e deu pra aproveitar bastante a exposição, com calma. 🙂